Olá, queridos leitores desse pequeno espaço literário. Tudo bem com vocês? Hoje vou conversar um pouco sobre um livro bem interessante que li no começo desse ano. Gosto muito de releituras de contos de fada, mas Teoricamente Princesa não é exatamente uma releitura. É um conto de fadas moderno, mostrando vilões gananciosos que não se importam com o povo e príncipes que procuram ser verdadeiros líderes. Porém o que mais me prendeu à história foi a construção da personagem principal, Ledi. Teoricamente Princesa é diferente da maioria dos romances contemporâneos e traz um casal principal negro, bem como um país fictício da África. E sair do eixo EUA – Europa enriquece bastante a leitura de detalhes. Mas calma aí que eu já me aprofundo mais nessa história, é só continuar a ler esse post.
Título Original: A Princess In Theory
Autor: Alyssa Cole
Série: Reluctant Royals #1
Editora: Essência
Páginas: 304
Adicione: Skoob | Goodreads
Teoricamente Princesa
Teoricamente Princesa é a história de Naledi Smith, a Ledi, uma mulher negra que está equilibrando o trabalho como garçonete e a pós-graduação. Ledi trabalha num laboratório como epidemiologista e logo de cara a gente já percebe os apertos que ela passa. Uma vida corrida, quase sem folgas, em que ela tem que lidar com colegas que a diminuem e que folgam pra cima dela. Mas Ledi não desanima. Órfã quando muito nova, passou a infância de casa em casa, lidando inúmeras vezes com a rejeição de pais adotivos. Ledi não sabe quase nada de seus pais biológicos, apesar de ter vagas lembranças de que era amada.
Porém, algo estranho começa a acontecer. Ela começa a receber e-mails de alguém que diz falar pelo príncipe de Thesolo, um país da África, sendo que ela teria sido prometida em casamento à ele. E Ledi, sendo a mulher inteligente que é, chega à única conclusão possível: é golpe e deleta os e-mails. O que ela nunca poderia imaginar é que no caso dela… é verdade.
O príncipe em questão é Thabiso e Vossa Alteza Real quer muito pelo menos entender o que fez a família de Ledi dar as costas às suas origens e nunca mais voltar. Porém, quando ele finalmente encontra sua prometida, ela o confunde com Jamal, o novo contratado pelo restaurante. Apesar de ser um fracasso total como ajudante e, após ser extremamente rude com Ledi, ser demitido, Thabiso gosta de como ela o vê como pessoa e não sua coroa.
Por isso, ele acaba criando uma forma de continuar como Jamal na vida de Ledi. Obviamente, essa história não vai acabar bem, já que essencialmente ele está mentindo para ela. Mas sinceramente, é o que a gente espera quando lê esse tipo de romance, não é mesmo.
Lendo a história
A primeira observação que eu gostaria de fazer sobre essa leitura é que demora para ficar interessante. Sim, eu gostei de conhecer Ledi e entender tudo o que ela passa, mas esses primeiros capítulos acabam sendo descritivos demais. Eu perdia o interesse muito rápido, o que é uma pena, porque quando a história começa a acontecer realmente, a leitura flui muito melhor.
Ledi é uma ótima personagem e provavelmente o ponto mais forte da história, porém se a construção de seu passado tivesse sido feita de forma intercalada com os outros acontecimentos, acredito que a leitura teria sido mais envolvente.
Thabiso/Jamal também foi bem aprofundado, porém seu personagem é mais previsível. A química entre os dois é boa e a história que se desenvolve após a saída deles de Nova York para Thesolo é digna de contos de fadas, mas o final é bastante apressado. Senti falta de uma conclusão melhor da história. É ruim quando a gente acaba um livro com perguntas ou querendo um desenvolvimento maior de alguns aspectos.
Mas ainda assim gostei muito da leitura e se não fosse a falta de explicações no final provavelmente teria sido o meu preferido de janeiro.
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