Categoria "Acabei de Ler"
29
09
2013

Procurando Por Sua Próxima Aventura

Quem lê demais tem um grande problema: como escolher o próximo livro para ler? Aqueles momentos em que você está entre livros/séries podem ser estressantes. Afinal, saber se é o momento certo para ler esse ou aquele livro às vezes é essencial, até para que você aproveite tudo o que ele tem para oferecer da maneira correta.
Ainda mais se você, como eu, tem aquele sério problema de ter uma pilha enorme e que só aumenta de livros para ler. Muitas vezes, essa pilha tem vários livros do mesmo gênero ou assunto do último livro que eu li, porém nem sempre é uma boa idéia ler vários livros seguidos sobre o mesmo assunto.
 livros2
Por exemplo, minha recente fascinação por zumbis me rendeu vários livros de vários autores diferentes sobre mundos infestados de mortos-vivos dos mais variados tipos (sim, existem muitos tipos de zumbis – um post sobre isso ainda aparecerá por aqui).
Porém, após ler três livros do Max Brooks (autor de Guerra Mundial Z) sobre zumbis, percebi que não podia ler outro em seguida. Ia querer comparar a forma como os autores explicam o fenômeno zumbi em suas histórias, e embora sempre haverá uma comparação com livros já lidos, algumas vezes essa comparação pode fazer com que você perca o que o novo autor traz de bom, exatamente por ficar fixada nas idéias do anterior.
Na verdade, eu tento dar uma variada nos gêneros dos livros que eu leio. Claro, existem momentos em que preciso ler chick-lit por exemplo, e acabo lendo sete livros água com açúcar antes de passar para frente. Depende do momento. Mas na maioria das vezes, gosto de variar.
Acho que isso acontece porque tudo o que a gente quer é se apaixonar novamente pelos personagens e pelas histórias. Quando encontramos um livro que amamos, queremos que aquela magia continue conosco para sempre, e por isso, quando chegamos a seu fim, nossa busca pela próxima grande aventura começa com um novo fervor.
Acho que uma parte de mim sempre procurará pelo meu próximo Harry Potter. Não uso essa expressão como tantos críticos literários a utilizam para rotular uma nova série de livros que eles acreditam possa fazer o mesmo sucesso que Harry Potter. Não.
Procuro meu próximo Harry Potter sabendo que nunca o encontrarei. Sei disso porque procuro por aquela sensação de se apaixonar por um mundo literário pela primeira vez, embora racionalmente saiba que a primeira vez é única. Não há como reproduzi-la.
Mesmo assim, não largo minha busca incessante. Por um lado, porque embora nunca acharei exatamente o que procuro, sei que encontrarei pelo caminho outros livros que farão valer a pena. Essa eterna busca é talvez mais importante do que o resultado. Por outro, porque o simples fato de estar procurando é uma emoção por si só. Aquele friozinho na barriga, aquela esperança, a simples alegria do talvez me motiva.
Talvez para você, leitor, não seja o próximo Harry Potter o livro que você procura. Talvez você ainda não o tenha encontrado. Quem sabe? Mas com certeza, ao acabar um livro, você reconhecerá aquela sensação. A sensação de procurar sua próxima aventura. mari-transp
16
09
2013

Acabei de Ler: The Yorkshire Pudding Club – Milly Johnson

The Yorkshire Pudding Club foi o primeiro livro que a Milly Johnson escreveu e até por causa disso é um dos melhores para começar a ler dela. Conta a história de três amigas de longa data, completamente diferentes uma da outra, que de repente se encontram na mesma situação: estão grávidas.theyorkshire (mais…)

05
08
2013

Maratona Literária – Conclusão

E aqui está, o post final da Maratona Literária. Eu até quis fazer alguns posts sobre o meu progresso durante a semana, mas a vida ficou corrida e acabei decidindo fazer um só, para finalizar.
garotaexemplar
Consegui terminar tanto Garota Exemplar quanto The Casual Vacancy nos três primeiros dias da Maratona. Garota Exemplar tem um final tão psicótico quanto eu imaginava, talvez até mais porque não sei se em meus mais loucos devaneios eu conseguiria imaginar algo tão fora da casinha como o fim desse livro. O que não quer dizer que o livro seja ruim, muito pelo contrário: a autora consegue convencer que aquele final é algo que poderia acontecer. E isso me assusta… Não vou discutir detalhes da história porque esse é um livro melhor apreciado sem spoilers, mas posso garantir que você vai se surpreender lendo. thecasualvacancy
The Casual Vacancy (Morte Súbita, na edição brasileira) eu acabei lendo muito mais rápido do que pensei que ia ler. Como é um livro com vários personagens e vários pontos de vista, achei que talvez teria que voltar um pouco para lembrar quem era quem. Para minha surpresa, não tive que fazer isso. As vidas de cada um dos personagens acabaram me vindo à memória com facilidade.
Acabei de ler no dia do aniversário da JK Rowling, e foi ótimo, porque o livro mostra os motivos pelos quais a autora é considerada uma das melhores da atualidade. Mesmo com vários personagens, ela desenvolve a vida e a história de cada um, de forma que, com alguns, você acaba querendo proteger de tudo e de todos, mesmo sabendo que algumas ações daquele personagem não são corretas, mas ela te explica o porquê daquela decisão. Você sente uma raiva profunda de outros personagens, ao ponto de se imaginar entrando na história para salvar esse ou aquele ou dar uma surra enorme em outros. Talvez seja esse um dos maiores trunfos da JK: você realmente se importa com os personagens que ela escreve e você quer saber qual o rumo que a história vai tomar.
Depois, passei para The Scorpio Races, da Maggie Stiefvater, um livro que eu comprei no Book Depository ano passado e que deixei na pilha, esperando o melhor momento para ler. Qual não foi minha surpresa ao abrir o livro e descobrir que o meu exemplar é autografado pela autora? O tempo todo ali e eu não sabia!thescorpioraces
Amei a história, é muito envolvente, os personagens principais são maravilhosos, a história é extremamente bem desenvolvida e as descrições fazem a ilha, os cavalos e a corrida ganharem uma vivacidade imensa. Quando você acaba de ler, é difícil imaginar que aquele lugar, aquelas pessoas realmente não existem… mesmo que o evento principal da história seja uma corrida entre pessoas montadas em cavalos que aparecem do oceano e comem carne vermelha, podendo (e frequentemente chegando a fazê-lo) matar as pessoas que os rodeiam.
abundanceofkatherines
O último livro da minha meta era An Abundance of Katherines, do John Green. Gostei da história também, mas acho que os outros livros do John Green são mais interessantes. Esse livro foi o que eu acabei mais rápido: comecei e terminei no mesmo dia. E agora posso dizer que já li todos os livros do John Green.
Fiquei feliz de ter cumprido a minha meta, deu para dar um gás legal nas minhas leituras, e finalmente acabar dois livros que eu tinha começado mas empacado. Achei a Maratona Literária um evento muito legal, onde deu para interagir bem com os outros leitores que como eu também estavam dedicados em alcançar suas metas. E é sempre bom conhecer gente nova que é apaixonado pelas mesmas coisas que a gente: livros!
Agora, volto ao The Cuckoo’s Calling (o livro que eu tô lendo no Kindle) e para O Projeto Rosie, que minha irmã me trouxe de São Paulo e que eu comecei a ler hoje e já soltei umas boas gargalhadas. Porque com Maratona ou sem Maratona, não dá para parar de ler, não é verdade? mari-transp
29
07
2013

Maratona Literária – Desafio I

O primeiro desafio da Maratona Literária, hospedado pelo blog Por Essas Páginas, consiste em escrever uma carta para um personagem que tenha te cativado. Algumas pessoas *cofcoflanyeilycofcof* acreditam que já sabem sobre quem eu vou escrever, e se vocês acertaram, meninas, vocês me conhecem melhor do que eu mesma, porque eu fiquei meio surpresa com a minha escolha. maratona1

Senhoras e senhores, aqui vai a minha carta para um personagem que é muito especial para mim:  (mais…)

24
07
2013

Maratona Literária

Decidi participar da Maratona Literária, uma idéia super legal que o blog Café com Blá Blá Blá está organizando e cujo objetivo é fazer todos os participantes darem um gás na sua fila de leituras de um jeito muito mais divertido, interagindo com outros leitores que estão fazendo a mesma coisa. maratona1

Para quem se interessar e quiser saber como funciona e se inscrever, basta ir ao post do Café com Blá Blá Blá. Lá estão todas as informações, além do formulário de inscrição.

Para participar, cada um dos leitores deve traçar uma meta literária a ser cumprida na semana do dia 29/07 a 04/08. Portanto, aí vai a minha lista: foto (1)

  • Terminar de ler (finalmente) o The Casual Vacancy, da JK Rowling. Estou na página 190 de 503 páginas… desde janeiro desse ano. Ooops.
  • Terminar (tá faltando só mais um pedacinho) o Garota Exemplar, da Gillian Flynn. Estou na página 348 de 443 e meio que empacada ali porque algo me diz que a história vai tomar um rumo assustador. Sim, eu paro de ler quando isso acontece. Não, isso não é certo: crianças, não façam isso em casa.
  • Tomar vergonha na cara e ler dois livros que estão na minha lista dos “para ler” faz quase um ano: o The Scorpio Races, da Maggie Stiefvater e o último livro que falta para eu ler do John Green, An Abundance of Katherines.

Se eu vou conseguir? Não sei. Apesar de às vezes eu ler quase um livro por dia, ter que trabalhar e fazer todas as minhas atividades rotineiras durante a semana vai atrapalhar bastante. Mas eu vou tentar, com certeza. E durante a semana, vou postando o meu progresso aqui no blog.

E aí vamos participar?mari-transp

05
07
2013

Filme vs. Livro: Guerra Mundial Z

Tenho uma confissão a fazer: amo zumbis. Pode parecer estranho, mas sempre tive um certo fascínio por essas histórias de mortos-vivos que conseguem, com uma mordida, transformar outro ser humano em um deles. Guerra Mundial Z, do escritor Max Brooks, acaba de ganhar um filme, um belo blockbuster com Brad Pitt no papel principal. Assisti o filme na segunda-feira, e me interessei ao saber que era “baseado” no livro homônimo. Coloco baseado entre aspas porque, após ter ido atrás e lido o livro em três dias, posso dizer que fora alguns detalhes pequenos, a única coisa que o livro e o filme tem em comum é o título (e não sou só eu que digo isso. Essa foi uma observação do próprio autor).

Vou tentar discutir os dois sem dar nenhum spoiler grande demais, mas se você não viu o filme e não quer saber nenhum detalhe, melhor só ler o post depois de ir ao cinema, ok? Já do livro, ele é tão cheio de detalhes, que nem se eu me esforçar muito consigo estragar a leitura de alguém.

guerrazmundial (mais…)

28
06
2013

Acabei de Ler: Across the Universe – Beth Revis

Across the Universe é um livro de ficção científica que conta a história de Amy, uma menina que escolhe ser congelada com seus pais, ambos de carreira militar e envolvidos no projeto da nave Godspeed, para acordar 300 anos no futuro, quando essa nave espacial chegar a seu destino e os humanos prepararem esse novo planeta para que ele seja habitável, o que é basicamente a premissa da série Firefly e o que talvez explique a minha fascinação por esse livro.across-the-universe

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17
05
2013

Acabei de Ler: Como Eu Era Antes de Você – Jojo Moyes

Existem livros que você lê, acha engraçado, se identifica, uma ou outra parte você lembra em alguns momentos, mas é isso: ele vai ficando para trás e aos poucos acaba virando mais um. Mas também existem livros que você pode até não se identificar, mas que encontram um eco dentro de você que demora anos até que você consiga realmente absorver tudo o que você leu. Como Eu Era Antes de Você, o primeiro livro que eu li da Jojo Moyes, é um livro assim.como eu era antes de voce (mais…)
08
05
2013

Acabei de Ler: Only Human – Gareth Roberts

Mais uma aventura direto do universo de Doctor Who, Only Human foi escrita por Gareth Roberts, que já escreveu episódios para a série de TV (The Shakespeare Code, The Unicorn and the Wasp, ambos com o Décimo Doctor, e The Lodger e Closing Time, com o Décimo-primeiro Doctor). O primeiro livro que eu li de Doctor Who, I Am a Dalek (na verdade, classificado como uma “novella” pela BBC Books, parte de um programa do governo britânico para incentivar a leitura), também foi escrito por Gareth Roberts.only-human-dw

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29
03
2013

Acabei de Ler: The Stone Rose – Jacqueline Rayner

Essa resenha provavelmente só vai fazer sentido se você já tiver uma idéia geral do que é Doctor Who e assistido alguns episódios. E se você ainda não sabe… por favor, vá atrás de conhecer. Doctor Who é uma das minhas paixões, aquele tipo de série que encanta de um jeito que você passa a querer saber tudo sobre ela.

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Enfim, uma das coisas que mais gosto em Doctor Who é ver como a série se espalha para outras mídias, não ficando restrito apenas a série de TV: você tem aventuras em áudio (produzidas pela Big Finish), tem as histórias em quadrinhos e as aventuras em livros, o que basicamente quer dizer, para mim, duas grandes paixões juntas. Não preciso nem dizer que estou indo atrás dos livros e lendo um atrás do outro, né?

O melhor deles que eu li até agora é o The Stone Rose, uma aventura estrelada pelo Décimo Doctor (ok, traduzindo da maneira correta, seria Décimo Doutor, mas eu não consigo chamar o Doctor de Doutor – isso é antipatriota?) e pela sua companheira nas viagens (de novo, tenho que me controlar muito para não chamar simplesmente de companion) Rose Tyler.

Em The Stone Rose, o Doctor e sua Rose vão parar na Roma Antiga depois que encontram uma estátua da deusa Fortuna que é igualzinha a Rose exposta no British Museum, e então eles voltam àquele tempo para garantir que a estátua seja esculpida e não seja criado um paradoxo. Ou seja, apenas mais um dia de trabalho na vida do Doctor.

Mas claro que, se falando de Doctor Who, as coisas nunca seriam tão simples assim. Chegando lá, logo o Doctor e a Rose se veem envolvidos na busca de Gracilius ao seu filho, Optatus. O menino de dezesseis anos desapareceu sem deixar vestígios, e a única coisa que os pais tem para mostrar aos outros como era a aparência de Optatus é uma estátua impressionantemente realista feita pelo escultor prodígio Ursus.

Para encontrar Optatus, Doctor e Rose contam com a ajuda da escrava que pode ver o futuro Vanessa. Mas será que Vanessa é apenas uma escrava romana com dons especiais ou esconde alguns segredos?

A história é bem interessante, e conta com muitos elementos corriqueiros em Doctor Who. Muitas idas e vindas no tempo, tecnologias do século 23 aparecendo na Roma Antiga… é cheio de lógica Who, uma lógica que nunca daria certo explicar para quem não conhece esse universo, mas que dentro de Who faz todo o sentido do mundo. Tem cenas de ação e de aventura muito boas e mistério na medida certa para te fisgar do começo ao fim.

Agora, o que eu mais gostei mesmo nesse livro foi a maneira como Jacqueline Rayner escreve seus personagens. Como Doctor Who é uma série de tv, os escritores que se propõem a escrever histórias de Doctor Who utilizam personagens cujas características já foram determinadas pelos escritores dos episódios da série exibida na televisão. Porém, como a história é bem particular do escritor, pode acontecer de eles errarem a mão (pensando bem, eu consigo lembrar de um episódio da série em que o escritor errou a mão porque não leu o script do episódio anterior, mas tudo bem), mas isso não acontece nesse livro.

O Doctor de Jacqueline Rayner é o décimo Doctor interpretado pelo David Tennant na série, a Rose é a mesma personagem que a gente assiste interagir com o Doctor, interpretada pela Billie Piper, e mesmo personagens secundários como Mickey Smith e Jackie Tyler foram escritos como o seriam na TV. O feito se torna mais impressionante quando descobrimos que esse livro foi um dos três livros de aventuras do décimo Doctor lançados três dias antes da exibição do primeiro episódio de David Tennant no papel principal da série. Ou seja, o livro foi escrito apenas um pouco depois dos scripts, e sem a autora ter a completa noção de como o personagem ia ficar na série.

As interações entre o Doctor e a Rose também são perfeitas, ainda mais para aqueles fãs de Doctor/Rose (como esta que vos escreve – oi!). Nesse livro você tem muitos momentos entre os dois que demonstram bem a relação entre os dois, naquela ambiguidade que te deixa na dúvida: afinal, é ou não é? E aí eu deixo para vocês decidirem o que é e o que deveria ser. Eu tirei minhas conclusões, mas já ouvi tantas idéias…

Para ajudar um pouquinho nas suas idéias, aí vai mais um fato que acontece nesse livro e que faz dele um dos livros preferidos dos fãs de Doctor/Rose: esse é o livro que o Doctor beija a Rose, de maneira inequívoca, quando ela o destransforma (provavelmente um neologismo meu) de seu status de estátua. Seria simplesmente um beijo para comemorar poder se mexer de novo? Ou seria algo mais profundo? Ou seria simplesmente um beijo de alívio?

Ah, e eu não sou muito chegada em audiobooks, mas o The Stone Rose é lido por ninguém menos que David Tennant e vale muito a pena ouvir ele fazendo as vozes e o sotaque. É impressionante ouvir o livro sendo lido com o sotaque escocês, daí ouvir as vozes da Rose e da Jackie (que ele faz com uma precisão de deixar de queixo caído, diga-se de passagem) e ainda de lambuja ouvir o Doctor, na voz e no sotaque inglês do Doctor. E ouvir o David narrando o beijo Doctor/Rose da história é muito, mas muito bom mesmo.

Apenas mais uma coisa para eu ficar ainda mais vidrada em Doctor Who. Tudo bem, nunca fui muito normal mesmo.foto3

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