Eu tenho lido muitos romances, mas quando vi a capa desse livro fiquei bastante curiosa e quis ler. Willa: a Garota da Floresta é um livro infanto-juvenil de fantasia e traz um elemento bastante lúdico na narrativa. Fazia já algum tempo que eu não lia nada nesse estilo, com uma história que se assemelha a contos de fada, onde a magia é um foco durante o livro. Foi com certeza uma experiência interessante que decidi compartilhar aqui no blog, contando sobre a leitura e todos os sentimentos que ela despertou em mim.
Autor: Robert Beatty
Tradução: Monique D’Orazio
Editora: Milk Shakespeare (Faro Editorial)
Páginas: 304
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Lendo Willa: A Garota da Floresta
Willa é uma menina que vive na floresta. Ela é do povo Faeran, que são basicamente fadas da natureza, e sua função dentro do clã é roubar do povo do dia para poder sobreviver. Ela foi criada pela avó, pois perdeu os pais e sua irmã gêmea quando tinha apenas seis anos. Eles foram assassinos pelo povo do dia.
O povo do dia são os humanos e considerados inimigos, já que cortam e matam árvores para fazer suas casas, além de quebrar as pedras, que Willa considera serem os ossos do rio.
Porém, Willa e sua avó sabem que seu povo está acabando. O padaran, líder espiritual do povo e algo como um deus para eles, culpa o povo do dia, mas quer que eles mudem para se adaptar e sobreviver. Ele pune cruelmente aqueles que não fazem o que ele manda.
Entretanto, ao entrar nas casas do povo do dia para roubar, Willa acaba descobrindo algumas coisas sobre o padaran e sobre si mesma que vai mudar sua maneira de ver o mundo.
Sobre a Leitura
O livro Willa: A Garota da Floresta acompanha a jornada de Willa que aos poucos perde a inocência da infância e passa a questionar o mundo à sua volta. É uma jornada de autoconhecimento e crescimento, mas não é algo fácil para Willa. O livro é infantojuvenil mas em alguns momentos traz em sua narrativa violência e vingança. Seu principal antagonista é perverso e cruel. Por isso, não indicaria o livro para crianças mais novas.
A história é interessante, porém eu gostaria que houvesse um desenvolvimento maior e mais detalhado do universo descrito. Há um limite para quanto a história pode se fundamentar em magia e fantasia e achei que esse livro acaba ultrapassando um pouco. Por outro lado, existe muita discussão sobre luto, sobre perdas e sobre tristeza, mas não existe muito espaço para se trabalhar as consequências disso.
Eu entendo que o público alvo para Willa: A Garota da Floresta seja um pouco mais novo, porém acredito que um pouco mais de aprofundamento teria sido bom.
Conhecendo a Jornada de Willa
Apesar desses pontos, a jornada de Willa e suas descobertas durante a leitura são envolventes e me prenderam bastante. É fácil torcer por Willa e sua felicidade. A fantasia toma forma e encanta pois complementa o cenário onde se passa a história. A temática de cuidado com o meio-ambiente, respeito às criaturas vivas e como a ganância pode consumir o ser humano e levá-lo a coisas terríveis se encaixa bem na história.
Enfim, eu curti a leitura, apesar de todas as ressalvas. Acredito que poderia ter gostado ainda mais se o universo tivesse sido melhor estruturado. Porém reconheço que mesmo com a apresentação um pouco superficial, a leitura flui de forma natural. É um bom livro, que traz fantasia e aventura e uma personagem principal bastante carismática.
Você curte livros com essa temática?
Livro recebido em parceria com a editora.
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