Ah, a alegria e o desespero de se deparar com um novo OTP em um fandom… Para quem é novo nesses termos e não tá entendendo bufulhas, OTP é a sigla para One True Pairing (em português, um par verdadeiro – e esse “um” é no sentido de único, singular). Basicamente, ter um OTP é torcer para que um determinado relacionamento romântico entre dois personagens dê certo.
Não sei se você escolhe o seu OTP (ou os seus OTPs, já que nada impede que você tenha vários) ou se é ele que escolhe você. Às vezes você tá lá quieta no seu canto, assistindo uma série que você tá só começando a gostar e quando você menos espera BAM! você é atacado por um novo OTP e tudo o que acontece entre eles, pequenos esbarrões e olhares rápidos, brigas e gritos, tudo parece ser mais um motivo para você se afogar ainda mais nele.
Antes de eu começar a assistir Doctor Who, eu já tinha outros OTPs, como por exemplo o meu primeiro, Mosca e Vivi das Chiquititas (pode rir, eu deixo); ou alguns dos mais importantes, como Ron e Hermione de Harry Potter, ou Harry e Ginny. Mas acho que não esperava ganhar outro OTP com a mesma força dos meus de HP. Haha, como eu era ingênua.
Acho que eu comecei a me apaixonar por Doctor/Rose no segundo episódio já… ou talvez no terceiro. De alguma forma, o relaciomento entre um alien de 900 anos de idade e uma garota de 19 nunca me apareceu estranho. Mas a verdade é que a maneira como os dois personagens foram sendo apresentados na série, bem como a maneira como a história dos dois foi sendo contada, nunca deixou espaço para essa estranheza. Mesmo com tantas diferenças, os dois se complementam e acabam trazendo o melhor do outro à tona e a química entre os dois personagens é inegável.
Claro, é o tipo de OTP que você sabe que não vai ter aquele final feliz comum: o tempo passa, ele é um alien que regenera e ela é uma humana que um dia vai… morrer. Você embarca no OTP sabendo que o seu destino final vai ser dolorido, e ainda sim você não consegue evitar. Lembro que conforme ia assistindo os episódios, ficava tentando encontrar uma solução para os dois ficarem juntos – o que posso dizer? sou uma romântica lá no fundo. No fim das contas, o próprio showrunner na época acabou dando a melhor solução possível para o caso… sem deixar de antes massacrar os nossos corações com cenas como a de Doomsday, é claro.
Mas hoje posso dizer que esse é um dos meus mais queridos e amados OTPs. Sim, do tipo que eu saio caçando fanart e fanfic pela internet. Do tipo que eu arranjo amigos no Tumblr para poder ficar compartilhando idéias dolorosas ou não ou simplesmente só para ficar conversando sobre eles.
Ter um OTP é muito bom e uma parte importante da experiência de se participar de um fandom, ainda que não seja necessária, já que é possível sim ser ativo num fandom sem ter nenhum. Ainda sim eu adoro os meus. E Doctor/Rose sempre vai ter um lugar muito especial no meu pobre coração sofredor (/mode drama queen on).
[…] grande surpresa, eu sei. Como eu já falei por aqui, o Doctor e a Rose me encantaram desde que comecei a assistir a série e sempre me pareceu muito […]