20
04
2024

Fallout – O Que Eu Ainda Quero Entender Sobre a Série

Eu assisti a primeira temporada de Fallout, nova série da Amazon Prime, e gostei bastante. O problema é que eu nunca tinha jogado nem assistido gameplay de nenhum dos jogos. Eu acho que nunca vou jogar, afinal não é meu tipo de jogo. Entretanto, eu amo esse tipo de universo pós-apocalíptico e a discussão de como a tensão traz à tona o melhor e o pior da humanidade. Só que talvez por ter dado o play sem saber nada sobre o universo, algumas questões tenham surgido na minha cabeça. Algumas eu acabei encontrando a resposta em vídeos do Youtube, e outras nem tanto. Mas a verdade é que eu não sei se as respostas que eu quero já foram respondidas em algum dos jogos ou não. Então, aqui está o que eu ainda quero entender sobre a série Fallout.

ATENÇÃO: ESSE POST CONTÉM SPOILERS PARA A SÉRIE DA PRIME VIDEO E TAMBÉM PARA OS JOGOS FALLOUT

1. Por que a radiação não mata e sim aumenta a longevidade das pessoas?

Olha, essa questão me deixou muito confusa no começo. Porque na minha cabeça, radiação atômica é muito ruim. As consequências que ela traz pro corpo humano são terríveis, do tipo doenças, câncer e mortes dolorosas. Não só isso, mas considerando que Chernobyl ainda tem mais uns 200 anos até se tornar habitável novamente, não imaginava que alguém sobreviveria na superfície de um desastre nuclear. Demorou um pouco para eu entender que a radiação em Fallout, apesar de não ser algo bom, não mata as pessoas (ou pelo menos não todas as pessoas) como seria no mundo real.

E entendi que muitas pessoas que sobreviveram fora dos vaults estavam em outros tipos de abrigo, mas sofreram as consequências da exposição à radiação. Uma delas é a mutação para os ghouls, que são pessoas que apesar de perderem toda a pele, conseguem viver por centenas de anos. Quando eu fui atrás de me inteirar sobre a história dos jogos isso ficou mais fácil de entender. E pensando que num videogame você precisa de inimigos e criaturas para lutar contra, a existência dessas mutações fazem mais sentido.

2. A importância dos cachorros

Ou melhor, como eu achei que os cachorros teriam um papel mais importante em Fallout. Eu cheguei a achar, por exemplo, que na verdade o Siggi Wilzig pede para a Lucy MacLean levar a cabeça dele porque a CX404 a seguiria e o que a Lee Moldaver queria na realidade estava na cachorra. Fiquei um pouco decepcionada quando vi que na verdade estava errada.

E como o Ghoul tinha todo aquele apego ao Roosevelt, seu cachorro quando ainda era o ator de Hollywood Cooper Howard, eu achei que poderia ter algo mais complexo. O fato de cachorros não serem aceitos nos vaults e também de que o laboratório onde Wilzig trabalhava fazia experimentos com cachorros… Tudo parecia apontar para uma importância maior. Ou talvez seja o fato de que eu amo cachorros e não queria que nada acontecesse com a CX404 (que depois é rebatizada de “Dogmeat” pelo Ghoul).

Após assistir a série, descobri que Dogmeat é um cachorro nos jogos que pode virar companion do jogador, então achei legal a referência, de qualquer modo.

3. Como os vaults eram vendidos para o povo dos EUA?

Ok, eu sei que a Vault-Tec vendia lugares em seus vaults colocando como se eles fossem a salvação para todos. Porém, fica bem claro, mesmo antes das bombas explodirem, que existiam vários tipos de vaults diferentes. Na série, a esposa do Cooper, a Barb, inclusive cita que ela deve continuar a trabalhar para a Vault-Tec como uma forma de garantir que eles fiquem num dos vaults bons. E claro que talvez a Vault-Tec não fizesse propaganda de seus vaults usando esses termos, mas eles tem que ter usado algo para diferenciar o tipo de vault que a pessoa estava comprando. Sem é claro revelar se ou qual experimento terrível tomaria parte.

Digo isso porque em um dos jogos, um dos vaults que o jogador explora era um vault de músicos. Ali se preservaria os instrumentos e as pessoas que tocassem tais instrumentos. Então pelo menos essa informação eles deveriam passar para seus clientes. Claro que atrocidades também aconteceram nesse vault, mas pelo menos até a hora que a porta tivesse sido selada, as pessoas deveriam acreditar nisso. Outro vault só tinha dependentes de drogas. Como eles atraíram essas pessoas para esse vault específico?

Fora que preços diferentes que com certeza existiam. Uma empresa extremamente capitalista como a Vault-Tec que precisava garantir os fundos para seus experimentos colocaria preço em tudo. Vaults de luxo seriam bem mais caros, outros deveriam comprar apenas um quarto comunitário por algo bem mais barato. Então eles podem nunca ter revelado a verdadeira função de cada um dos vaults, mas para atrair as cobaias certas para cada um, eles tem que ter feito a propaganda da maneira correta.

4. O que aconteceu com Cooper Howard e com sua filha Janey logo após as bombas explodirem?

Obviamente essa é uma pergunta que será respondida numa próxima temporada de Fallout, já que o personagem foi criado para ela. Mas esse é um ótimo personagem, porque ele me deixou cheia de perguntas. Principalmente sobre como ele chegou aonde está, um ghoul caçador de recompensas. Afinal, a última cena que vemos dele ainda como Cooper Howard ele está fugindo a cavalo com sua filha Janey, após a explosão das bombas. Ele tem que ter ficado na superfície para ter se tornado um ghoul e obviamente não sabe o que aconteceu com a filha ou a ex-esposa.

A resposta mais lógica é que ele tenha entregado a filha para a ex, que deve ter continuado na Vault-Tec e por isso tinha um lugar garantido no vault 31. A Barb Howard era, afinal, do grupo dos Amigos do Bud. Por mais que o Cooper provavelmente tenha se negado a entrar no vault após descobrir a verdade sobre tudo, a filha dele e a ex-mulher tem que ter sobrevivido nos vaults. Será que a filha e a mãe entraram numa daquelas cápsulas que a gente vê no vault 31? Será que ainda estão congeladas e esperando serem acordadas? A impressão que eu tive é que a Barb tinha um cargo grande dentro da Vault-Tec. Será que ela aparecerá como uma das grandes vilãs numa futura temporada?

Bom, não sei. Mas sei que Fallout me pegou de jeito e por mais que o jogo não me atraia como jogadora, a história é interessantíssima. Com certeza, existindo outras temporadas, vou assistir, torcendo para que se mantenha a qualidade dessa primeira.

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