Mais uma aventura direto do universo de Doctor Who, Only Human foi escrita por Gareth Roberts, que já escreveu episódios para a série de TV (The Shakespeare Code, The Unicorn and the Wasp, ambos com o Décimo Doctor, e The Lodger e Closing Time, com o Décimo-primeiro Doctor). O primeiro livro que eu li de Doctor Who, I Am a Dalek (na verdade, classificado como uma “novella” pela BBC Books, parte de um programa do governo britânico para incentivar a leitura), também foi escrito por Gareth Roberts.
Only Human foi lançado em 2005, mas foi a aventura escolhida para representar o Nono Doctor na edição especial de onze aventuras (uma para cada Doctor) para comemorar os 50 anos de Doctor Who agora em 2013.
Além do Nono Doctor (interpretado por Christopher Eccleston), a história também conta com a participação de Rose Tyler e do Capitão Jack Harkness. Tudo começa quando um Neanderthal, Das, aparece em pleno 2005, o que acaba chamando a atenção do Doctor. Quando ele tenta devolver o Das para o seu tempo de origem, ele não consegue, porque a viagem no tempo original acabou poluindo as suas células.
Como o Das não pode voltar para o passado, o Doctor recruta um relutante Capitão Jack para ser seu professor neste mundo novo, e volta com a Rose no tempo para tentar descobrir como um Neanderthal foi parar no futuro.
O livro tem muitas cenas engraçadas protagonizadas pelo diário do Das e pelas anotações do Capitão Jack sobre as “aventuras” dos dois. Aparentemente, o Neanderthal tem problemas para entender o conceito de mentira, inclusive em relação à programas de TV.
Enquanto isso, o Doctor e a Rose, na era pré-histórica, acabam descobrindo que o local perto da tribo do Das está servindo de base para humanos do futuro. E são humanos de uma época tão obscura da história da humanidade que até o Doctor tem problemas para identificar exatamente de quando que eles vem. Aparentemente, a Terra foi pega no meio de uma guerra entre dois planetas em 436000 d.C. e acabou sendo vítima de um pulso magnético que acabou inutilizando todos os computadores existentes. Como a raça humana já estava espalhada pelas galáxias, os que continuavam em seu planeta de origem foram esquecidos e tiveram que se virar com o que tinham.
Sem ter nenhum tipo de tecnologia eletrônica, os terráqueos passaram anos aprimorando suas aréas biológicas e químicas, conseguindo basicamente manipular qualquer estrutura biológica, emoções e funções fisiológicas. Mas algo muito estranho está acontecendo com os membros daquela expedição, que ainda não sabem, mas nunca poderão voltar para casa, já que seus organismos foram tão afetados pela viagem pelo tempo rudimentar quanto o organismo de Das.
Only Human é uma aventura totalmente sem alienígenas, mas que apresenta a raça humana em três momentos totalmente diferentes de sua história, em seus bons e maus momentos. O autor traça paralelos do comportamento humano, desde a pré-história até esse cenário futurístico pós-apocalíptico, apontando semelhança. E tudo bem, nós não sabemos como vamos estar daqui a 400000 anos, mas não é difícil imaginar os humanos ainda brigando e tentando passar a perna uns nos outros para ganhar algum tipo de vantagem… ou é?
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