
Categoria "Acabei de Ler"
Comprei esse livro no meu Kindle porque ele estava na promoção da semana e já tinha ouvido falar maravilhas sobre ele. Não me decepcionei. O livro conta a história de Auggie, um menino de dez anos que nasceu com uma síndrome genética que resultou numa deformidade facial e em várias cirurgias ao longo dos anos. Por causa de tudo isso, ele nunca tinha frequentado uma escola com outras crianças, tendo sido ensinado pela sua mãe, em casa. Porém, ao chegar na idade de ir para o quinto ano, seus pais decidem que é hora de ele começar a ir para a escola.
O livro é contado sob vários pontos de vista. O principal deles é do próprio Auggie, mas a irmã mais velha dele, alguns amigos da escola, o namorado e a amiga da irmã também contam um pouco da história. O interessante é que nenhum dos pontos de vista é de um adulto; no máximo, são adolescentes. Outra coisa que eu achei genial é que para cada ponto de vista, a maneira que a história é escrita muda também: quando é o namorado da irmã do Auggie contando a história, por exemplo, ele não utiliza nenhuma letra maiúscula. Com isso, a autora consegue dar uma certa autenticidade para a um dos personagens.
A maneira como o Auggie explica sua vida e a maneira como os pais dele lidam com o fato de que ele ser mais diferente dos outros (digo isso porque, sejamos sinceros, quem é igual a todo mundo? o que é ser normal, afinal de contas? esse tal de normal existe?) é bem real. Digo isso porque, como já contei por aqui, minha deficiência física me deu essa experiência. Acredite em mim, nunca é fácil entrar numa sala cheia de gente da sua idade, sabendo que você vai receber aquela olhada – mesmo que seja por um segundo – do tipo “hey, você é meio estranha”. E você se acostuma mesmo. Não há como ser diferente.
É um livro que emociona. Principalmente por ser simples. Não é um livro que tenta fazer grandes afirmações. Simplesmente narra a vida de Auggie, do ponto de vista dele, e nessa simplicidade, mostra como o diferente na verdade é muito mais parecido com o normal de todo mundo.
Eu já fui uma criança normal (nossa, que jeito lindo de começar uma resenha). Não muito normal, mas ainda assim, já fui alguém que gostava de livros e séries de tv de uma maneira considerada aceitável pela maior parte da sociedade. Mas então, no Natal de 2000, minha mãe me deu de presente os dois primeiros livros da série Harry Potter. Como sou uma devoradora de livros, antes do ano novo, os dois livros já estavam devidamente lidos. No meu aniversário de 14 anos, ganhei o terceiro.
Até esse momento, devo admitir que apesar de estar amando muito a história, ainda não tinha nada fora desse estranho conceito que nós temos de “normal”. Estranho e entediante.
Foi após ler o quarto livro, e ficar obviamente muito ansiosa pela continuação da história, que algo despertou em mim. Gosto de dizer que eu já tinha esse gene geek escondido no DNA, mas que foi nesse momento que ele se ativou. Sem nenhuma data para o lançamento do quinto livro da série (para quem não se lembra, entre o lançamento de Harry Potter e o Cálice de Fogo e Harry Potter e a Ordem da Fênix foram três looongos anos), resolvi fazer algo que iria mudar a minha vida: joguei Harry Potter num site de busca (não foi o Google… talvez tenha sido o Cadê?, lembram dele?) e acabei descobrindo as benditas fanfictions.
A partir daí, para encontrar fóruns sobre o assunto, conhecer gente que amava e alimentava minha paixão por Harry Potter e discutir teorias e mais teorias, foi um pequeno pulo. O fandom (uma palavra que até então eu não conhecia) me puxou de uma forma que logo fui encontrando meu lugar nesse pequeno mundo cibernético e, consequentemente, libertei a fangirl que existia dentro de mim.
O livro de Rainbow Rowell tem como personagem principal alguém com quem obviamente me identifiquei bastante. Talvez não possa dizer que sou parecida com a Cath, mas com certeza entendo o mundo dela. Fangirl acompanha a jornada de Cath, que acaba de ir para a faculdade com sua irmã gêmea, Wren.
Para Cath já é terrível ela ter que lidar com novas e aterrorizantes aventuras diárias, como conversar com gente nova e ter que comer num refeitório, mas o fato de sua irmã querer arranjar outra companheira de quarto e acima de tudo, não querer mais nada com Simon Snow, série de livros (e filmes) que as duas eram ativas no fandom e inclusive sobre a qual escreveram várias fanfics juntas, é para ela o pior de tudo. De repente Cath se vê sozinha e abandonada por aquela que ela achou que sempre estaria ao seu lado.
O interessante do livro é que ele não se limita a contar sobre a vida de fangirl da Cath. Na verdade, a autora explora o porquê de Cath gostar tanto de escrever fanfics, mas não faz disso algo ruim, e sim utiliza o fato para contar sobre a jornada que ela percorre, inclusive de se descobrir como pessoa e como escritora, além de suas fanfics.
É um livro sobre crescimento pessoal, sobre como lidar com as relações familiares, com amizades novas e com situações que podem parecer assustadoras para aqueles que não se sentem à vontade ao lidar com o desconhecido. Consegue, sem ser piegas e sem apresentar soluções mágicas para as vidas dos personagens, parecer real.
Uma leitura leve, divertida e principalmente, perfeita para quem convive no meio de fóruns, é chamado de nerd por gostar demais de alguma coisa e sabe a alegria que é participar ativamente de um fandom. E para quem ainda não sabe o que é, vale a pena para ficar conhecendo e tirar alguns preconceitos da cabeça.
The Yorkshire Pudding Club foi o primeiro livro que a Milly Johnson escreveu e até por causa disso é um dos melhores para começar a ler dela. Conta a história de três amigas de longa data, completamente diferentes uma da outra, que de repente se encontram na mesma situação: estão grávidas. (mais…)
O primeiro desafio da Maratona Literária, hospedado pelo blog Por Essas Páginas, consiste em escrever uma carta para um personagem que tenha te cativado. Algumas pessoas *cofcoflanyeilycofcof* acreditam que já sabem sobre quem eu vou escrever, e se vocês acertaram, meninas, vocês me conhecem melhor do que eu mesma, porque eu fiquei meio surpresa com a minha escolha.
Senhoras e senhores, aqui vai a minha carta para um personagem que é muito especial para mim: (mais…)
Decidi participar da Maratona Literária, uma idéia super legal que o blog Café com Blá Blá Blá está organizando e cujo objetivo é fazer todos os participantes darem um gás na sua fila de leituras de um jeito muito mais divertido, interagindo com outros leitores que estão fazendo a mesma coisa.
Para quem se interessar e quiser saber como funciona e se inscrever, basta ir ao post do Café com Blá Blá Blá. Lá estão todas as informações, além do formulário de inscrição.
Para participar, cada um dos leitores deve traçar uma meta literária a ser cumprida na semana do dia 29/07 a 04/08. Portanto, aí vai a minha lista:
Se eu vou conseguir? Não sei. Apesar de às vezes eu ler quase um livro por dia, ter que trabalhar e fazer todas as minhas atividades rotineiras durante a semana vai atrapalhar bastante. Mas eu vou tentar, com certeza. E durante a semana, vou postando o meu progresso aqui no blog.
Tenho uma confissão a fazer: amo zumbis. Pode parecer estranho, mas sempre tive um certo fascínio por essas histórias de mortos-vivos que conseguem, com uma mordida, transformar outro ser humano em um deles. Guerra Mundial Z, do escritor Max Brooks, acaba de ganhar um filme, um belo blockbuster com Brad Pitt no papel principal. Assisti o filme na segunda-feira, e me interessei ao saber que era “baseado” no livro homônimo. Coloco baseado entre aspas porque, após ter ido atrás e lido o livro em três dias, posso dizer que fora alguns detalhes pequenos, a única coisa que o livro e o filme tem em comum é o título (e não sou só eu que digo isso. Essa foi uma observação do próprio autor).
Vou tentar discutir os dois sem dar nenhum spoiler grande demais, mas se você não viu o filme e não quer saber nenhum detalhe, melhor só ler o post depois de ir ao cinema, ok? Já do livro, ele é tão cheio de detalhes, que nem se eu me esforçar muito consigo estragar a leitura de alguém.
Across the Universe é um livro de ficção científica que conta a história de Amy, uma menina que escolhe ser congelada com seus pais, ambos de carreira militar e envolvidos no projeto da nave Godspeed, para acordar 300 anos no futuro, quando essa nave espacial chegar a seu destino e os humanos prepararem esse novo planeta para que ele seja habitável, o que é basicamente a premissa da série Firefly e o que talvez explique a minha fascinação por esse livro.