Depois de muito ler romances históricos, decidi mudar um pouco o estilo de leitura e voltar a ler distopia, um gênero que já fazia um tempo que eu não lia. O escolhido foi A Rainha Vermelha, principalmente, não posso negar, por causa da capa. Essa capa prateada toda cheia de brilho me encantou e eu tive que trazer o livro pra casa.
Ouvi muitos elogios quanto à história e ao mundo distópico criado aqui, e por isso achei que renderia uma boa leitura. A personagem principal se chama Mare Barrow, e ela é uma vermelha, o que significa que possui sangue vermelho, em contraste aos que têm sangue prateado, que possuem poderes especiais e por causa disso acabaram dominando todos os vermelhos e fazendo deles seus escravos e os mandando para a guerra.
Mare é uma ladra, e é assim que ajuda em casa. Na sociedade em que vive, os vermelhos que completam dezoito anos e não possuem emprego são recrutados para a guerra e, quando não voltam totalmente debilitados, simplesmente não voltam.
Tudo muda, porém, quando num acidente bem estranho, Mare descobre que apesar de ser vermelha também tem poderes. A partir daí, como o acidente acontece na frente de muitas pessoas, o rei e a rainha decidem esconder o fato de que ela é diferente e inventam uma história sobre como ela tinha sido criada por vermelhos e nunca soube que na verdade era uma prateada.
A Rainha Vermelha é um livro cheio de reviravoltas e traições, jogos pelo poder e manobras políticas e acima de tudo, muita ação. Porém, devo admitir que o desenrolar da história me decepicionou bastante. Eu acho que o equilíbrio entre as cenas de ação e o desenvolvimento dos personagens não foi muito bem trabalhado e por isso várias vezes as atitudes e pensamentos da Mare sobre o que estava acontecendo ao seu redor me pareceram um pouco desconectadas da situação.
Também não consegui gostar completamente da Mare e, como o livro é sob o ponto de vista dela, isso acabou atrapalhando um pouco a leitura. Às vezes ela parecia querer fazer uma revolução para ajudar seu povo, às vezes parecia que ela estava simplesmente querendo estar no poder. Além disso, para uma personagem que começa o livro como uma ladra e que ouve repetidamente durante a história que todos podem trair todos, achei ela inocente demais. Quando uma das grandes reviravoltas do livro acontece, não fiquei surpresa, mas a Mare sim.
Apesar dos meus problemas, é um livro de fácil leitura e quem gosta de distopias que focam mais em ação e menos em sentimentos provavelmente vai gostar bem mais desse livro do que eu. Ele vai ter continuação, mas sinceramente não fui envolvida o suficiente pela trama para continuar a série. Por isso, dei três estrelas de cinco possíveis lá no meu Goodreads.
Você já leu e gostou? Deixe sua opinião nos comentários e nos vemos no próximo Acabei de Ler!
Oi Mari☺
Gostei da sua resenha. O livro é interessante, mas acho que deveria ter sido mais amadurecido. Fiquei curiosa sobre o que acontece, mas concordo com você não chamou tanto a minha atenção para continua-lo.
Parabéns.
Beijos
Sim, poderia ter ficado um pouco menos superficial, talvez. A ideia é interessante, mas para realmente me chamar a atenção, deveria ter tido um aprofundamento maior.
Fico feliz que tenha gostado da resenha. Obrigada pelo comentário! Volte sempre ao blog.
Sim… com certeza voltarei!
É bem vinda à Fabulonica também ☺
Eu tô a bastante tempo querendo ler esse livro, mas pelo jeito que você falou ele não é tão bom assim. Será que é uma boa eu me arriscar e comprar?
Eu acho que você devia ler de qualquer maneira, várias pessoas gostaram bastante e talvez você goste também. Não é um livro ruim, mas realmente eu tive alguns problemas com ele.