Como é tradição, nesse dia 25 de dezembro tivemos a exibição no Reino Unido do especial de Natal que contou com a volta de uma das personagens mais amadas pelos Whovians: a River Song. Como não podia deixar de ser, aqui está o post sobre o episódio, ainda que um pouquinho atrasado… Mas só um pouquinho mesmo. 

Esse episódio foi o primeiro contato da River com o Doctor do Peter Capaldi (o que me fez imaginar o Matt Smith morrendo de ciúmes, hahaha). Mas ele teve um diferencial: foi a primeira vez que a River não reconheceu o Doctor. E isso mexeu com a dinâmica dos dois de uma maneira que eu gostei bastante.

Também fiquei muito feliz de ver, mesmo que de relance, um pouco da River quando ela não está com o Doctor. É algo que havia me incomodado em alguns episódios passados, essa sensação de que a River vivia para os seus encontros com o Doctor.

Ela até esperava encontrar com o Doctor, mas seu objetivo tinha muito mais a ver com a TARDIS, que aparentemente ela rouba com uma certa frequência (o que eu sinceramente achei a cara dela). E ela precisa da TARDIS para completar seu plano mirabolante de roubar um diamante valiosíssimo que está alojado na cabeça de um rei tirano, mas muito amado pelos seus súditos. 

Ah, e como ela conseguiu a confiança desse rei? Fácil, ela casou com ele. Aliás, ela ainda apresenta ao Doctor (que ela acredita ser um médico comum, já que não o reconhece) um outro marido. E menciona a sua segunda esposa. Uau, you go, River Song! Fico feliz de ver que, mesmo amando o Doctor, ela viveu bem sua vida.

Eu amei a cena do Doctor, agora companion da River, entrando na TARDIS e fazendo todo o teatro do “é maior por dentro”. Ri muito, o Capaldi estava perfeito com suas caras e bocas.

Aliás, a atuação do Peter Capaldi e da Alex Kingston nesse episódio não deixou nada a desejar. Não sei como seria a química dos dois a longo prazo e acho um episódio só muito pouco para tirar conclusões a respeito disso, mas nesse especial, funcionou bem. 

Não vou entrar em muitos detalhes a respeito da aventura em si, do roubo do diamante e da tentativa de venda que a River faz, porque acho que na verdade era apenas pano de fundo para a história principal, ou seja, o encontro da River com o Doctor.

O discurso da River Song sobre o fato de o Doctor não amá-la, embora tenha sido um pouco cliché e meloso (desculpa, gente, eu achei) serviu bem para mostrar como era a percepção dela a respeito do relacionamento dos dois. Achei bom que o Doctor estivesse ali para ouvir, também. Gostei de ter sido dado espaço para a exploração da sua insegurança e que os sentimentos dela tenham sido mostrados.

Não é difícil imaginar que ela se sentisse assim, muito embora eu acredite que sim, o Doctor a ama. E ama romanticamente, mesmo. Só que por ser esse personagem complicado que mal sabe lidar com emoções básicas, ele não dá para ela muita segurança de seus sentimentos. 

O final do episódio, com o que a River em “Forest of the Dead” (ou seja, já sabendo que vai se sacrificar para salvar a biblioteca do Vashta Nerada) menciona ter sido o último encontro dos dois, tudo o que ele diz para ela… Achei bonito e digno da personagem.

Em The Name of the Doctor, achei que a River Song não deveria voltar, porque o seu final ali foi bastante decisivo e tinha medo que ela acabasse retornando e não ficasse tão bom o resultado, mas devo admitir que esse episódio funcionou muito bem. Gostei de a ter visto novamente e achei que foi feita justiça à essa personagem que acabou se tornando tão importante para o Doctor.

E vocês, gostaram desse especial de Natal?