28
01
2016

[#Projeto100LEL]: Aventuras de Alice no País das Maravilhas – Lewis Carroll

Sempre quis ler Aventuras de Alice no País das Maravilhas. Não só o livro é um grande clássico da literatura infantil, tendo sido adaptado de diversas formas para o cinema e TV, sendo a mais famosa delas a animação dos estúdios Disney, como também é presente em várias outras obras literárias e cinematográficas, sendo uma das leituras mais citadas. Afinal, quem nunca estava assistindo uma série e se deparou com uma citação de Alice?

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Alice’s Adventures in Wonderland, frequentemente abreviado para Alice in Wonderland (Alice no País das Maravilhas) é a obra mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson, publicada a 4 de julho de 1865 sob o pseudônimo de Lewis Carroll. É uma das obras mais célebres do gênero literário nonsense.

O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurda característica dos sonhos.

Este está repleto de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos de Carroll, de paródias a poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos. (sinopse retirada da Wikipedia)

Título Original: Alice’s Adventures in Wonderland and Through the Looking Glass 
Autor: Lewis Carroll
Editora: Zahar
Páginas: 320
Avaliação: 3/5

Por isso, aproveitei a ideia do Projeto 100 Livros Essenciais da Literatura para finalmente tirar da estante o livro. Eu tenho duas edições de Aventuras de Alice no País das Maravilhas, e as duas vieram também com Através do Espelho e o que Alice Encontrou por Lá. Uma delas é linda, em inglês, da Barnes & Noble, cor de rosa choque com o corte dourado, e a outra é a edição de bolso de luxo da Zahar, toda ilustrada e também muito linda.

Acabei lendo a edição em português, porque apesar de linda, a edição da Barnes & Noble é super difícil de carregar por aí, porque é enorme. Já a edição da Zahar, apesar de ser de bolso, é super completa e toda a diagramação das páginas é feita com cuidado. Dá gosto de ler.

Eu gostei muito da história, mas tenho que dizer que tinha expectativas diferentes para ela. Esperava que fosse algo mais parecido com histórias infantis como O Menino do Dedo Verde, do Maurice Druon, ou O Pequeno Príncipe, do Antoine de Saint-Exupéry, mas Alice segue um outro rumo.

Para mim, Aventuras de Alice no País das Maravilhas é um livro dirigido para o público infantil mesmo, que brinca com o imaginário da criança. Claro, temos uma clássica alusão à passagem para a vida adulta e as perguntas que Alice faz durante sua incursão pelo País das Maravilhas representam seu crescimento, mas ainda assim, acredito que o teria aproveitado melhor se tivesse lido mais nova.

Por isso, esse é um livro que recebeu três estrelas no Goodreads e no Skoob. É um livro ótimo, apenas não é o livro certo para mim no momento.

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19
12
2015

Acabei de Ler: Auggie & Eu – RJ Palacio

Quem já leu Extraordinário já conhece o Auggie. Ele é um menino que nasceu com uma deformidade facial e por conta de vários problemas de saúde, teve que se submeter a muitas cirurgias e acabou estudando em casa ao invés de ir para uma escola.auggie01

O livro Extraordinário é todo sobre o Auggie, contado em sua maioria por ele mesmo, mas também por outras pessoas que moram e convivem com ele.

Auggie & Eu não é, porém, uma continuação de Extraordinário. Acho que a melhor maneira de descrevê-lo seria como um livro que complementa sua história, porém, não é sobre ele.

Aqui temos três histórias contadas por pessoas que também conhecem Auggie, mas que vão contar suas próprias histórias e não mais a história de Auggie.auggie02

Em O Capítulo de Julian, a história é a versão de Julian, que nós poderíamos chamar de arqui-inimigo do Auggie em Extraordinário. Conhecendo melhor Julian e como é sua vida, conseguimos compreender melhor suas ações. Claro, não se justifica, mas dá para entender melhor o que Julian estava passando e como ele estava se sentindo.auggie03

Em Plutão, quem conta a história é Chris, que é o amigo mais antigo de Auggie e que é mencionado bastante em Extraordinário. Porém, como Chris se mudou para longe, não vê mais Auggie como antes. Ele conta a sua história, seus problemas pessoais e como ser amigo de Auggie afeta sua vida.auggie04

Por fim, Shingaling é contada por Charlotte, que era a terceira dos alunos que fizeram parte da comissão de boas-vindas ao Auggie (para quem não lembra, Julian e Jack eram os outros dois alunos). Charlotte nunca vira amiga realmente de Auggie e se mantém distante e neutra quando tudo acontece com ele. O interessante desse conto é ver como o grupo de meninas age e como muita coisa acontece na escola que o Auggie nem sonha que aconteça.

A RJ Palacio escreve pelo ponto de vista das crianças (ou seriam pré-adolescentes?) muito bem. Achei a decisão dela, de não escrever uma sequência para Extraordinário por acreditar que seria limitar a imaginação de vários leitores que já traçam o futuro de Auggie, muito interessante, ainda mais porque lhe deu a chance de explorar outros aspectos da história dele, fortalecendo ainda mais o universo que criou.

E Extraordinário é um livro maravilhoso que todos deviam ler, ainda mais por trazer um protagonista com deficiência. Auggie & Eu é uma delícia de ler também e merece uma chance. Definitivamente, uma ótima leitura.

02
10
2013

Acabei de Ler: Extraordinário – RJ Palacio

Comprei esse livro no meu Kindle porque ele estava na promoção da semana e já tinha ouvido falar maravilhas sobre ele. Não me decepcionei. O livro conta a história de Auggie, um menino de dez anos que nasceu com uma síndrome genética que resultou numa deformidade facial e em várias cirurgias ao longo dos anos. Por causa de tudo isso, ele nunca tinha frequentado uma escola com outras crianças, tendo sido ensinado pela sua mãe, em casa. Porém, ao chegar na idade de ir para o quinto ano, seus pais decidem que é hora de ele começar a ir para a escola. Extraordinário capa revisao 03

O livro é contado sob vários pontos de vista. O principal deles é do próprio Auggie, mas a irmã mais velha dele, alguns amigos da escola, o namorado e a amiga da irmã também contam um pouco da história. O interessante é que nenhum dos pontos de vista é de um adulto; no máximo, são adolescentes. Outra coisa que eu achei genial é que para cada ponto de vista, a maneira que a história é escrita muda também: quando é o namorado da irmã do Auggie contando a história, por exemplo, ele não utiliza nenhuma letra maiúscula. Com isso, a autora consegue dar uma certa autenticidade para a um dos personagens.

A maneira como o Auggie explica sua vida e a maneira como os pais dele lidam com o fato de que ele ser mais diferente dos outros (digo isso porque, sejamos sinceros, quem é igual a todo mundo? o que é ser normal, afinal de contas? esse tal de normal existe?) é bem real. Digo isso porque, como já contei por aqui, minha deficiência física me deu essa experiência. Acredite em mim, nunca é fácil entrar numa sala cheia de gente da sua idade, sabendo que você vai receber aquela olhada – mesmo que seja por um segundo – do tipo “hey, você é meio estranha”. E você se acostuma mesmo. Não há como ser diferente.

É um livro que emociona. Principalmente por ser simples. Não é um livro que tenta fazer grandes afirmações. Simplesmente narra a vida de Auggie, do ponto de vista dele, e nessa simplicidade, mostra como o diferente na verdade é muito mais parecido com o normal de todo mundo. mari-transp

04
03
2012

Livros Infantis que Valem a Pena Ler e Reler

Existem vários tipos de livros infantis, direcionados para as mais diferentes faixas etárias e com os mais diversos objetivos educacionais e de entretenimento.

Porém, vocês com certeza já leram algum livro infantil que tem linguagem simplificada, é cheio de ilustrações que remetem ao universo das crianças e quando você lê, vê que em seu conteúdo traz alguns ensinamentos que servem muito mais para os adultos do que para as crianças, que entendem muito melhor do assunto.

Esses são os três livros que para mim se dizem infantis e que de infantis não tem nada.

1. O Pequeno Princípe – Antoine de Saint-Exupéry

Acho que esse é o livro infantil mais adulto do mundo. Com todas as lições que encerra nas suas páginas, o livro “O Pequeno Princípe” encanta as pessoas desde a sua primeira edição, e não é à toa que é o livro de língua francesa mais vendido no mundo e foi traduzido para aproximadamente 160 línguas e dialetos.

Além do seu conteúdo altamente filósofico (ainda que não use nenhuma palavra estranha ou situação complexa para isso), as ilustrações, feitas pelo próprio autor, servem para acompanhar a história e aumentar um pouco da magia do livro.

Com certeza um dos livros que valem a pena ser lidos em diferentes momentos da vida, pois sempre trará algo novo.

2. Ei! Tem Alguém Aí? – Jostein Gaarder

Talvez você tenha reconhecido o nome do autor, cujo livro mais famoso é “O Mundo de Sofia”. Esse é um de seus livros infantis, por assim dizer. Conta a história de Joakim, que na véspera em que vai ganhar um irmãozinho ou irmãzinha, fica sozinho em casa e ganha a visita de alguém muito especial: Mika. Juntos, os dois passam 24 horas conversando sobre a origem da vida, suas semelhanças e suas diferenças.

A primeira vez que li esse livro devia ter uns 13, 14 anos. Foi um livro que a minha professora de português (a mesma que me deu de presente o livro “Marta & William”) deu como uma das leituras do bimestre.

Posso dizer que é um livro lindo, com muitas passagens que você quer guardar para a vida e que te fazem parar para pensar. Gosto muito desse livro e recomendo principalmente para as crianças que vão ganhar um novo membro na família: com Joakim e Mika algumas das principais dúvidas que aparecem nesse momento. E também para os adultos que na sua vida diária acabaram perdendo um pouco dessa coisa mais simples que é a ansiedade em esperar por algo novo.

3. O Menino do Dedo Verde – Maurice Druon

Não sei se esse livro é muito conhecido. Ganhei ele de presente de aniversário quando eu fiz 10 anos, eu acho. É um livro que, seguindo o estilo dos livros desse post, tem uma leitura leve, gostosa. Não é um livro longo, e em toda frase, todo capítulo tem um pouco de poesia escondida, um teor um pouco mais filosófico.

Esse livro traz a discussão acerca de temas como convívio social, ética e cidadania. Conta a história de Tistu, um menino que é expulso do colégio por não conseguir se manter acordado durante as aulas. Para não deixar de adquirir conhecimento, seus pais, que são muito ricos, acabam desenvolvendo uma rotina de “aulas” com os empregados da casa.

É em uma dessas aulas com o jardineiro que ele descobre uma coisa impressionante: Tistu é dono de um polegar verde, onde toca nascem flores e plantas. E não importa onde, o que dá a Tistu a oportunidade de fazer brotar as mais diferentes plantas em janelas, paredes e até no teto.

As aventuras e as confusões em que Tistu se mete por causa desse seu talento trazem, cada uma, uma lição diferente. Aos poucos, ele vai mudando, com seu jeito único de ser, a vida de toda uma comunidade.

Claro, existem outros livros que, embora sejam classificados como infantis, traz muito mais lições e reflexões para os adultos. Imagino que o famoso “Alice no País das Maravilhas” seja um desses livros, mas como ainda não li, não posso dizer. É mais um que vai para a minha lista sempre crescente dos livros que ainda quero ler.

E vocês, conhecem mais algum livro infantil que todo mundo devia ler e reler?