Eu confesso: fiquei interessada nesse livro por causa do Londres no título. Para quem não sabe, eu amo a cidade e costumo ler livros que se passem por lá. Sabia pouco sobre a história de Londres é Nossa quando comecei a ler, mas a leitura acabou me agradando por vários motivos. Por isso, vim falar sobre ela aqui no blog. Quem sabe você não decida ler esse livro também?

Título Original: London Belongs to Us
Autor: Sarra Manning
Editora: Galera Record (selo do Grupo Editorial Record)
Páginas: 261
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Londres é Nossa

A personagem principal aqui é Sunshine, apelidada carinhosamente de Sunny. Ela está namorando um cara chamado Mark que absolutamente ninguém aprova. Sua mãe vai viajar e deixa uma lista do que ela deve fazer e um dos pontos principais é que ela não transe com o namorado. A melhor amiga, Emmeline, vive tentando abrir seus olhos para o modo como Mark a trata. Mas Sunny está decidida a ter sua primeira vez com ele e está planejando tudo.

Porém, numa noite cheia de loucuras, ela vai descobrir que Mark realmente não é essa coca-cola toda. E para tentar encontrar Mark, ela vai andar por toda a Londres com dois novos amigos, os franceses Vic e Jean-Luc. Nas suas andanças, vai conhecer muita gente diferente e fazer coisas que nunca pensou ser capaz.

Como Foi Conhecer Londres com Sunny, Vic e Jean-Luc

Eu já fui para Londres em 2014 e pretendo voltar para lá um dia. Amo a cidade e claro, não consegui ver tudo o que eu queria quando a visitei pela primeira vez. Por isso, vários dos lugares que são citados eu já conhecia ou pelo menos já havia ouvido falar.

Mas a história apresenta não só o local, mas uma pequena história sobre ele. É uma maneira muito legal de imaginar o cenário e conhecer melhor a história da cidade. E ela anda muito de metrô e ônibus, também, então você conhece os nomes das estações também. Mas não se preocupe, mesmo quem nunca foi para Londres vai conseguir fazer a viagem sem problemas.

A história tem outros pontos bem legais também. A Sunny é negra e isso abre espaço para ela discutir auto-estima e preconceito racial também. Inclusive dentro da família dela. Existe até uma parte que ela conta as várias fases do seu cabelo e como foi difícil ela assumir o afro.

A melhor amiga dela, Emmeline, é gay e embora não seja o foco da história, é bom ver que a personagem é bem resolvida em relação a isso. Aliás, a relação de amizade das duas é tratada de forma muito real, com seus altos e baixos, com erros de ambos os lados. Mas é um relacionamento saudável e isso é importante.

Outro ponto que me chamou a atenção durante a leitura foi o fato de que as meninas (inclusive Sunny) chamam as outras de piranha. E isso normalmente é um baita ponto negativo, mas ele é explorado dentro da história. Inclusive, existem vários momentos de confronto em que as meninas se questionam porque fazem isso e porque isso não é legal.

O arco da Sunny dentro da história é um ponto bem desenvolvido e, apesar de se passar em menos de 24 horas, a história consegue levar o leitor por uma bela jornada. Fora que tem várias referências a Doctor Who e outras nerdices e vocês sabem que isso sempre ganha meu coração.

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