01
06
2014

Acabei de Ler: Cinder (As Crônicas Lunares) – Marissa Meyer

Se você tem a mania horrível que eu tenho, de comprar mais livros do que consegue ler e deixar ir acumulando (não faça isso em casa) provavelmente já passou por essa situação: ter o livro há um bom tempo, ler muito livro meia-boca antes, e quando finalmente chega naquele, ficar com cara de bobo: COMO ASSIM EU NÃO LI ESSE LIVRO ANTES???
cinder

Com Cinder, comprado numa promoção de ebooks para Kindle em Janeiro, foi exatamente assim. Acabei lendo porque uma amiga (a mesma que me recomendou Tabuleiro dos Deuses) leu e não conseguia parar de falar sobre o livro. Me atiçou a curiosidade, lógico, e eu passei o livro como prioridade na lista.
Cinder é uma distopia, mas ousa ao sair do molde das distopias por aí. A personagem principal, Cinder, é uma ciborgue, ou seja, tem muitas partes máquina no seu corpo. Ela é uma mecânica brilhante, tanto que quando o andróide do Príncipe Kai tem problemas que ninguém sabe como arrumar, ela acaba sendo indicada para ajudá-lo.
A história se passa em Nova Pequim. Sim, fora dos EUA e nem perto da Europa! Aliás, nesse livro você vê o que acontece com o resto do mundo – YAY! Você sabe o que aconteceu com qualquer outro país no mundo distópico de Jogos Vorazes? Nem eu. Acho que a gente largou os EUA com seus problemas e deixou que eles se resolvessem sozinhos enquanto a vida seguia normalmente no resto do mundo, e eles acabaram criando os distritos, né?
Voltando ao livro, Cinder é mecânica e vive com a “madrasta” (entre aspas porque a Cinder não era filha biológica do marido dela, e sim tinha sido meio que adotada por ele um pouco antes de morrer) e duas meia-irmãs, e é tratada pela madrasta e pela irmã mais velha como uma propriedade. Aliás, nesse mundo futurístico, ciborgues são tratados como uma raça inferior e sofrem com a discriminação.
O paralelo com a história da Cinderela não acaba aí, afinal também temos uma festa onde o princípe escolherá sua esposa e a que todas as moças em idade de casar estão convidadas. Mas a história se aprofunda com a ameaça de uma epidemia que é comparada à Peste Negra e com as tramóias políticas da Rainha Lunar, rainha de um povo que vive na lua e é como se fosse uma evolução da raça humana e que tem poderes estranhos como o de fazeras pessoas acreditarem no que eles quiserem. Não quero dar detalhes, mas a Rainha Lunar é má (pelo menos até esse primeiro livro) e quer a todo custo que o princípe, que provavelmente logo se tornará imperador, pois seu pai também está com a doença.
A história é muito mais do que parece ser e tem momentos de tensão, o momento obrigatório em toda história que se baseie em Cinderela, que é aquele que você morre de raiva da madrasta… tem o romance, mas não é o principal da história.
Foi uma ótima surpresa e com certeza quero ler os próximos livros, Scarlett e Cress (parece que um quarto, Winter, vai ser lançado ano que vem) e pelo que eu entendi todos tem uma história de contos de fada como base. Só não fui atrás dos livros em inglês porque minha pilha de livros não lidos é muito grande e eu tenho que diminuí-la antes de sonhar em aumentá-la novamente. Vou esperar, lendo os outros livros com um aperto no coração.
Recomendo muito a leitura.mari-transp
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8 anos atrás

[…] São tantos… um bom exemplo são os livros de As Crônicas Lunares, da Marissa Meyer. Cada um dos quatro livros da série (e também o livro lançado para contar a história anterior a Cinder) tem como protagonista uma personagem feminina diferente, inspirada por um conto de fadas: Cinderela (Cinder), Chapeuzinho Vermelho (Scarlet), Rapunzel (Cress) e Branca de Neve (Winter). E a história se passa num futuro onde existe uma peste matando grande parte da população terrestre e os grandes inimigos dos terráqueos são os lunares, que moram na lua. Quer saber mais? Clica aqui! […]