Posts de Mari
08
04
2016

Minha Decepção Com Mara Dyer

Eu estava bem curiosa a respeito da série de livros que começa com “A Desconstrução de Mara Dyer”. A capa, uma fotografia de uma menina embaixo d’água, aparentemente se afogando, chama bastante a atenção. Algumas resenhas que eu li também frisavam bastante que a Mara, personagem principal da história, estava sempre duvidando de si mesma, já que por sequelas de um acidente que sofreu, não lembrava de muitas coisas e outras parecia que havia imaginado. Parecia um livro interessante.

maradyerUm grupo de amigos…

Uma tábua ouija…

Um presságio de morte.

Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto… até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente pertubada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações – ou seriam premonições? – Os corpois e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la….

Título Original: The Unbecoming of Mara Dyer
Autor:
Michelle Hodkin
Série: Mara Dyer
Editora: Galera Record
Páginas: 375
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Modelo2-2

A Desconstrução de Mara Dyer, primeiro livro da trilogia Mara Dyer, conta a história de Mara (não, sério? – tá, desculpa, vou tentar parar de escrever o nome dela aqui), uma garota que vivia uma vida normal e tinha uma melhor amiga, a Rachel, e tudo estava bem até que chegou na cidade Claire Lowe, que aparentemente tenta a todo custo “roubar” sua melhor amiga.

Numa noite, após Claire insistir, as meninas e o irmão de Claire (e aparentemente namorado de Mara) Jude, resolvem explorar um hospital psiquiátrico que já estava abandonado e condenado, que é uma aventura normal para os adolescentes da região. Mas então o local desaba e a única sobrevivente do acidente é Mara.

Ela acorda no hospital, sem memória nenhuma do que aconteceu e com as pessoas ao seu redor a tratando de forma estranha. Para escapar de todas as memórias que poderiam ser traumáticas, a sua família se muda para Miami, Flórida, onde ela tenta voltar a levar uma vida normal, com a ajuda do irmão mais velho, Daniel.

O problema é que ela começa a ter visões de acontecimentos que não sabe ao certo se aconteceram ou não, e tudo acaba ficando bem confuso. É também em Miami que ela irá conhecer Noah Shaw e junto com ele começar a desvendar o que há de errado com ela.

Como até o título do post já revela, infelizmente, a história foi uma baita decepção para mim. Muito disso teve a ver com as expectativas que eu tinha para esse livro: eu acreditava que ele seria um thriller psicológico, com a personagem principal sofrendo de transtorno pós-traumático e tendo problemas em definir o que seria realidade e o que seria sua imaginação. Mas o livro acaba indo para um caminho mais paranormal, onde alguns personagens tem poderes, que porém não são definidos por completo, de forma que eu me senti perdida durante a leitura – e não de uma forma boa.

Mesmo eliminando toda a minha decepção com a parte sobrenatural do livro, vários outros pontos me incomodaram durante a leitura. O primeiro deles é a insistência de Mara em julgar toda outra menina a seu redor. Além de Rachel, ela não confia em nenhuma outra personagem feminina e constante julga as colegas de sala pelo que elas vestem ou pela sua vida sexual. Ela não tem amigas e se acha superior às meninas, parecendo estar em constante competição com as outras.

E o outro grande problema que eu tive com esse livro é Noah Shaw, o clichê ambulante. Ele é o típico bad boy gostosão, que é rude e trata todas as meninas mal, com a exceção de Mara (se bem que no começo, nem ela escapa). Noah é rico, lindo, gostoso e inglês. Sim, meninas, imaginem esse sotaque, uau! Ou seja, um baita clichê. O pior para mim é quando ele começa a dizer para Mara o que ela deve fazer, o que desde já demonstra que esse relacionamento não é saudável.

Eu também posso citar aqui minha decepção com a grande reviravolta do final, mas acho que já estava tão decepcionada com esse livro que quando cheguei ao fim nem tive ânimo para isso.

Muitas pessoas amam essa história e talvez na continuação ela melhore, mas sinceramente para mim ler o primeiro livro da série foi suficiente para perceber que a leitura definitivamente não me agrada. Não tenho nenhuma vontade de continuar a ler.

E vocês, já leram esse livro? O que acharam?

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06
04
2016

Planner: Um Guia Básico

A palavra planner tem ficado cada vez mais comum, mas nem todo mundo sabe exatamente o que é. Ou para que serve e como deve ser utilizado. Por isso, resolvi começar no blog uma série de posts sobre essa nova mania.

planner-post

Mas afinal, o que é um planner?

Muita gente define planner como uma agenda mais completa, mas eu reluto em utilizar essa definição. Não vejo como agenda. Para mim a agenda é um lugar onde você anota os seus compromissos diários, e o planner serve para algo mais específico.

Traduzindo do inglês, o planner seria um planejador. E é para isso que ele serve, para ajudar na organização e planejamento da sua vida.  Ou seja, para que você anote passos para atingir os objetivos que você tem. Isso não quer dizer somente anotar o que você tem para fazer durante a semana. Isso quer dizer organizar todas as suas tarefas de modo a não perder tempo com o desnecessário. Focar em atividades que o levarão ao cumprimento de suas metas.

Uma Agenda Decorada?

Nas minhas andanças por blogs e canais do YouTube para entender melhor o que era um planner, vi que muita gente acaba o utilizando como uma agenda decorada. E não é bem isso. Nada contra decorar o planner, eu particularmente amo decorar o meu. Acredito que, para quem gosta, é mais um incentivo para usar e se organizar. No Brasil, um planner tipo caderno nas papelarias nacionais está custando uma média de R$ 200 a R$ 400,00. É um investimento muito grande para depois utilizar como uma simples agenda ou se perder em decorações e esquecer do seu verdadeiro potencial.

Por conta do preço, também, vários posts e vídeos ensinam como fazer um planner em casa. Esses posts disponibilizam as folhas personalizadas para baixar de forma gratuita e imprimir em casa. Existem muitas ideias ótimas e muito material de qualidade na internet. Mas também existem fichários decorados que podem ser utilizados para qualquer coisa e estão sendo chamados de planner, por isso, fique de olho.

Outros tipos de ferramenta

Existem vários tipos de ferramenta que funcionam como planner, como por exemplo o bullet journal. Porém, como eu estou utilizando o planner semanal, é sobre esse tipo que vou falar aqui no blog. Mas existem blogs como o desancorando que trazem várias informações legais para quem quer  montar um “BuJo”.

Elementos de um planner

Um planner semanal pode consistir num tipo de planilha que apresenta a visão mensal e outro a visão semanal. Vocês vão perceber que durante o texto eu vou falar bastante “na maioria das vezes” e expressões similares. Isso acontece porque o planner é extremamente personalizável. Você pode alterar para que ele atenda as suas necessidades específicas.planner-mensal

Na visão mensal, normalmente você tem o mês inteiro em duas páginas. Às vezes um pequeno espaço para anotar um lembrete ou algo parecido no dia. Alguns trazem também espaço para enumerar as metas do mês e notas importantes. O exemplo acima tem um espaço para escrever as coisas pela qual é grata e as conquistas do mês.

Já na visão semanal será apresentada a semana inteira em duas folhas. Novamente, vai depender do planner se a semana começará na segunda-feira ou no domingo. Particularmente, prefiro que comece na segunda-feira para que o fim-de-semana fique no final, sábado e domingo juntos. Normalmente o planejamento para esses dois dias é diferente dos dias de semana. A maioria tem espaços para que você adicione notas importantes para aquela semana, as metas a serem atingidas e coisas boas que aconteceram.planner-semanal

Você encontra planners já datados ou não, e aí a escolha é sua. Aquele que já vem com as datas certinhas é mais prático e eu acabo optando por esse modelo. Um que venha em branco, para que você insira as datas, pode durar muito mais tempo, já que você escolhe quais páginas datar ou não.

Gostou da ideia?

Se você se interessou e quer ter um, é importante lembrar que ele não resolverá a sua vida. Apenas será uma ferramenta para que você se organize para atingir seus objetivos. Por isso, avalie se o sistema funcionará para você.

Você acha que pode funcionar? Então não perca os próximos posts da série e conheça mais sobre os tipos e as vantagens e desvantagens de cada um, como escolher o melhor planner para você e as melhores maneiras de começar a usar.

Quer saber mais? Outros posts do blog para você:

Como Montar Um Planner
Decorar Ou Não
Tipos de Planner

Cheque a tag do blog para ler todos os posts sobre planner.

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04
04
2016

Acabei de Ler: Todo Dia – David Levithan

Sim, eu sei: a Galera Record acabou de lançar o próximo livro da série, Outro Dia, que basicamente traz a mesma história do ponto de vista da Rhiannon, que é a outra metade desse livro.  Mas eu acabei de ler Todo Dia e esse livro é tão diferente de todos os Young Adult que eu já li que simplesmente preciso falar sobre ele.

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Título Original: Every Day
Série: Every Day #1
Autor:
David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 322
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Todo dia vai contar a história de A, que é um ser sem forma física definida, sem gênero, sem família… Explico: ele acorda todo dia num corpo diferente e vive um dia no corpo daquela pessoa. À meia-noite, ele é arrancado daquele corpo e acorda no dia seguinte em um corpo totalmente diferente. A única coisa em comum entre as pessoas que A ocupa o corpo por um dia é que elas são todas da mesma idade e não moram muito longe umas das outras.

A vive bem sua vida solitária, já criou alguns mecanismos para não atrair problemas e não se envolver co a vida da pessoa que ele está vivendo, até que ocupa o corpo de Justin por um dia e conhece sua namorada, a Rhiannon. E ao conhecê-la, acaba se apaixonando por ela. A partir daí, começa a sempre tentar voltar para ela, independentemente de que corpo está ocupando.

É uma história bem singular, uma ideia totalmente nova e criativa do autor que consegue, explorando todas as particularidades de A, colocar em discussão, por exemplo, o quanto o amor depende de uma rotina, depende de que a mesma pessoa esteja lá com você todos os dias. Já que A não tem nem ao menos um corpo para chamar de seu, como criar esse sentimento de permanência?

Outro ponto que é discutido durante o desenvolvimento do enredo é quanto o corpo pode controlar a mente. Alguns dos corpos ocupados por A são de usuário de drogas ou de pessoas que sofrem de depressão, e isso influencia e muito no que A efetivamente consegue fazer naquele dia. A maneira como A descreve como o corpo toma o controle em situações como essa abre a discussão: será que basta querer parar de usar drogas para parar ou a dependência química é mais forte que isso?

Gostei muito da diversidade de tipos de vidas pelas quais A passa, e por serem todos adolescentes da mesma idade vivendo numa mesma região, também conseguimos parar para refletir como a nossa história de vida faz quem nós somos. Além disso, vários tipos de sexualidade são explorados e é interessante ver todos os tipos de amor que nos são apresentados.

O interessante da Rhiannon, personagem pela qual A se apaixona, é observar como um ponto fixo na história de A acaba trazendo questionamentos sobre a sua existência e a maneira como vive. Com esse contraponto, é possível acompanhar todo o seu questionamento e todas as suas dúvidas.

Enfim, é realmente um livro único e uma leitura envolvente. Quero ler Outro Dia e conhecer melhor a Rhiannon e tudo o que ela estava passando durante a história. E já ouvi por aí que teremos um terceiro livro na série. Meus sentimentos em relação a isso são dúbios, já que apesar de estar curiosa para saber mais sobre A, ainda assim gostei muito da maneira como esse livro acaba.

Já leram esse livro? O que acharam?

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02
04
2016

Playlist: Sweet Like Candy

Resolvi trazer algo novo aqui para o blog e compartilhar com vocês uma playlist que montei repleta de músicas fofas, para ouvir quando precisar de músicas para relaxar e acalmar. Sempre gostei de posts assim, então decidi montar uma playlist para colocar aqui. Quem sabe vocês não descubram novos artistas para acompanhar?sweetlikecandy02

sweetlikecandy-back

Nessa playlist, temos músicas da Lenka (que também canta The Show, uma delícia de ouvir), Sara Bareilles (clique para saber mais) e Ingrid Michaelson, que tem vozes gostosas e cantam um pop mais calminho.

Também temos algumas músicas do filme Mesmo Se Nada Der Certo (Begin Again) cantadas pela Keira Knightley, mas eu recomendo que vocês também ouçam as versões do lindo do Adam Levine, que também são maravilhosas. Dá o play e se quiser, pode me seguir lá no Spotify!

Um achado para essa playlist foi a versão cover de I’m Gonna Be (500 Miles), cantada pela banda Sleeping At Last, uma versão super calminha da música do The Proclaimers, dupla que, apesar de eu ter conhecido pelo David Tennant, que é fã descarado deles, muita gente ouviu a música pela primeira vez na série How I Met Your Mother.

Eu espero que vocês gostem e deixem aí nos comentários sugestões tanto de outras músicas fofas quanto de outros temas para playlist. Vou tentar criar mais algumas, assim compartilho com vocês alguns cantores novos para vocês adicionarem nas suas playlists.

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31
03
2016

Acabei de Ler: Ligações – Rainbow Rowell

Minha primeira experiência com a Rainbow Rowell foi com o livro Fangirl, mas também já li outros títulos da autora, como Anexos, Eleanor & Park e o mais recente deles, Carry On. O livro Ligações entrou na minha TBR de Março para o projeto #MulheresParaLer e foi o primeiro da autora que eu li em livro físico, até então só tinha lido as obras dela em ebook ou audiobook. Essa é uma história dirigida ao público adulto e devo dizer que, apesar de contar com um elemento meio mágico na história, ainda assim é uma obra que traz uma discussão muito forte sobre relacionamentos e como nós nos vemos dentro deles.

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Título Original: Landline
Autor:
Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Páginas: 304
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Modelo2-4

Georgie finalmente está chegando cada vez mais perto de realizar um sonho muito antigo: ter sua série de TV produzida, a série que ela e o melhor amigo Seth estão escrevendo desde a época da faculdade. Porém, há um problema: o produtor quer que eles apresentem o piloto da série escrito um pouco antes do Natal, o que obriga Georgie a dizer adeus para os seus planos de viajar com a família para visitar a mãe do marido.

Ela está certa de que o marido (que é um pai que cuida da casa e das filhas dos dois) irá ficar bravo mas que cancelará a viagem. Porém, é surpreendida pela atitude dele: ele e as filhas vão na viagem planejada e deixam Georgie para trás. (mais…)

29
03
2016

Acabei de Assistir: Demolidor (Segunda Temporada)

Vocês, claro, já sabem, mas a Netflix disponibilizou para streaming no dia 18 de Março os treze episódios da segunda temporada da série Demolidor (Daredevil), produzida em parceria com a Marvel. A primeira temporada sobre esse advogado cego de Hell’s Kitchen que à noite coloca um uniforme e patrulha as ruas do conhecido bairro de Nova York, tentando proteger a cidade dos maus elementos, já tinha sido extremamente elogiada quando foi lançada no ano passado, a primeira das quatro séries inspiradas nos “heróis” de Hell’s Kitchen: Daredevil, Jessica Jones, Luke Cage e Iron Fist.daredevil

Em razão do sucesso da primeira temporada, logo foi anunciada a continuação da história de Matt Murdock, o que foi muito bom, afinal várias perguntas tinham sido deixadas sem resposta, inclusive sobre o passado de Karen Page, por exemplo. Eu gostei bastante da primeira temporada, achei que foi contada uma história de maneira constante e embora acredite que algumas perguntas, principalmente em relação aos poderes de Matt Murdock (não, ele não é simplesmente cego: o acidente que tirou sua visão lhe deu alguns poderes, que são o que possibilitam a ele que faça a patrulha em Hell’s Kitchen todas as noites) não foram respondidas de maneira satisfatória, é uma boa temporada introdutória.

Nesse post, vou citar alguns spoilers. Nada tão revelador, mas se você não quiser saber nada sobre a série, não aconselho continuar a leitura!

(mais…)

27
03
2016

Acabei de Ler: Para Todos os Garotos que Já Amei – Jenny Han

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Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou — cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos.

Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar.


Título Original: To All the Boys I’ve Loved Before
Autor:
Jenny Han
Série: To All the Boys I’ve Loved Before #1
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
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Modelo2-3

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25
03
2016

Quando Mudar é Necessário

Começo já logo de cara esclarecendo algo muito importante sobre mim: não gosto de mudanças. O que pode parecer estranho, já que quem me conhece sabe que eu amo viajar, conhecer novos lugares, experimentar comidas diferentes… Parece lógico que para alguém assim, a mudança viria sempre bem-vinda, não é? Bem, comigo não é assim. mudanca

Prezo demais meu conforto, e mudar significa estar preparado para sair dessa zona de conforto que nos envolve. Não gosto de confrontações, não gosto de imprevisto, abomino imaginar situações em que tudo não aconteça de acordo com o meu roteiro, em que exista a simples possibilidade de tudo dar errado. Temo a hora em que as pessoas vão virar para mim e dizer “eu te avisei”. Odeio a ideia de que posso desapontar alguém.

Claro, isso tem tudo a ver com a minha ansiedade. Sou ansiosa ao extremo e passo horas imaginando absolutamente tudo o que pode dar errado. Calculo todas as possibilidades, e sempre para o pior. Acabo adiando tudo de importante que tenho que fazer porque simplesmente não consigo me acalmar o suficiente para sequer admitir que, ao contrário do que minha mente louca insiste em me dizer, as coisas podem dar certo sim.

Depois disso tudo, não é difícil entender toda a minha relutância em enfrentar uma das maiores mudanças na minha vida: quando eu passei num concurso público e tive que morar fora de casa. Eu tinha vinte anos, estava no terceiro ano da minha faculdade e tinha prestado alguns concursos, sem muita esperança de que realmente fosse passar em algum. Mas aconteceu e com a nomeação num cargo público veio a necessidade de ir morar em outra cidade e, mais do que isso, sair do conforto da casa dos meus pais.

Até então, tudo o que eu fazia não tinha efetivamente significado grandes mudanças: eu entrei numa faculdade pública perto de casa, nunca tinha morado em outra cidade, fazia estágio… Mas era tudo muito tranquilo. Nada tinha me obrigado a mudar tanto. Eu não sabia nem ao menos  mexer com o caixa eletrônico.

Meus pais me incentivaram muito a assumir o cargo. Eles diziam que seria bom para mim, que a faculdade podia esperar, dava para trancar a matrícula, eu nem iria tão longe de casa assim, conseguiria vir para casa todo final de semana… Mas a minha imaginação já me colocava nas mais terríveis situações, onde eu não conseguiria atender às expectativas de todos, onde eu seria um completo fracasso, uma decepção total.

Mas a vida às vezes te dá  uma rasteira e você não tem muita escolha. Nem mesmo minhas explosões de choro ou minhas noites em claro foram capazes de impedir a mudança e eu fui. Acabei caindo numa cidadezinha do interior que nunca tinha ouvido falar antes. E posso dizer?

Foi uma das melhores coisas que me aconteceram na vida.

O local onde eu acabei indo trabalhar não poderia ter sido melhor para alguém que mal sabia como cuidar de si mesma. As pessoas foram as melhores possíveis e tiveram muita paciência na minha adaptação. Fiz amizades que continuam até hoje, gente que eu sempre estou me lembrando com carinho e que faço questão de ver sempre que posso. Foi um aprendizado muito bom, sobre eu mesma, sobre o que eu conseguia fazer, que sim, eu posso.

Não sei onde estaria se não tivesse enfrentado o bicho de sete cabeças que essa nova etapa parecia para mim. Eu teria aprendido tanto? Talvez, porque hora ou outra eu teria que passar por esse tipo de situação. Mas que bom que aconteceu quando aconteceu.

Por isso, não posso deixar de frisar: sim, há momentos nas nossas vidas em que a mudança pode parecer medonha, mas ela é necessária. Eu não deixei de ter medo de mudanças ou de querer fugir delas sempre que possível, mas já estou um pouco mais confiante nesse sentido.

E quem sabe que mudanças virão nesse ano de 2016?

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23
03
2016

Acabei de Ler: Os Dois Mundos de Astrid Jones – A.S. King

astridjones“O movimento é impossível.” É o que Astrid Jones, 17 anos, aprendeu na sua aula de filosofia. E, vivendo na pequena cidade em que mora, ela começa a acreditar que isso é mesmo verdade. São sempre as mesmas pessoas, as mesmas fofocas, a mesma visão de mundo limitada, como se estivessem todos presos em uma caverna, nunca enxergando nada além.

Nesse ambiente, ela não tem com quem desabafar suas angústias, e por isso deita-se em seu jardim, olha os aviões no céu, e expõe suas dúvidas mais secretas aos passageiros, já que eles nunca irão julgá-la. Em seu conflito solitário, ela se vê dividida entre dois mundos: um em que é livre para ser quem é de verdade e dar vazão ao que vai em seu íntimo, e outro em que precisa se enquadrar desconfortavelmente em convenções sociais.

Em um retrato original de uma garota que luta para se libertar de definições ultrapassadas, este livro leva os leitores a questionarem tudo e oferece esperança para aqueles que nunca deixarão de buscar o significado do amor verdadeiro.
 


 

Título Original: Ask the Passengers
Autor:
A.S. King
Editora: Gutenberg
Páginas: 287
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Modelo2-4

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21
03
2016

[TAG] 7 Coisas

Hoje tem mais uma tag aqui no blog. Fui indicada pela Izabella Cordeiro para responder a tag 7 coisas, onde basicamente tenho que responder sete coisas diferentes para cada uma das sete categorias. Já tinha visto alguns vídeos no Booktube com essa tag e achei bem legal poder respondê-la aqui no blog.

tag7coisas

(mais…)

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