Um dos temas do grupo Blogueiros Geeks desse mês me chamou muito a atenção: falar sobre o melhor livro que você leu por causa da escola. Todo mundo sabe que as leituras obrigatórias para as aulas de literatura eram, em sua maioria, muito, mas muito chatas. Todo mundo lia só por obrigação, isso quando lia ainda e não simplesmente lia um resumo. Só o fato de saber que a gente tinha que ler e que ainda por cima ia ter que fazer uma prova ou um trabalho sobre a leitura já era o suficiente para pegar o livro com a ideia fixa de que seria uma leitura horrível.

Eu tive que ler alguns livros muito chatos para a escola, mas como desde que me entendo por gente amo livrarias e bibliotecas, nunca foi um sacrifício muito grande. Porém, uma das leituras que eu tive que fazer porque a professora pediu, se eu não me engano na sétima ou oitava série, acabou me marcando de uma forma muito positiva. Eu já falei sobre esse livro aqui no blog, no post sobre livros infantis que valem a pena ler e reler: é o “Ei, tem alguém aí?!”, do Jostein Gaarder.

O livro conta, de uma forma bem lúdica, a história de Joakim, um menino de oito anos que vai ganhar um irmãozinho. Ele tem que ficar em casa esperando por sua tia enquanto seus pais vão para o hospital. É nesse tempo que ele vê, pendurado numa árvore no seu quintal, Mika, um menino muito estranho que aparentemente vem de outro planeta. Eles então passam 24h juntos, e nesse tempo Joakim descobre muitas coisas estranhas sobre seu novo amigo. 

Uma das coisas que mais me marcou enquanto eu estava lendo esse livro é como Mika, a cada boa pergunta que Joakim lhe faz, faz uma reverência. Isso porque, segundo Mika, são para as boas perguntas que devemos nos curvar, já que são elas que nos abrem novos caminhos. Lembro que achei isso simplesmente sensacional.

Mika é obviamente uma ajuda para que Joakim possa entender e aceitar melhor a ideia de uma pessoa nova na família, e as metáforas durante o livro são simples e diretas, já que foi um livro direcionado para crianças. Mas é isso que faz desse livro uma leitura tão singular: na inocência, são tocados em assuntos complicados, mas que dessa forma passam a parecer muito mais simples.

Um livrinho curto, que talvez eu nunca fosse ler se não fosse pela escola, mas que acabou me marcando muito e que eu sempre vou lembrar com carinho.

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