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10
2014

Acabei de Assistir: Gracepoint – Episódio 02

Na última quinta-feira, foi ao ar o segundo episódio de Gracepoint, na rede americana Fox. Apesar de ter caído um pouco mais a audiência (o primeiro episódio já não tinha se saído muito bem), como é uma minissérie com 10 episódios já prontos, a emissora deve exibir a série até o final. Ou seja, vou poder assistir e ir dando minha opinião, e claro, porque não vou conseguir fazer diferente, comparar com a original, Broadchurch.

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O segundo episódio foi mais interessante, principalmente porque começa a mostrar algumas (sutis) diferenças de Broadchurch.

Gostei mais da Ellie Miller da Anna Gunn nesse segundo episódio. Talvez seja uma questão de acostumar com a mudança. Também acabei concordando com algumas reviews que eu li: a personagem da Anna Gunn parece mais preparada para lidar com tudo o que está acontecendo do que a da Olivia Colman parecia (e isso me dói muito confessar).

Em Gracepoint, existe um relacionamento mais antigo entre a Beth Solano e o Reverendo, que não chegou nem a ser insinuado em Broadchurch. Provavelmente, é mais uma dica de como a história vai mudar seu rumo. Aliás, interessante que ele lembre que o Mark estava usando uma gravata para combinar o vestido da Beth. Não sei se foi uma fala só para mostrar como a comunidade é pequena ou se pode significar mais alguma coisa. De qualquer forma, deixo anotado aqui.

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Emmett Carver continua sendo mais curto e grosso que sua versão americana. Comecei a achar que a culpa pode ser do sotaque, já que o sotaque escocês é um pouco mais expressivo em questão de entonação da voz (ou pelo menos é assim que o Tennant acaba fazendo). Quer dizer, quando Alec Hardy fala “horseshit”, o r dele vai até Glasgow e volta, mas o pobre do Carver acaba sendo bem mais contido nisso, e isso afeta como nós vemos o personagem.

Aliás, falando em Emmett Carver, outra grande mudança pode ser notada: a bendita seringa. Diferente de Alec Hardy, que tomava as pílulas quando se sentia mal, Carver aparentemente injeta alguma coisa na coxa. O Tumblr já está enumerando as várias possibilidades do que poderia ser o problema. Eu tinha pensado em algo como insulina, mas aparentemente essa injeção é subcutânea, não intramuscular, como o Carver aparentemente faz, e não utilizada em situações de emergência, muito menos com o próprio paciente aplicando.

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Outra possibilidade seria o Glucagon, utilizado para ataques de hipoglicemia (também para pessoas com diabetes) mas como a insulina, esse medicamento é armazenado em pequenos frascos e exigem preparação para a aplicação, não estando simplesmente numa seringa, como apareceu em Gracepoint. Outro ponto importante é que, de novo, normalmente não é a própria pessoa que aplica.

Existe ainda a possibilidade de ser um anticoagulante, o que significaria que Carver também está sofrendo de problemas cardíacos como Hardy. Mas ainda significaria que Gracepoint está tomando várias liberdades artísticas, já que normalmente eles também são aplicados de forma subcutânea e não intramuscular e não seria algo a ser utilizado num ataque.

Toda essa discussão pode ser encontrada aqui e aqui (em inglês). Já peço desculpas pela tradução dos termos médicos: essa não é minha área e muito menos entendo os termos técnicos em inglês; fiz o melhor que pude com a ajuda do Google.

E após ler os vários posts sobre o assunto, o que consegui concluir é que a injeção foi utilizada para dar um impacto maior no estilo Hollywood de ser. Acho que eles podem alterar a doença para diabetes, mas aí fic0 pensando que essa não seria uma doença para tirar Carver do trabalho como seria uma doença cardíaca. O jeito é esperar para ver qual a desculpa que a série dará para a bendita injeção.

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Enfim, gostei bastante do episódio, e sinceramente não consigo entender porque a série anda tão mal das pernas em relação à audiência nas terras do Tio Sam. Talvez seja o formato, já que os americanos estão acostumados a CSI e NCIS, séries que apresentam a resposta dos crimes em um único episódio, e dez episódios seja muito para o espectador médio americano se engajar numa série. Mas vamos ver para onde a história vai nos levar. mari

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Maria Lourdes
Maria Lourdes
9 anos atrás

Como não percebo chongas sobre o sotaque, pra mim é tudo igual e presto atenção só nas legendas, é útil para mim você colocar os comentários sobre isso, porque enriquece minha experiência de ter assistido à série.