Quem costuma visitar o blog, sabe pelos meus posts o quanto eu acho importante que as personagens femininas sejam bem desenvolvidas, com histórias próprias que podem incluir mas que não sejam exclusivamente a respeito do seu interesse romântico. As mulheres de Who costumavam ser assim, mesmo aquelas que só apareciam em um episódio. Atualmente, nem a companion está ganhando o espaço merecido para contar o seu lado da história, mas isso é assunto para outra hora.
Então, hoje vou falar um pouco sobre algumas das personages da era RTD que roubaram a cena, mesmo com tão pouco tempo na tela.
1. Jabe
A Jabe é uma representante da Floresta de Cheem que vai à Plataforma Um para assistir à destruição da Terra no episódio The End of the World, e é essencialmente uma árvore. Ao conhecer o Doctor, ela imediatamente fica curiosa para saber quem ele é e qual a sua espécie. Ela está ali porque seus antepassados eram da Terra e como presente para os outros convidados para a ocasião, ela dá uma muda de um de seus antepassados.
Ao descobrir quem o Doctor é, ela demonstra seus pêsames. No fim do episódio, ela dá a sua vida para que o Doctor possa salvar a vida de todos os que se encontram na Plataforma Um, devido ao plano da Lady Cassandra O’Brien. Com sua história, suas ações e principalmente, sua disposição para se sacrificar por pessoas que ela acabou de conhecer, Jabe mostra toda a sua personalidade em um único episódio.
2. Gwyneth
Personagem interpretada por Eve Myles, que voltou a Doctor Who como Gwen Cooper (na verdade uma das personagens principais do spin-off Torchwood), Gwyneth é uma moça simples de Cardiff que trabalha com na agência funerária da cidade, justamente onde os mortos parecem voltar à vida.
Gwyneth ouve vozes e é a peça chave para que o Doctor descubra quem na verdade são os aliens que, em estado gasoso por consequência da Guerra do Tempo, estão tentando passar para o lado de cá através de uma fenda no tempo e espaço (essa fenda vai ser citada várias vezes ainda). É outra personagem que acaba dando a vida para salvar a todos, após ser enganada pelos Gelth e morrer ao servir de passagem entre o local que eles estavam e o nosso mundo. Ouch.
Mas ela é inteligente e se rebela, trazendo o Doctor, Rose Tyler e o Capitão Jack Harkness para os jogos mais ignorados no Satellite 5, sabendo que deve passar a informação para que o Doctor possa libertar a Terra do domínio exercido pelos vilões, e se aproveita de uma tempestade de ondas solares que cortam a comunicação do satélite com o mundo exterior para contar para o Doctor o que ele precisa saber, ou seja, as coordenadas de ontem está Rose. No fim, é exterminada pelos daleks pela sua traição.
O interessante da Yvonne é que ela não está fazendo o que faz para o mal, mas sim por acreditar que aquele é seu dever para com a Rainha e o Reino Unido. Eventualmente, é transformada em uma Cyberman, mas consegue ser mais forte que a sua programação e se rebela, numa cena chocante em que passa a lutar contra os outros Cybermen dizendo “Eu fiz o meu dever” e chorando lágrimas de óleo. E você aí achando a história da Oswin-dalek super original, hein? Haha.
Ela ajuda o Doctor em sua expedição pelos canos de esgoto para tentar encontrar Laszlo e, apesar de ficar totalmente confusa em grande parte das vezes, sua determinação em encontrar o amado lhe dá coragem para continuar.


A cada personagem que passava eu queria “curtir” novamente! haha . Muito legal o post!
Eu amo as personagens da era RTD, e o interessante é que elas nem precisam estar num papel de destaque para roubar a cena, né?
Tallulah, com três “L”s e um “H”… Amei!
E tenho minhas dúvidas quanto a preferir as estórias do RTD às do Moffat. Algum dia a gente discute isso com mais vagar…