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2017

O Melhor Que Podíamos Fazer – Thi Bui

Aos poucos, estou me abrindo mais para a leitura de graphic novels. É um tipo de leitura diferente e, como já comentei no post sobre Nimona, exige um tipo de atenção diferente. Porém, minha experiência tem sido muito boa. E é um tipo de leitura muito enriquecida pelas imagens que a acompanham. A parceria com a Ed. Nemo está me proporcionando a opotunidade de conhecer várias graphic novels. Nesse post, compartilho com vocês a leitura de O Melhor Que Podíamos Fazer. As memórias gráficas da infância da autora Thi Bui levam você por uma fuga pela sobrevivência. Algumas partes podem te fazer chorar, mas a mensagem final é de esperança. Talvez por isso eu gostei tanto dessa leitura.

Título Original: The Best We Could Do
Autor: Thi Bui
Editora: Nemo (Grupo Autêntica)
Páginas: 329
Adicione: Skoob | Goodreads

O Melhor Que Podíamos Fazer – As memórias gráficas de Thi Bui

Vou começar o post dizendo que essa graphic novel representa um dos maiores motivos para que eu ame tanto ler. É a oportunidade de conhecer histórias e realidades diferentes da minha. Porque a partir do momento que eu consigo compreender o outro e a sua história, fica mais fácil me identificar nesse outro ser humano. Se eu fico presa à realidade de pessoas que vivem uma situação como a minha, posso cair na armadilha de achar que o mundo todo passa pelas mesmas situações.

Em O Melhor Que Podíamos Fazer, Thi Bui nos conta a história de sua família. Ainda criança, sua família imigrou para os EUA, fugindo de um Vietnã cujo governo ameaçava suas vidas todos os dias. Thi vai nos contar a história da infância e adolescência de seus pais. Seu pai e sua mãe vieram de famílias que eram o oposto uma da outra.

Ela conta como seu pai teve uma infância em que fugir era recorrente. Após analisar a história de seu pai com seu avô e o bisavô, chega à conclusão que ele nunca deixou de ser uma criança amedrontada. É interessante ver como ela relaciona a infância do pai com o homem que a criou. Como muitas das suas reclamações em relação à maneira como ele tratava os filhos tinham um motivo na história de vida dele.

Já sua mãe veio de uma família com uma estrutura financeira bem melhor. Sua mãe teve a oportunidade de estudar em ótimas escolas dentro do Vietnã. Mas a guerra do Vietnã veio e muita coisa mudou, muita gente perdeu tudo o que tinha. E por isso, tanto seu pai quanto sua mãe acabaram tendo suas vidas viradas de cabeça para baixo.

Thi Bui faz um apanhado geral de toda a sua história. Vamos conhecendo através das páginas como sua família se formou. Quais as tragédias pessoais pelas quais os pais passaram e como elas afetaram suas vidas. Todos os sacrifícios que cada um deles teve que fazer. E como, no final, ela entende que era realmente o melhor que poderiam ter feito.

O impacto da história de Thi Bui

Thi nos conta no começo de O Melhor Que Podíamos Fazer os motivos que a levaram a escrever essa graphic novel. Ela começa contando o nascimento de seu filho e como a sua mãe, embora tenha viajado para ajudá-la com o primeiro neto, não conseguiu ficar na sala de parto. Thi Bui fecha ali um ciclo e agora, como mãe, começa a olhar para a própria mãe de outro modo.

O que mais me tocou nessa história é perceber como a nossa história familiar afeta diretamente a maneira como somos criados, mesmo que as circunstâncias sejam totalmente diferentes.

Claro, o ponto de vista totalmente diferente sobre a história da guerra do Vietnã também causa um impacto interessante no leitor. Confesso que não lembro muito sobre o assunto das aulas de história. É algo que a gente aqui no Brasil não estuda com muita profundidade. Mas isso é facilmente entendido quando lembramos quem é que conta a história dos nossos livros.

Mas Thi Bui questiona todos os pontos de vista sobre essa guerra após ouvir os relatos dos pais e ter vivido, ainda que muito nova, uma parte dessa história. Ela não julga, mas dá para perceber que talvez a história tenha sido moldada para servir a alguns interesses. Como sempre.

Amei as ilustrações e a forma como a história é contada. A edição da Ed. Nemo está maravilhosa e de altíssima qualidade. O trabalho está impecável.

Foi uma história que me fez chorar, mas que acaba com uma mensagem muito bonita de esperança. Foi uma experiência de leitura muito emocionante e que eu com certeza recomendo. É uma maneira de conhecer a história através de uma visão mais pessoal e humana.

Vocês já leram alguma graphic novel? Como foi a experiência?

*Esse livro foi recebido em parceria com a editora

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27 Comentários
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Alvaro Hendrick
6 anos atrás

Também quero uma parceria com a Nemo! Queria muito ler essa graphic novel, parece ser muito legal. Adorei a resenha!

Clayci
6 anos atrás

Quero muito essa Graphic Novel.
Minha lista só está aumentando ahuhauhauhauhauha
Espero consegui ler em breve, porque fiquei interessa pela visão e as ilustrações.

Beijos

Morgana Brunner
Morgana Brunner
6 anos atrás

Oiii Mari tudo bem?
Que demais essa graphic, eu nunca li nenhum assim e realmente adoraria conhecer e ler, além disso, parece ser uma ótima pedida e emocionante a história.
Beijinhos

Vanessa
6 anos atrás

Quero muito ler essa Graphic Novel, o que mais me chama a atenção é saber que baseado na história do próprio autor.
As ilustrações parecem ser muito bonitas, adorei a resenha.

Letícia
6 anos atrás

Essa semana já vi esse livro 3 vezes, acho que é o destino. Adorei a sua resenha, me despertou muita vontade, mesmo não sendo o tipo de livro que leria.

Beijos.

Camila de Moraes
6 anos atrás

Olá!
Que bacana essa história. Ainda não tive oportunidade de ler Graphic Novel, mas estou bastante curiosa pois só tenho visto ótimos trabalhos.
Adorei a dica!
Beijos!

Fábrica dos convites
6 anos atrás

Oi Mari, este ano eu li muitos graphic novel e estou amando a experiência. Este além de está muito bonito, parece ter um enredo excelente. Com certeza vou querer ler também.
Bjs, Rose.

Cris
6 anos atrás

Oi td bem? Parabéns achei sua resenha riquíssima, colocou muita emoção nela, fiquei muito curiosa sobre a história, vou deixar anotado aqui! Bjs

Anastacia
6 anos atrás

Oie, tudo bem?! Eu acho que a Nemo é a editora que melhor explora esse lado GN e HQ.
Qualidade textos e de traços.
Todas são de um cuidado exorbitante.
Ja anotei essa dica.
Bjs

Cabine de Leitura
6 anos atrás

Ainda não conhecia o gênero graphic novels, mas gostei da mensagem que essa passou, ainda mais quando fala do meio famíliar, que querendo ou não todos nós já passamos por algo difícil.

Daniele Vieira
6 anos atrás

Olá
Amo ler quadrinhos, fazia um tempo que estava meio afastada mas este ano voltei como tudo, gente essa GN deve ser linda demais, me emocionai só de ler sua resenha imagina lendo o quadrinho

Porre de Leitura e Livros
6 anos atrás

Olá! Tudo bom?
Gente estou apaixonada por essa Grafic, amo livros assim, e realmente as ilustrações parecem ser maravilhosas, já coloquei na minha conta do skoob para ler.
beijos, Joyce de Freitas.

Bruna Costabeber
Bruna Costabeber
6 anos atrás

Olá!
Eu não conhecia esse título, mas meu coração ficou partido apenas por ler sua resenha. Imagino como deve ter sido complicado para Thi passar por tudo isso e como colocar no papel talvez tenha lhe dado forças para seguir em frente.
Claro que vou anotar a dica.
Beijos

trackback
6 anos atrás

[…] falei para vocês sobre O Melhor Que Podíamos Fazer, comentei como estava gostando de ler graphic novels. A parceria do blog com a Editora Nemo rendeu […]