Posts de Mari
13
03
2016

Minha Autora Favorita

Esse é o último dos posts dessa semana especial para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Para fechar a semana com chave de ouro, hoje o post foi inspirado por mais um dos temas sugeridos para esse mês no grupo Blogueiros Geeks: minha autora favorita.

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Quem leu a tag que eu respondi sobre Mulheres na Literatura já sabe sobre quem eu vou falar por aqui: JK Rowling, a autora da série Harry Potter. Não poderia ser diferente. Pode parecer exagero para alguns, mas sim, eu posso dizer com segurança que Harry Potter mudou minha vida. Não tanto no sentido de que a história tenha feito um impacto tamanho que eu mudei de vida drasticamente, mas sim no sentido de ter conhecido pessoas que me fizeram vislumbrar oportunidades que antes eu não teria visto. Esse blog é um dos vários exemplos disso.  (mais…)

12
03
2016

Afinal, O Que Nós Queremos?

Essa é uma pergunta que nós, mulheres, não temos ouvido o suficiente. Muitas de nós já não ficam caladas diante de alguns absurdos considerados normais pela sociedade em geral (em especial, por sua parcela masculina). E essa falta de anuência, de concordância, tem provocado muitas reações agressivas, chegando a ultrapassar limites. E aí vem a história do “é tudo mimimi”, porque é mais fácil responder isso do que tentar entender o que, afinal, nós, mulheres, queremos.

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Vou responder por mim, mas tenho certeza que a maioria das mulheres concordaria comigo na maioria das respostas.

Eu quero que parem de responsabilizar as minhas roupas ou atitudes pelas ações dos homens ao meu redor. Quero que quando for à delegacia denunciar um estupro, nunca me perguntem o que eu estava usando, porque não importa. Que quando eu diga não, o meu parceiro pare e respeite a minha decisão.

Eu quero que entendam que o corpo é meu. E não, assovios e gritos de “gostosa” no meio da rua nunca serão elogios. Também quero poder usar o que eu quiser, ao invés de ter mil e uma pessoas na minha cabeça ditando regras. Quero poder usar meu cabelo comprido/curto/colorido ou de qualquer outra maneira que eu preferir, sem ser julgada por isso.

Eu quero ser reconhecida. Quero que outras mulheres importantíssimas na nossa história também o sejam, ao invés de ouvir nas aulas de história somente dos feitos dos homens. Quero visibilidade para as nossas grandes cientistas, escritoras, atrizes, diretoras, roteiristas, advogadas, juízas, médicas e qualquer outra função que eu possa escolher, inclusive a de ficar em casa, cuidando dos filhos.

Eu quero poder escolher o meu caminho. Não, toda mulher não nasce para ser mãe. É uma escolha que grande parte de nós fazem, mas toda mulher nasce para ser ela mesma. Ser mãe pode ser uma parte da vida da mulher, se ela assim o quiser, mas não é sua obrigação. Isso também vale para casar, fazer faculdade, ser dona de casa, ser uma grande empresária… As opções são infinitas e a escolha de qual caminho tomarei deve ser minha.

Eu quero ter as mesmas oportunidades que os homens tem. Seja no ambiente profissional, no ambiente familiar… Afinal, será que não existem tantas mulheres escrevendo livros ou será que elas não tem tanta oportunidade quanto  os homens tem?

Resumindo, eu quero respeito. Quero poder emitir minhas opiniões sem que elas sejam desmerecidas pelo fato de eu ser mulher. Quero que as minhas sugestões sejam levadas a sério. Que o meu trabalho seja tão valorizado e efetivamente remunerado quanto o de um homem com a mesma qualificação que exerça a mesma função que eu. Quero ser vista antes como pessoa, depois como mãe, filha, esposa. Quero viver o meu ser mulher de maneira plena. E quero que todas as mulheres do mundo também o possam fazê-lo.

E você, mulher, o que quer?

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11
03
2016

[Blogueiros Geeks] Personagens Femininas Que Me Inspiram

E para continuar a semana de posts especiais sobre as mulheres, hoje o post é inspirado por um dos temas sugeridos pelo grupo Blogueiros Geeks para Março. Vou apresentar para vocês algumas mulheres da ficção que me inspiram. Essas personagens femininas contam a sua história, tem suas fraquezas e suas fragilidades mas também são fortes e acima de tudo decidem os seus caminhos, não dependendo de outras pessoas para isso.

personagensfemininas (mais…)

10
03
2016

[Book Club] TAG: Mulheres Na Literatura

Lá no Book Club, a postagem coletiva sugerida para o mês de Março é uma tag criada pela própria equipe do grupo, onde nós responderemos algumas perguntas sobre a nossa relação com as mulheres na literatura.tagbookclub

1. Minha autora preferida

Eu tenho várias autoras que eu amo de paixão, que acho super talentosas e que recomendo a leitura de seus livros sempre, mas a preferida mesmo sempre será a JK Rowling. A série Harry Potter me acompanhou na adolescência e por causa dela conheci pessoas que são até hoje importantíssimas na minha vida. Minha admiração só aumenta quando penso em como ela vive ajudando instituições de caridade e como faz questão de se posicionar sobre assuntos sérios.

chimamanda2. Uma autora que eu gostaria de ler

Eu tive que pesquisar para escrever o nome dela corretamente, mas se existe uma autora que eu simplesmente tenho que ler é a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, autora de Americanah. Conheci essa mulher maravilhosa através de seu discurso “Sejamos Todos Feministas“, no TEDx Euston, que inclusive foi adaptado e publicado no Brasil.

3. Um livro com uma protagonista feminina incrível

Tive que pensar bem para escolher aqui e acabei escolhendo os livros da série Addicted. Acho as irmãs Calloway simplesmente sensacionais (embora deva confessar que a minha preferida sempre será a Rose) e extremamente bem construídas como personagens. Elas tem falhas, elas são fortes e elas são fracas, elas acertam e elas erram, elas são apaixonadas e elas odeiam com todas as suas forças… São personagens incríveis e eu queria que mais pessoas conhecessem os livros e se apaixonassem por elas também.

4. Uma personagem feminina que me inspira

 A Mia, da série O Diário da Princesa. Acho a Mia super atrapalhada, mas muito natural e acho as convicções da personagem, ainda que apresentadas de forma bem adolescente (afinal, a Mia começa a série com 14 anos) bem inspiradoras. Como foi uma série que eu cresci lendo, posso dizer que com certeza em muitos pontos a Mia me inspirou.

fangirl5. Uma personagem com a qual me identifico muito

Quando eu li Fangirl, lembro de ter me identificado muito com a Cath, personagem principal, o que só foi reforçado pelo fato de que eu também tinha passado grande parte da minha adolescência escrevendo e lendo fanfics. Mas todos os medos pelos quais ela passa, suas inseguranças, é algo com que eu me identifico muito.

6. Uma personagem forte/ corajosa

Ginny Weasley, de Harry Potter. Poderia citar a Hermione aqui também, claro, mas sou fã demais da Ginny, que começa a história como a irmãzinha do Ron, que perde a língua quando o Harry chega perto, e aos poucos vai se revelando, enfrentando o grande Harry Potter quando ele começa a ficar chato demais, dizendo-lhe o que ele precisa ouvir. Enquanto o trio está caçando as relíquias da morte no último livro, lá está Ginny, com Neville e Luna, enfrentando os professores em Hogwarts e organizando a Armada de Dumbledore.

7. Meu livro preferido com uma protagonista feminina

São tantos… um bom exemplo são os livros de As Crônicas Lunares, da Marissa Meyer. Cada um dos quatro livros da série (e também o livro lançado para contar a história anterior a Cinder) tem como protagonista uma personagem feminina diferente, inspirada por um conto de fadas: Cinderela (Cinder), Chapeuzinho Vermelho (Scarlet), Rapunzel (Cress) e Branca de Neve (Winter). E a história se passa num futuro onde existe uma peste matando grande parte da população terrestre e os grandes inimigos dos terráqueos são os lunares, que moram na lua. Quer saber mais? Clica aqui!

alma8. Um livro com uma mulher decidida

Alexia Tarabotti, da série O Protetorado da Sombrinha. Se tem uma personagem literária decidida (para não dizer teimosa) nessa vida, é Alexia. Nesse universo steampunk, Alexia é uma sem alma e seu poder é anular o poder dos seres sobrenaturais que ela toca. Mas ela nunca faz nsda de maneira delicada e coloca a todos nos seus devidos lugares, fazendo o que quer, do seu jeito.

9. Um livro com uma mulher inteligente

Emma Woodhouse, personagem principal do romance Emma, de Jane Austen, é extremamente inteligente. Talvez até um pouco demais para o seu próprio bem. Emma é uma das minhas personagens preferidas de Jane Austen, que sempre fez questão de criar suas personagens cheias de falhas e por isso Emma é claramente mimada e arrogante, mas também tem o coração no lugar e aprende muito no decorrer da história.

damebyhercover10. Uma personagem que faz tudo por amor

Para esse item, escolhi a Lady Georgiana, personagem principal de Nunca Julgue Uma Dama por Sua Aparência. Ela é uma personagem que faz tudo por amor… à filha. Ela fugiu da sociedade para ser mãe solteira (algo impensável na época, principalmente para uma irmã de Duque) e poder criar a filha sem ter que dá-la para adoção. Depois, sentindo que a filha precisará de um título para conseguir ser ao menos aceita na sociedade, ela se dispõe a achar um Visconde que preencha o requisito e logo mexe seus pauzinhos para conseguir que o seu pretendente aceite se casar com ela. Gosto muito da personagem e da maneira prática como vê tudo, mas que sabe que sua filha é sua maior prioridade.

Quem quiser pode participar do Book Club também! Confira na fanpage do grupo como fazer parte! 😉

Venha discutir com a gente a leitura do mês, além de conhecer pessoas muito legais que também amam ler e conversar sobre livros, personagens e autores diferentes.

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09
03
2016

TBR: Os Livros Para Serem Lidos em Março

Não sou de fazer TBR (to be read – para serem lidos), ou seja, aquela listinha de livros que você pretende ler num determinado período. Não faço isso porque sinceramente não sou lá muito organizada e acabo pulando livros, incluindo outros e no fim das contas, acabo lendo o que me dá na telha e me sentindo culpada porque não completei minha TBR. tbr

Mas esse mês acabei me inspirando pelos vários projetos que incentivam a ler mais mulheres e decidi dividir com vocês alguns dos meus planos de leitura para março, com os livros escritos por mulheres que quero ler. Quem sabe assim não me animo a me manter dentro da programação?

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1. O primeiro deles, Os Dois Mundos de Astrid Jones, da A.S. King, eu acabei me interessando por ler depois de ouvir várias pessoas falando muito bem sobre a história. Parece ser o tipo de livro que toca em assuntos bem pessoais, como a descoberta e aceitação da sexualidade, de uma forma delicada. Pelo menos, é o que a maioria das resenhas que eu li fala e eu quero muito ler para poder entender melhor porque tantas pessoas gostam tanto dessa autora.

2. Persépolis é uma graphic novel , que é uma autobiografia de Marjane Satrapi, sobre a época em que, com dez anos, foi obrigada a usar o véu islâmico e a estudar numa sala só de meninas. Achei a história interessantíssima e quero muito ler. Acho que vai cair como uma luva no tema do mês das mulheres.

3. Por fim, vou incluir nessa minha TBR o livro Ligações, da Rainbow Rowell, porque parece ser uma história envolvente que vai falar de relacionamentos e das prioridades que a gente se dá na vida. Com muitos problemas no casamento e passando o Natal longe de sua família por motivos de trabalho, a personagem principal, Georgie, acaba descobrindo que consegue falar com seu marido pelo telefone… mas no passado. A história promete.

Espero que eu consiga ler esses três livros até o fim de Março. E vocês, já fizeram suas TBR ou são como eu, que quase nunca faz? Deixe seu planejamento para as leituras aí nos comentários!

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08
03
2016

[8 on 8] Livros

Estamos no dia 08 de Março, Dia Internacional da Mulher. O nosso projeto fotográfico 9 on 9 virou 8 on 8, porque uma das participantes teve que sair. 🙁 Por isso, a partir de Março os posts com as nossas fotos sairão no dia 08 de cada mês e serão, portanto, 08 fotos sobre o tema sugerido. E o desse mês é algo que eu amo muito: livros!

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Para aproveitar a deixa dos vários projetos existentes para incentivar a leitura de autoras ou então de histórias que tenham uma mulher como personagem principal, aproveitei para mostrar nesse 8 on 8 alguns livros maravilhosos, que fizeram parte da minha vida de leitora, que foram escritos por mulheres!

(mais…)

07
03
2016

#MulheresParaLer – Mulheres Escritoras e o Mundo Literário

mulheresA Iara, do canal Conto em Canto, está com um projeto maravilhoso nesse mês de março, chamado “Mulheres Para Ler”. Basicamente, o projeto tem como objetivo incentivar os leitores a lerem livros dos mais diferentes gêneros literários escritos por mulheres.

Como ela mesmo explica aí no vídeo, existe uma certa ilusão que as mulheres já são tratadas da mesma forma que os homens no mundo literário. Mas isso não é bem assim. Então, é muito comum que acreditemos que uma escritora tenha a mesma chance de ser publicada e levada a sério em sua profissão, quando a verdade é que as mulheres que escrevem acabam tendo que se contentar com certos gêneros literários que não são considerados literatura, porque a verdadeira cultura literária – hahaha – seria um privilégio masculino. *pausa para fazer cara feia aqui*

Quando eu fiz o que a Iara sugere, contar quantas autoras eu tenho na minha estante, ao contrário dela, tive um resultado que num primeiro momento parece promissor: eu tenho muitos livros escritos por mulheres na minha estante. Porém, ao analisar esse resultado, percebi que isso se deve ao fato de que o meu perfil como leitora inclui muitos livros de gêneros que não são levados a sério (algo que eu acho muito errado) como o chick-lit e livros young adult, já que a maioria deles são direcionados ao público feminino. Como são gêneros que não são considerados “literatura”, tudo bem para as mulheres escreverem.

Afinal de contas, são raríssimas as vezes que vemos um homem escrevendo chick-lit. Como se esse tipo de livro não fosse literatura. Nesse exato momento, não consigo lembrar de nenhum. E mesmo quando escrevem algo parecido (estou aqui pensando nos romances cheios de drama de Nicholas Sparks) parece que são levados mais a sério que mulheres escrevendo o mesmo gênero.

Na categoria young adult, temos uma outra situação: a maioria dos livros escritos por mulheres trazem personagens principais femininas, mas já vi alguns personagens masculinos que foram escritos por autoras. Porém, o contrário é mais difícil de encontrar: um homem que escreva uma personagem feminina principal. Para não dizer que não existem, eu me lembro da série His Dark Materials, do Phillip Pullman, que tem a Lyra como protagonista. Mas é bem menos comum. Como se escrever protagonistas femininas fosse algo inferior e o autor perdesse credibilidade ao colocar uma garota como principal em sua história. *pausa para outra cara feia*

Harry Potter - JK Rowling

Até a situação da JK Rowling é um exemplo claro disso: quando seus livros foram publicados, seu nome foi alterado para as suas iniciais, pois existia o medo de que seus livros de história de magia e aventura não vendessem tão bem se logo de cara as pessoas soubessem que se tratava de uma mulher escrevendo.

Mas como mudar isso? O que você e eu, leitores, podemos fazer para mudar a situação? A resposta é simples: leia mais mulheres. Procure por autores do sexo feminino, principalmente ao escolher livros em áreas que não tem muitos exemplos de escritoras mulheres. Assim, aos poucos, o mercado editorial talvez vá dar mais chances para que outras mulheres sejam autoras publicadas.

Existem muitas mulheres que escrevem os mais diferentes gêneros, entre romance policial, horror, ação e aventura, livros técnicos… o que elas precisam é serem lidas, para que cada vez mais possam quebrar essa barreira de que mulher só escreve chick-lit (o que, volto a frisar, não é algo ruim, já que é um gênero literário que merece a mesma importância que todos os outros e não ser considerado inferior), de que uma mulher escrevendo um gênero que não é direcionado para mulheres não deve escrever bem.

Você concorda? Discorda? E afinal, quanto da sua estante foi escrito por mulheres? Deixe sua resposta nos comentários e participe desse projeto. Vamos ler mais mulheres!

06
03
2016

Acabei de Ler: Obsidiana – Jennifer L. Armentrout

obsidianaComeçar de novo é uma porcaria.

Quando nos mudamos para West Virginia antes do último ano de curso, eu tinha me resignado ao sotaque engraçado, ter conexão de internet ruim e me cansar da vida monótona como uma ostra… Até que eu vi meu vizinho sexy, tão alto e com esses impressionantes olhos verdes. As coisas pareciam estar melhorando.

E então ele abriu a boca.

Daemon é insuportável e arrogante. Nós não nos damos bem. Nada, nada bem mesmo. Mas quando um estranho me atacou e Daemon congelou o tempo, literalmente, com um movimento de sua mão… Bem, algo aconteceu… Inesperado.

O sexy alienígena que vive do outro lado da rua.

Sim, você ouviu direito. Alien. Acontece que Daemon e sua irmã têm uma galáxia cheia de inimigos que querem roubar suas habilidades, e o toque de Daemon fez com que eu parecesse um daqueles sinais luminosos em Las Vegas. A única maneira de sair dessa viva é ficar colada a Daemon até que minha “luz” extraterrestre se apague.

Isso se eu não matar a Daemon antes, claro.

Título Original: Obsidian
Série: Lux #1
Autor: Jennifer L. Armentrout
Editora: Valentina
Páginas: 320
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Você já deve ter ouvido essa história antes. A menina que gosta de livros se muda para um lugar novo e então conhece um cara lindo, maravilhoso, gostoso, daquele tipo que não existe, e aí ela descobre que ele aparentemente não gosta dela, até o momento que ele tem que salvar a sua vida e então um grande segredo vêm à tona.

Clichê? Com certeza. Mas é a maneira como o clichê é utilizado em Obsidiana, despretensiosamente, que faz toda a diferença. Katy está se mudando para uma cidade no interior de West Virginia com sua mãe, que decidiu que uma mudança de ares seria boa para as duas. Ao chegar na casa nova, a mãe dela logo descobre que elas serão vizinhas de dois adolescentes que parecem ter a mesma idade da Katy e por isso incentiva a filha a ir até lá e conhecê-los.

O problema é que Daemon (que aparece logo de cara sem camisa) apesar de ser lindo, gostoso, etc. é muito mal educado e logo de cara já cria uma impressão muito ruim. A irmã gêmea dele, a Dee, é justamente o contrário: é super simpática e logo faz amizade com a Katy.

Conforme a história de Obsidiana se desenrola, Katy descobre o segredo dos dois irmãos: eles não são desse planeta. Algo que não é, obviamente, um spoiler, já que está na capa do livro, na sinopse… E conforme ela vai entendendo melhor o universo dos dois, ela consegue entender também todos os medos de Daemon em relação à aproximação dela com Dee e todos os perigos que ela corre. O problema é que cada vez mais Katy e Daemon devem ficar juntos, para que ele possa protegê-la.

O enredo tem vários problemas. As explicações dadas pela autora tem muitas falhas, parece não haver nada que os aliens conseguem fazer (esqueça Superman: o negócio é ter um Luxen te protegendo, ok?) e os vilões da história não parecem ter um motivo muito claro para atacar, apenas… inveja?

Existiram muitas partes do livro inacreditáveis. Mas como a escrita da autora é leve e descontraída, sem maiores dramas apesar das cenas de ação, a leitura acaba sendo envolvente e divertida. As brigas entre Katy e Daemon são rápidas, nada de dramalhão mexicano.

A Katy é uma personagem engraçada e real. Para você ter uma ideia, ela tem um blog literário e isso não é algo que some da vida dela quando ela se aproxima de Dee e Daemon. Ela não deixa de ter uma vida ou outras amizades por causa das confusões em que se mete por ter na vida essas pessoas de outro planeta. Katy também tem uma personalidade forte e nunca fica na posição de donzela indefesa, algo que me impressionou bastante, já que parece que o enredo inteiro de Obsidiana parecia estar caminhando para isso.

O Daemon é um típico protagonista de YA sobrenatural e só não é um saco de aguentar porque a Katy e a Dee acabam colocando ele nos eixos. Ele é o mais forte, o mais poderoso, o super hiper, o que tem todos os poderes e ainda olhos verdes e um peitoral de matar, sim, mas nem por isso ele escapa de ser alvo do sarcasmo da Katy. A dinâmica entre o casal flui de maneira diferente da maioria dos romances paranormais, o que é um ponto positivo e que acabou salvando o livro para mim.

Por toda a despretensão dessa história, eu me diverti bastante e com certeza vou querer ler o resto dos livros, até porque quero ver se a autora melhora em suas explicações a respeito dos aliens e suas motivações.

Já leram um livro assim? O que acharam?

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04
03
2016

Entrevista com Everton Moreira, autor de Pétreos

No post passado, vocês leram um pouco sobre o livro Pétreos, escrito pelo Everton Moreira, parceiro do blog. Agora, vocês vão ler uma pequena entrevista em que ele conta um pouco mais sobre como foi criar esse universo, suas inspirações e planos para o futuro.

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1. Quais os motivos que o levaram a ambientar a história de Pétreos naquele momento histórico?

Escolhi um ambiente medieval porque queria uma história simples sobre valores; honra, lealdade, amizade; e a temática medieval é confortável para histórias com este teor. O fato de ser professor de história e ser mais ligado a História Antiga e Medieval também contribuiu bastante.

2. Com qual personagem do seu livro você melhor se identifica? Existe algum personagem que foi mais complicado de escrever?

Acho que todos tem um pouco de mim, mas o personagem no qual me vejo está na sequência que está sendo escrita. Quase todos os personagens deste primeiro livro são baseados em pessoas que conheço e conheci, mas não é nenhum deles que me representa. Tenho um apego muito grande pela postura da Iren, baseada na minha avó materna, a verdade é que gostaria de ter a força dela, mais do que a de Sir John ( baseado em meu avô materno). Os dois personagens mais difíceis foram Virtuo e Bernard. Virtuo é inspirado em um ex-aluno e atual amigo, acredito que seja o personagem mais complexo do livro… seus valores e suas emoções… tudo isto torna ele um dos mais queridos, mas também trabalhoso. Bernard é um exceção, não é baseado em ninguém, o conceito dele nasce com a vontade de homenagear Bernard Cornwell que é meu autor contemporâneo favorito; o fato de não ter baseado ele em uma pessoa real fez com que fosse difícil eu imaginá-lo.

3. Como foi o processo de publicação do livro Pétreos? Como escritor, qual a sua visão em relação ao mercado editorial brasileiro?

Difícil. As editoras pequenas e de médio porte são as que realmente trabalham com escritores inciantes. As grandes editoras são inacessíveis. Já as editoras das quais temos respostas, as de pequeno e médio porte, precisam que você colabore financeiramente com a obra. O mercado editorial brasileiro escolhe o comercial, o produto certo da venda, não existe uma abertura real para o surgimento de novos nomes e coisas do tipo.

4. Você cogita a ideia de escrever uma continuação, já que o fim da história apresenta essa possibilidade, ou Pétreos foi concebido como um livro único?

A resposta da segunda pergunta já entrega. Há uma continuação, mas apenas uma, a história desde o inicio foi concebida para ser contada em duas gerações.

5. Pétreos foi o primeiro livro que você escreveu? Pretende se aventurar mais no mundo da literatura?

Pretendo escrever a continuação de Pétreos e tenho o desejo de ambientar uma história durante a Revolução Cubana, contaria a história de um pequeno fazendeiro durantes os eventos na ilha. Penso também sobre um livro com tons poéticos ambientado no mundo circense.


Se você tiver interesse sobre o livro Pétreos, dá uma passadinha na página do livro no Facebook. Para adicionar o livro à sua estante no Skoob, clique aqui. Para informações sobre como adquirir o livro, clique aqui.

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02
03
2016

Acabei de Ler: Pétreos – Everton Moreira

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Exemplar cedido pelo autor para resenha.

Sir John Taurio, Conde de Alandes e comandante do exército de Rehn, era o melhor amigo do Rei Beath desde a infância e juntos tornaram seu reino o mais forte de todos os conhecidos. A amizade, vista como a base de uma era de ouro, se rompe de maneira inconciliável diante de uma praga agrícola. O Conde acredita que todos devem racionar qualquer suprimento para que o povo consiga sobreviver à crise, enquanto o monarca deseja que os impostos sobre a produção subam para preservar os luxos da nobreza.
John não consegue aceitar as ordens de seu antigo amigo e lança seu condado em uma luta desesperada para se separar do reino. Os homens do condado de Alandes têm a escolha de lutar por um mundo novo que ainda não conseguem entender ou aceitar a exploração imposta pela monarquia. Com poucos aliados, Sir John decide não se render ao mundo que até então tinha defendido. Alandes, seu líder e seu povo buscam ser algo maior do que um simples território, eles precisam se tornar um sentimento de liberdade.

Autor: Everton Moreira
Editora: Garcia
Páginas: 264
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5 Estrelas

Quando o autor entrou em contato comigo para uma possível parceria, logo fiquei bem interessada no estilo de história que Pétreos conta. Além disso, acho importantíssimo sempre divulgar o trabalho de escritores nacionais, pois sinto que às vezes não é dado o valor necessário à nossa literatura. Claro, na escola somos obrigados a ler os clássicos (que também são importantes) mas a literatura contemporânea brasileira não recebe o destaque merecido. Fico feliz de poder falar do livro Pétreos aqui no blog, ajudando a divulgar o trabalho do Everton Moreira.

Pétreos é uma história medieval e seu personagem principal é Sir John, Conde, comandante do exército e amigo de infância do Rei Beath, do Reino de Rehn. Porém, quando uma praga diminui a quantidade de comida que será produzida, prevendo uma crise, Sir John propõe ao seu Rei que cortes sejam feitos, principalmente quanto ao privilégio dos nobres, garantindo assim a sobrevivência de todos. Porém, a solução dada por Beath é o aumento de impostos para os agricultores (qualquer semelhança com a história do nosso país é mera coincidência). Diante da negativa do Monarca, ele se vê na difícil posição de enfrentá-lo e com isso acaba declarando seu condado, Alandes, um reino e ele mesmo, seu relutante Rei.

Claro que essa traição não é bem vista pelo Rei Beath, que declara guerra ao povo de Alandes. O que observamos a partir daí é o início de um reino em Alandes, onde novos personagens serão apresentados e pessoas do povo, camponeses e artesãos, serão envolvidos nessa guerra e trarão cada qual seus conhecimentos para vencer o exército muito melhor treinado do Rei de Rehn.

Fiquei bastante envolvida na leitura, principalmente pela maneira como as relações familiares de Sir John e também aquelas de amizade entre os seus súditos são apresentadas. É difícil não torcer por Alandes, especialmente porque a construção do Reino, visualizada por John, é feita de forma a valorizar todos os que fazem parte dele, sem se deixar levar por títulos de nobreza. Para o Rei John, todos devem ter a mesma importância, não importando a sua nascença.

Fui pega de surpresa com algumas perdas ao longo da história, mas achei bem pertinentes também, já que estamos falando de uma guerra e seria irreal se as perdas acontecessem somente para um dos lados. Achei muito interessante como o Rei John lidera suas tropas e as estratégias que ele se utiliza para que, mesmo com menos homens, ele possa ter uma chance.  Mesmo as mulheres foram bem utilizadas e fazem sua presença ser reconhecida.

Gostei muito da leitura e definitivamente recomendo para todos que quiserem conhecer um pouco mais sobre essa história. Existe algum livro nacional que você recomenda? Deixe nos comentários para que eu possa conhecer também!

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