Lembro que em seu lançamento, A Rainha de Tearling fez muito sucesso entre os booktubers americanos. A história mistura distopia com ficção medieval, algo que chama atenção. A sua protagonista, Kelsea, é considerada uma das mais fortes do gênero. Por tudo isso, fiquei bem feliz quando recebi o livro, lançado pela Suma de Letras aqui no Brasil, na malinha de fevereiro do Turista Literário. Porém, embora tenha gostado da leitura, alguns pontos não me impressionaram tanto. E por isso resolvi contar para vocês aqui no blog.
Título Original: The Queen of the Tearling
Autor: Erika Johansen
Série: The Queen of the Tearling #1
Editora: Suma de Letras (selo da Companhia das Letras)
Páginas: 350
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A Jornada da Rainha de Tearling
Kelsea Raleigh foi levada do palácio para um chalé no meio do nada quando ainda era um bebê. O objetivo era que ela sobrevivesse o suficiente para ocupar o trono quando chegasse a hora. Ali, sendo criada e preparada para ser rainha de Tearling, ela cresceu. Quando finalmente chegou o momento, a Guarda da Rainha apareceu para levá-la à Fortaleza, de onde deveria governar seu povo.
Tearling é um reino muito pobre. Apenas os nobres tem algum luxo, e isso é conseguido através da exploração daqueles que não tem nada. Os tear vivem subjugados por Mortmesne, um reino governado pela temível Rainha Vermelha. E todo esse panorama é resultado dos anos sendo governados pela falecida mãe de Kelsea, Elyssa, e por seu tio, o regente Thomas Raleigh.
Assim, a missão de Kelsea é tentar melhorar essa situação. Para isso, deverá enfrentar muitos inimigos, não sendo poucos aqueles que são traidores. Deverá mostrar que apesar de inexperiente, não é indefesa. Com a ajuda de uma joia mágica e dos guerreiros da Guarda da Rainha, ela lutará para mudar a situação de seu povo.
O Que Eu Achei da Leitura
O enredo é bom e os personagens também. Porém, demorei muito para conseguir me envolver com a história. Passamos vários capítulos iniciais sem informações importantes, o que aos poucos vai irritando. Isso seria evitado se não houvesse tanto mistério acerca do que acontece no reino de Tearling. Outro ponto que atrapalha a leitura é que, se há escassez de informações, há abundância de nomes. O problema é que dessa forma fica quase impossível acompanhar a história de maneira eficiente.
Além disso, os capítulos são longos e há parágrafos enormes, sem nenhum diálogo. Eu me pegava lendo a mesma frase três, quatro vezes, ou então voltando para ler o mesmo parágrafo, porque tinha simplesmente passado os olhos. Isso tornou a leitura cansativa. A ideia de abandonar o livro me passou pela cabeça algumas vezes.
É uma pena, porque a obra traz análises políticas brilhantes. Kelsea analisa, por exemplo, que a ausência da obrigação das crianças irem para a escola traz muitas vantagens à classe dominadora do reino. Ela também sabe a importância dos livros e de uma boa saúde para que seu povo possa viver melhor.
Devo mencionar a Travessia. Aparentemente, nosso mundo seria o mundo pré-Travessia. Então, William Tear desbravou o novo mundo para fundar o Tearling. A única tecnologia que havia trazido era a médica, mas o navio branco afundou, por isso as pessoas vivem sem tecnologia. Eu achei curioso que a história se passe no futuro, tendo em vista que o cenário é extremamente medieval. Algumas vezes é mencionado que a história mundial é cíclica. Porém, me passou pela cabeça que essa Travessia teria sido uma exploração espacial e que Tearling e Mortmesne seriam países em outro planeta. Mas pode ser apenas uma ideia maluca minha.
Gatilhos
É uma história extremamente violenta. Existem vários gatilhos, principalmente em relação à violência sexual e a relacionamentos abusivos. Até a palavra b*ceta (gente, eu ODEIO essa palavra) aparece na história. E sinceramente, isso me pegou de surpresa. O pior é que não sei se era exatamente necessário.
Por fim, fica muito em aberto para ser resolvido nos próximos livros. Já existe a notícia de que A Rainha de Tearling será um filme estrelado pela Emma Watson, mas isso não me anima nem um pouco. Não é algo que eu vá ficar esperando. A história é boa, mas tantas outras poderiam ser adaptadas para o cinema, não vejo o porquê de essa ser tão especial.
E vocês, já leram esse livro? O que acharam?
Siga-me por aí:
Olá Mari, tudo bem?
Adorei a resenha, mas nunca tinha visto esse livro. A premissa realmente é muito boa, uma pena que a autora não conseguiu desenvolver muito bem. Detesto livro com muitos nomes, isso me atrapalha muito, então provavelmente, eu não lerei.
Beijos!
Eu achei um pouco confuso e demorei para me acostumar.
Olá, Mari, não conhecia esta história tampouco a autora. Confesso que gostei; pouco, mas gostei, haha. Gosto de fantasias medievais e só por isso merece minha dúvida, hehe.
Abraço.
É um livro diferente nesse sentido.
Nossa sério que a leitura não fluiu tao bem assim pra vc? Gostei da sua sinceridade, pois encontrei tantas resenhas elogiando sem apontar nenhuma falha rs.. Eu tenho dificuldades com nomes, então quando vejo que tem muitos já fico perdida na leitura ahuhauhauha
Clay, fiquei bem perdida em alguns pontos, mas pra mim o pior mesmo foi tanto mistério no começo do livro. Mistério é um elemento legal, mas nesse caso foi exagerado.
Nossa… esse livro estava (é, estava) na minha lista, mas fui murchando conforme li sua resenha, que foi ótima por sinal, bem crítica e sincera. Sinceramente eu tenho tanta, mas tanta coisa pra ler (uns 250 livros no Skoob, apenas) e não me vejo dando chance pra um livro com tantos problemas e com uma história que me lembra outras que eu já li.
Obrigada pela resenha honesta.
Beijos!
Amanda, até acho legal que você leia para ver o que você acha do livro, pode ser que se sinta bem diferente de mim em relação a ele.
Oi Mari! Tudo bem??
Eu não conhecia esse livro ainda e realmente, já li alguns livros com esse problema de abundância de nomes, eu ficava completamente perdida. Que pena que a história ficou um pouco cansativa, quando é assim, eu acabo abandonando o livro mesmo.
Mas confesso que fiquei curiosa com a temática do livro ser medieval e se passar no futuro. Mas acho que não vou ler, vou acabar me decepcionando.
Beijos!!
Ficou um pouco cansativa mesmo, Becca, mas não foi tão ruim assim.
Olá, tudo bem?
Nossa que interessante, é a primeira vez que ouço falar desse livro, mas confesso que fiquei bem curiosa por essa leitura. Fiquei um tanto receosa pelo fato de você não ter curtido ela tanto assim, mas fiquei curiosa e acho que ler e tirar minhas proprias conclusões. A capa que veio de brinde é um amor mesmo.
Beijos
Leia sim, afinal, esse post é sobre como eu me senti em relação ao livro, talvez sua impressão seja bem diferente.
Que livro mais lindo, acho que compraria só pela capa! Adorei sua resenha. ❤
http://www.kailagarcia.com
Obrigada!
Com certeza esta mistura de distopia com ficção medieval chama atenção, ainda mais porque gosto de ambos os gêneros, juntos então, nem se fala!
Bjs Rose
É um bom exemplar desses gêneros!
Oiii tudo bem?
Infelizmente dessa vez a obra não despertou meu interesse, mas fico feliz que tenha gostado e assim trazido a resenha para nós, ótima resenha e lindas fotos.
Abraços
Obrigada!
OOi!
Confesso que livros com historias medievais não chamam muito minha atenção. Raramente leio um. O fato do leitor demorar a se envolver na leitura também me desanima um pouco. É sempre tão bom quando de cara nos sentimos envolvidos, ou pelo menos após o primeiro ou segundo capítulo.
Pelo filme eu até me interesso. Esse é um dos poucos gêneros que prefiro assistir do que ler. haha
Beijoos!
Bom, o filme às vezes fica mais interessante mesmo!
Que legal! Queria ter esse “dom” da leitura, mas tenho mais facilidade com números, rs. Na verdade admiro muito quem ama a ler <3
Parabéns pelas suas resenhas!
Sucesso para ti!
Pois é, eu já não tenho dom nenhum com números, hahahaha.
Adorei a sinopse do livro. Eu sou fisgado muito fácil por tudo que é da Idade Média, porque amo. Fiquei interessado em ler mesmo com os pontos negativos que você falou no post.
Erick, é uma boa leitura sim, apesar dos pontos que levantei.
A suma de letras arrasa nas edições, né? Eu lembro do estande deles da Bienal do livro no Rio em 2015 que coisa linda… Mas falando do enredo. Eu não curto muito histórias que são gatilho para violência. Independente do gênero que essa violência ataca.
Infelizmente nem todas as obras são boas para adaptações. Isso me lembra o livro “Eu, você e a garota que quer morrer”. Pra que fazer filme?
Gostei da sua resenha principalmente porque expressou sua verdadeira opinião.
Sim, a edição está maravilhosa. Mas o enredo é violento mesmo. E eu não gostei de Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer. Tem até post aqui no blog, hahaha.
Odeio livros que não te prendem e ficam meia hora dando voltas, mas sem te dar detalhes ou que já introduzem mil nomes de pessoas e lugares. Tu não consegue acompanhar ou lembrar quem é quem e tem que ficar voltando pra tentar entender quem é quem. Mas mesmo assim quero ler esse livro, pois estou muito curiosa. Eu sou um rato de biblioteca e mesmo quando um livro é ruim a minha curiosidade não me deixa abandonar o tal livro hahahah
Já te disse que amo seu blog né?
Leia sim, sua experiência pode ser bem diferente da minha. E já disse, mas eu amo ler que tem gente que ama meu blog, deixa o meu coração tão feliz!
Olá!
Eu sou uma das pessoas que está morrendo de vontade de ler esse livro, mas confesso que esses capítulos gigantes me desanimou muito, porque fica realmente uma leitura bem cansativa. Mesmo assim, acho que seria muito interessante e ainda estou curiosa para conferir.
Beijos.
Leia sim, aí você me conta o que achou!
Olá, vi alguns comentários a respeito dessa obra e fiquei curiosa…sua resenha ficou ótima. Acredito que eu ficaria confusa com tantos personagens, kkkk
Abraços
Pois é, eu fiquei um pouco confesso!