Categoria "Acabei de Ler"
The Yorkshire Pudding Club foi o primeiro livro que a Milly Johnson escreveu e até por causa disso é um dos melhores para começar a ler dela. Conta a história de três amigas de longa data, completamente diferentes uma da outra, que de repente se encontram na mesma situação: estão grávidas. (mais…)
O primeiro desafio da Maratona Literária, hospedado pelo blog Por Essas Páginas, consiste em escrever uma carta para um personagem que tenha te cativado. Algumas pessoas *cofcoflanyeilycofcof* acreditam que já sabem sobre quem eu vou escrever, e se vocês acertaram, meninas, vocês me conhecem melhor do que eu mesma, porque eu fiquei meio surpresa com a minha escolha.
Senhoras e senhores, aqui vai a minha carta para um personagem que é muito especial para mim: (mais…)
Decidi participar da Maratona Literária, uma idéia super legal que o blog Café com Blá Blá Blá está organizando e cujo objetivo é fazer todos os participantes darem um gás na sua fila de leituras de um jeito muito mais divertido, interagindo com outros leitores que estão fazendo a mesma coisa.
Para quem se interessar e quiser saber como funciona e se inscrever, basta ir ao post do Café com Blá Blá Blá. Lá estão todas as informações, além do formulário de inscrição.
Para participar, cada um dos leitores deve traçar uma meta literária a ser cumprida na semana do dia 29/07 a 04/08. Portanto, aí vai a minha lista:
Se eu vou conseguir? Não sei. Apesar de às vezes eu ler quase um livro por dia, ter que trabalhar e fazer todas as minhas atividades rotineiras durante a semana vai atrapalhar bastante. Mas eu vou tentar, com certeza. E durante a semana, vou postando o meu progresso aqui no blog.
Tenho uma confissão a fazer: amo zumbis. Pode parecer estranho, mas sempre tive um certo fascínio por essas histórias de mortos-vivos que conseguem, com uma mordida, transformar outro ser humano em um deles. Guerra Mundial Z, do escritor Max Brooks, acaba de ganhar um filme, um belo blockbuster com Brad Pitt no papel principal. Assisti o filme na segunda-feira, e me interessei ao saber que era “baseado” no livro homônimo. Coloco baseado entre aspas porque, após ter ido atrás e lido o livro em três dias, posso dizer que fora alguns detalhes pequenos, a única coisa que o livro e o filme tem em comum é o título (e não sou só eu que digo isso. Essa foi uma observação do próprio autor).
Vou tentar discutir os dois sem dar nenhum spoiler grande demais, mas se você não viu o filme e não quer saber nenhum detalhe, melhor só ler o post depois de ir ao cinema, ok? Já do livro, ele é tão cheio de detalhes, que nem se eu me esforçar muito consigo estragar a leitura de alguém.
Across the Universe é um livro de ficção científica que conta a história de Amy, uma menina que escolhe ser congelada com seus pais, ambos de carreira militar e envolvidos no projeto da nave Godspeed, para acordar 300 anos no futuro, quando essa nave espacial chegar a seu destino e os humanos prepararem esse novo planeta para que ele seja habitável, o que é basicamente a premissa da série Firefly e o que talvez explique a minha fascinação por esse livro.
Mais uma aventura direto do universo de Doctor Who, Only Human foi escrita por Gareth Roberts, que já escreveu episódios para a série de TV (The Shakespeare Code, The Unicorn and the Wasp, ambos com o Décimo Doctor, e The Lodger e Closing Time, com o Décimo-primeiro Doctor). O primeiro livro que eu li de Doctor Who, I Am a Dalek (na verdade, classificado como uma “novella” pela BBC Books, parte de um programa do governo britânico para incentivar a leitura), também foi escrito por Gareth Roberts.
Essa resenha provavelmente só vai fazer sentido se você já tiver uma idéia geral do que é Doctor Who e assistido alguns episódios. E se você ainda não sabe… por favor, vá atrás de conhecer. Doctor Who é uma das minhas paixões, aquele tipo de série que encanta de um jeito que você passa a querer saber tudo sobre ela.
Enfim, uma das coisas que mais gosto em Doctor Who é ver como a série se espalha para outras mídias, não ficando restrito apenas a série de TV: você tem aventuras em áudio (produzidas pela Big Finish), tem as histórias em quadrinhos e as aventuras em livros, o que basicamente quer dizer, para mim, duas grandes paixões juntas. Não preciso nem dizer que estou indo atrás dos livros e lendo um atrás do outro, né?
O melhor deles que eu li até agora é o The Stone Rose, uma aventura estrelada pelo Décimo Doctor (ok, traduzindo da maneira correta, seria Décimo Doutor, mas eu não consigo chamar o Doctor de Doutor – isso é antipatriota?) e pela sua companheira nas viagens (de novo, tenho que me controlar muito para não chamar simplesmente de companion) Rose Tyler.
Em The Stone Rose, o Doctor e sua Rose vão parar na Roma Antiga depois que encontram uma estátua da deusa Fortuna que é igualzinha a Rose exposta no British Museum, e então eles voltam àquele tempo para garantir que a estátua seja esculpida e não seja criado um paradoxo. Ou seja, apenas mais um dia de trabalho na vida do Doctor.
Mas claro que, se falando de Doctor Who, as coisas nunca seriam tão simples assim. Chegando lá, logo o Doctor e a Rose se veem envolvidos na busca de Gracilius ao seu filho, Optatus. O menino de dezesseis anos desapareceu sem deixar vestígios, e a única coisa que os pais tem para mostrar aos outros como era a aparência de Optatus é uma estátua impressionantemente realista feita pelo escultor prodígio Ursus.
Para encontrar Optatus, Doctor e Rose contam com a ajuda da escrava que pode ver o futuro Vanessa. Mas será que Vanessa é apenas uma escrava romana com dons especiais ou esconde alguns segredos?
A história é bem interessante, e conta com muitos elementos corriqueiros em Doctor Who. Muitas idas e vindas no tempo, tecnologias do século 23 aparecendo na Roma Antiga… é cheio de lógica Who, uma lógica que nunca daria certo explicar para quem não conhece esse universo, mas que dentro de Who faz todo o sentido do mundo. Tem cenas de ação e de aventura muito boas e mistério na medida certa para te fisgar do começo ao fim.
Agora, o que eu mais gostei mesmo nesse livro foi a maneira como Jacqueline Rayner escreve seus personagens. Como Doctor Who é uma série de tv, os escritores que se propõem a escrever histórias de Doctor Who utilizam personagens cujas características já foram determinadas pelos escritores dos episódios da série exibida na televisão. Porém, como a história é bem particular do escritor, pode acontecer de eles errarem a mão (pensando bem, eu consigo lembrar de um episódio da série em que o escritor errou a mão porque não leu o script do episódio anterior, mas tudo bem), mas isso não acontece nesse livro.
O Doctor de Jacqueline Rayner é o décimo Doctor interpretado pelo David Tennant na série, a Rose é a mesma personagem que a gente assiste interagir com o Doctor, interpretada pela Billie Piper, e mesmo personagens secundários como Mickey Smith e Jackie Tyler foram escritos como o seriam na TV. O feito se torna mais impressionante quando descobrimos que esse livro foi um dos três livros de aventuras do décimo Doctor lançados três dias antes da exibição do primeiro episódio de David Tennant no papel principal da série. Ou seja, o livro foi escrito apenas um pouco depois dos scripts, e sem a autora ter a completa noção de como o personagem ia ficar na série.
As interações entre o Doctor e a Rose também são perfeitas, ainda mais para aqueles fãs de Doctor/Rose (como esta que vos escreve – oi!). Nesse livro você tem muitos momentos entre os dois que demonstram bem a relação entre os dois, naquela ambiguidade que te deixa na dúvida: afinal, é ou não é? E aí eu deixo para vocês decidirem o que é e o que deveria ser. Eu tirei minhas conclusões, mas já ouvi tantas idéias…
Para ajudar um pouquinho nas suas idéias, aí vai mais um fato que acontece nesse livro e que faz dele um dos livros preferidos dos fãs de Doctor/Rose: esse é o livro que o Doctor beija a Rose, de maneira inequívoca, quando ela o destransforma (provavelmente um neologismo meu) de seu status de estátua. Seria simplesmente um beijo para comemorar poder se mexer de novo? Ou seria algo mais profundo? Ou seria simplesmente um beijo de alívio?
Ah, e eu não sou muito chegada em audiobooks, mas o The Stone Rose é lido por ninguém menos que David Tennant e vale muito a pena ouvir ele fazendo as vozes e o sotaque. É impressionante ouvir o livro sendo lido com o sotaque escocês, daí ouvir as vozes da Rose e da Jackie (que ele faz com uma precisão de deixar de queixo caído, diga-se de passagem) e ainda de lambuja ouvir o Doctor, na voz e no sotaque inglês do Doctor. E ouvir o David narrando o beijo Doctor/Rose da história é muito, mas muito bom mesmo.
Apenas mais uma coisa para eu ficar ainda mais vidrada em Doctor Who. Tudo bem, nunca fui muito normal mesmo.