05
07
2013

Filme vs. Livro: Guerra Mundial Z

Tenho uma confissão a fazer: amo zumbis. Pode parecer estranho, mas sempre tive um certo fascínio por essas histórias de mortos-vivos que conseguem, com uma mordida, transformar outro ser humano em um deles. Guerra Mundial Z, do escritor Max Brooks, acaba de ganhar um filme, um belo blockbuster com Brad Pitt no papel principal. Assisti o filme na segunda-feira, e me interessei ao saber que era “baseado” no livro homônimo. Coloco baseado entre aspas porque, após ter ido atrás e lido o livro em três dias, posso dizer que fora alguns detalhes pequenos, a única coisa que o livro e o filme tem em comum é o título (e não sou só eu que digo isso. Essa foi uma observação do próprio autor).

Vou tentar discutir os dois sem dar nenhum spoiler grande demais, mas se você não viu o filme e não quer saber nenhum detalhe, melhor só ler o post depois de ir ao cinema, ok? Já do livro, ele é tão cheio de detalhes, que nem se eu me esforçar muito consigo estragar a leitura de alguém.

guerrazmundial (mais…)

31
03
2013

Bolinhas Aleatórias: Ebooks e E-readers

Nesse Natal, me dei um presente que já estava há tempos namorando: comprei um Kindle, o leitor de ebooks da Amazon. No fim do ano, nós tivemos dois grandes lançamentos no seguimento: o próprio Kindle e o Kobo, que passou a ser comercializado no Brasil pela Livraria Cultura.

Pelas minhas pesquisas, os dois ebook readers tem algumas diferenças, a mais gritante delas sendo o fato de que o Kobo possui tela touch screen e o Kindle não (pelo menos, não o que estava sendo vendido no Brasil na época). Há também o fato de que o Kindle não lê ebooks no formato epub, que é o mais comum, sendo esse o formato principal do Kobo.

kindle

Como eu não tenho nem nunca vi um Kobo ao vivo e à cores, vou limitar meu comentário rapidamente aos motivos pelos quais me decidi pelo Kindle: a biblioteca disponível na Amazon me pareceu mais interessante (eu leio muitos livros em inglês, e a Amazon tem uma grande variedade de ebooks nessa área); o fato de ele não ser touch, o que num primeiro momento pode parecer um retrocesso, foi para mim outro fator determinante, já que eu conseguia ver as bananadas que a minha falta de coordenação motora poderia aprontar com mais uma tela touch screen na minha vida; e por último, mas não menos importante, o preço. Enquanto o Kobo estava R$ 399,00, o Kindle me custou cem reais a menos. Para mim, fez diferença.

Quanto ao formato epub, que o Kindle não lê, fica a dica: existem bons conversores de .epub para .mobi (o formato original do Kindle) para baixar na internet. Eu uso o Calibre Library, que além de ser um ótimo conversor, ainda ajuda a organizar todos os arquivos de ebook que você por ventura tenha armazenado no seu computador.

E já que estou dando dicas de programas para potencializar o uso dos e-readers, outro programa que é uma baita ajuda para quem ama ler fanfics, mas nem sempre aguenta ler aquele monte de capítulos na tela do computador, existe o Fanfiction Downloader: basta colocar o link da fic desejada do Fanfiction.net (não sei se funciona em outros sites) e ele não só faz o download, como transforma o arquivo em .pdf, .epub ou .mobi, de acordo com o gosto do freguês.

Por fim, a pergunta que não quer calar: afinal de contas, vale a pena ter um ebook reader? Para mim, sim. Entre vários motivos, porque está ficando cada vez mais fácil conseguir o ebook que você quer no Brasil: as editoras começaram a se atentar para esse novo mercado. O ebook sai mais barato que o livro físico (não tão mais barato como nós gostaríamos, mas ainda assim, mais barato). Para quem acompanha séries de livros em inglês, é com certeza uma maneira de conseguir o livro bem mais rápido: o The Indigo Spell, terceiro da série Bloodlines, da Richelle Mead, estava no meu Kindle logo depois de ser lançado. Se fosse para esperar o livro físico, ou ia demorar aproximadamente um mês para chegar ou então eu ia gastar bem mais para comprar o livro em alguma livraria que o importasse.

E ler um livro no Kindle é muito mais confortável do que ler na tela do computador ou do tablet. Eu já li livros inteiros na tela do iPhone, e não aconselho ninguém a fazer isso. A luz vai aos poucos cansando a visão, e por ser uma tela pequena, as letras também são pequenas…

Meu Kindle com o livro "Noites Negras de Natal" de duas escritoras brasileiras e maravilhosas, a Karen Alvares e a Melissa de Sá. Vale muito a pena!

Meu Kindle com o livro “Noites Negras de Natal” de duas escritoras brasileiras e maravilhosas, a Karen Alvares e a Melissa de Sá. Vale muito a pena!

Já no Kindle a tela é idêntica a de um livro. A cor de fundo é uma cor muito semelhante a de um papel mesmo (não é totalmente branca, por exemplo – é mais amarelada) e é possível até ver a “sombra” da página seguinte. Você tem a opção de aumentar o tamanho da letra e até de fazer anotações no livro. Essa é uma função que eu não utilizo muito: acho ruim ter que escrever qualquer coisa no Kindle, já que ele não tem teclado, apenas os botões das setas, e aí você tem que ficar achando as letras num teclado que aparece na tela. A única coisa para a qual eu utilizo esse recurso do teclado é para procurar algum livro específico na loja Kindle, já que ele tem acesso à rede wi-fi.

Diz a lenda que você poderia até navegar na internet com o Kindle, mas eu nunca tentei, exatamente porque sem teclado e sem mouse, deve ser meio complicado. E depois, o Kindle não foi feito para isso (o Kindle Fire, que a Amazon comercializa em outros países, foi, mas como a versão brasileira é bem mais simples…).

Um dos motivos que eu acho mais determinante para definir se um e-reader vale a pena ou não é a vantagem que você tem de carregar 500 livros num aparelhinho que não pesa nem metade de um. Sério, eu carrego o meu na bolsa, e olha que eu uso uma bolsa bem pequena, e em qualquer lugar que eu esteja, posso escolher de uma variedade enorme de livros. Para uma apaixonada pela leitura como eu, isso é basicamente poder levar uma biblioteca inteira na bolsa… ou seja, um sonho tornado realidade.

Só termino esse post deixando uma coisa bem clara: apesar de todas as vantagens que ter um ebook reader traz, não acredito que isso signifique o fim dos livros em papel. Afinal, o que seria o mundo sem o cheiro de um livro novo, ou de um livro velho? Sem a sensação da textura do papel entre os dedos, ou sem o barulhinho gostoso do virar a página? Tenho alguns livros que carregam em suas páginas manchas de café, marcas de lágrimas, anotações e marcações que me remetem a quem eu era, onde eu estava e como eu estava me sentindo quando estava lendo. Esses livros carregam muito mais histórias do que aquelas que estão escritas nas letras impressas. Se simplesmente esquecermos essa parte porque os livros agora serão todos digitais, vamos perder muito mais que papel e tinta.foto3

31
08
2012

Sobre o Desânimo de Ler

Eu amo ler. Se você der uma passeada aqui pelo blog, você percebe como isso é verdade. Mas de uns tempos pra cá, parei um pouco com todo aquele entusiasmo. Nem fiz mais post de livros do mês. Por quê?

Quero deixar bem claro que não parei pura e simplesmente de ler: li The Golden Lily, o segundo livro da série  Bloodlines, da Richelle Mead, e gostei muito. Acho que a autora criou personagens bem interessantes dentro dessa mitologia de vampiros e alquimistas e tudo o mais. Enfim, não vou me aprofundar muito.

Voltando às minhas explicações a respeito de todo o desânimo. Primeiro, a vida me pegou de jeito: passei uma boa parte dos últimos meses escrevendo meu artigo da pós-graduação. Claro, li muito para isso, mas nenhum livro de literatura mesmo, desses que mostram como a leitura é um prazer, não uma obrigação.

Depois, com o artigo da pós entregue, até consegui ler um livro: o This Lullaby, da Sarah Dessen. O livro é bem gostosinho de ler e consegue ser um romance adolescente que escapa de alguns clichés e que não tem um final felizes para sempre, como num conto de fadas, mas um final mais pé no chão.

Aí, como eu sou dessas que diz que a gente nunca pode basear as próprias opiniões no que a gente ouve falar, encarei o desafio e li 50 Shades of Grey (50 Tons de Cinza, na edição brasileira) da E.L. James. Para não ficar aqui descascando o verbo em cima do livro, tudo o que vou dizer é que a única razão que eu consigo visualizar para que esse livro tenha feito o sucesso que fez é que se trata de um assunto tabu (mas que as pessoas tem muita curiosidade) de uma forma bem romantizada, o que faz quem lê se sentir mais confortável. Mas em termos de escrita, de vocabulário e de desenvolvimento de personagens? É, o livro deixa muito a desejar. Muito.

Comecei então a ler O Guia do Mochileiro das Galáxias, do Douglas Adams. Eu amo esse tipo de leitura, mas acho que o 50 Shades me quebrou um pouco e qualquer entusiasmo que eu possa ter foi pelo ralo. Eu ainda estou tentando reencontrá-lo (é Douglas Adams!!!) mas por enquanto…

Uma notícia feliz para mim é que amanhã, finalmente, começa a sétima temporada de Doctor Who! Estou esperando ansiosamente que essa temporada seja melhor que a anterior (que foi, sinceramente, a pior desde que a série voltou em 2005), até porque o nome do segundo episódio é “Dinosaurs on a Spaceship” e isso é basicamente a minha infância descrita em um episódio! Muitas esperanças mesmo!

04
05
2012

Acabei de Ler: Dash and Lily's Book of Dares – Rachel Cohn e David Levithan

Dash and Lily’s Book of Dares conta a história do Dash, um garoto que está passando o Natal longe de seu pai e de sua mãe por opção e que odeia o feriado festivo e tudo o que o acompanha e da Lily, uma garota que está passando seu primeiro Natal longe dos pais (que estão numa segunda lua-de-mel em Fiji) e que simplesmente ama e abraça o espírito natalino em todas as suas formas e cores.

Lily então, como uma forma de sair um pouco de seu mundinho, acaba, por incentivo do irmão, deixando entre os livros de uma estante em sua livraria preferida um caderno vermelho com alguns desafios. Quem encontra o caderno é Dash que, intrigado pelo caderno e por sua dona, acaba entrando na brincadeira. Então, o caderno vai passando de um para o outro, que, mesmo sem se conhecerem cara-a-cara, vão se conhecendo através das palavras anotadas no caderno.

O legal do livro é que ele discute bastante aquela coisa que todo mundo tem de confrontar a fantasia com a realidade. Será que a pessoa que o Dash imagina que a Lily é condiz com a realidade? Ou será que ele está criando essa garota perfeita na cabeça e no fim das contas a Lily é alguém totalmente diferente (e vice-versa)? Como o livro conta com capítulos alternados entre o Dash e a Lily (mesmo formato de Will Grayson, Will Grayson, que David Levithan escreveu com John Green) você vai vendo no que eles acertam um sobre o outro e no que eles erram também.

Esse não é um conto de fadas. No meio do livro, você não sabe se os dois vão ficar juntos ou não, ou se todas as diferenças servirão para uní-los ou para afastá-los de vez. O interessante é ver como a amizade deles começa, como epes lidam com as diferenças… e ficar na expectativa: será que eles vão ficar juntos ou não?

Com algumas cenas bastante inusitadas, um melhor amigo que é ótimo para dar risadas (conheçam o Boomer e vejam se eu estou mentindo) e com os membros da grande e louca família da Lily, o livro é leve, divertido e muito bom de ler. Amei os personagens e sinceramente, quero achar um caderninho vermelho com desafios na livraria também.

21
04
2012

Acabei de Ler: O Circo da Noite – Erin Morgenstern

Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a ser revelada: um banquete para os sentidos, um lugar no qual é possível se perder em um Labirinto de Nuvens, vagar por um exuberante Jardim de Gelo, assistir maravilhado a uma contorcionista tatuada se dobrar até caber em uma pequena caixa de vidro ou deixar-se envolver pelos deliciosos aromas de caramelo e canela que pairam no ar. Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá. À medida que o circo viaja pelo mundo, as façanhas de magia ganham novos e fantásticos contornos. Celia e Marco, porém, encaram tudo como uma maravilhosa parceria. Inocentes, mergulham de cabeça num amor profundo, mágico e apaixonado, que faz as luzes cintilarem e o ambiente esquentar cada vez que suas mãos se tocam. Mas o jogo tem que continuar, e o destino de todos os envolvidos, do extraordinário elenco circense à plateia, está, assim como os acrobatas acima deles, na corda bamba.

Há muito tempo não lia um livro como “O Circo da Noite”. Essa é uma história de amor, um Romeu e Julieta cheio de encanto e magia que acaba trazendo um mundo impressionante à imaginação de quem a lê. Com certeza, se tivesse que definir esse livro em uma única palavra, seria rico.

Não há dúvidas, a história é rica em detalhes, em descrições, em magia e em sentimentos. Tudo é muito bem planejado, até a descrição do circo, todo em preto e branco, das suas tendas e das sensações que passam seus expectadores… Nada está ali por acaso, cada detalhe, por menor que possa parecer, serve para complementar a história.

Dito isso, devo avisar aos meus quatro leitores (se você é o quinto novato, se manifeste nos comentários e seja bem vindo!): essa não é uma leitura leve. Não digo que seja pesada por conter muita violência ou temas adultos, mas sim porque é uma leitura que deve ser saboreada. Esse livro foi o primeiro que li dentro do projeto “50 Páginas ou Mais”, em que me comprometi a ler ao menos 50 páginas por dia e postar sobre meu avanço na leitura diária no meu Livejournal, e garanto que raramente cheguei a ler mais de 50 páginas por dia. Achava melhor ler com calma, pois perder um detalhe é perder uma parte da história.

Essa narrativa é bastante visual, contendo muitas informações a respeito do cenário, que podem parecer uma bobeira para quem não está acostumado, talvez até seja cansativo, mas as descrições a respeito do cenário ou mesmo do que vestem os personagens influem muito na história, por isso deixo a dica: se quiser vivenciar a magia desse livro por completo, mergulhe nele e em seus cenários.

Definitivamente, vale a pena a leitura.

06
04
2012

Com Spoilers ou Sem Spoilers?

O que é um spoiler? Spoiler é um termo que acabou ‘evoluindo’ dentro dos fandoms para determinar aquelas informações sobre o futuro de um filme, série ou livro que você ainda não sabe, porque ainda não viu ou leu. É basicamente algo que pode estragar sua experiência quando for ler o livro ou assistir o filme/série, exatamente por tirar a surpresa. Tem gente que lê spoilers, tem gente que foge deles.

Estou meio sumida do blog, do Twitter, do Tumblr… e isso tem tudo a ver com meu mais novo vício: Doctor Who! Foi minha amiga Vania, do blog Por Essas Páginas, que me viciou nessa série. E tudo começou exatamente por causa de um post no blog dela, que tinha muitos spoilers de uma personagem em especial de Doctor Who e que ela não me deixou ler antes de assistir a série.

Aí, eu fiquei pensando: é melhor ver (ou ler) algo sabendo spoilers ou sem nenhum, totalmente no escuro?

Acabei seguindo o conselho da minha amiga e estou assistindo Doctor Who (uma temporada em seguida da outra) sem ler spoilers. Foi ainda mais difícil para mim, porque Doctor Who vai começar sua sétima temporada ainda esse ano e eu só agora estou acabando a sexta. Então, o que era spoiler para mim já era algo do passado para os fãs da série, que falam sobre isso com naturalidade. Eu tive que tomar cuidado para não descobrir nada antes do tempo, já que existem posts no Tumblr e no Twitter sobre Doctor Who que eu simplesmente não pude ver para ficar livre dos benditos spoilers.

Para mim, é uma experiência nova. Eu não sou exatamente alguém que foge deles. Na verdade, na grande maioria das vezes, eu realmente não me importo com eles: se achar algum na internet, leio e nem por isso deixo de ler ou assistir o filme. Bem, ao menos não na maioria das vezes. E como eu sou uma pessoa curiosa por natureza, acabo lendo spoilers sem pensar duas vezes.

Mas devo admitir que está sendo uma experiência muito boa. Assistir algo sem ter idéia de para onde a história vai é uma surpresa atrás da outra. Uma das melhores vantagens é poder criar novas teorias e ficar imaginando qual o rumo dos seus personagens preferidos, e depois vibrar se você acertar ou então poder comparar a solução dada pelo programa com a que você tinha inventado e ver qual das duas era melhor (devo admitir que com Doctor Who, na maioria das vezes, era algo que eu nunca podia ter imaginado e melhor do que eu conseguiria criar, o que me faz ficar mais viciada ainda).

Outro que eu me joguei sem saber de spoiler nenhum (muito embora na internet já estivesse cheio deles): o sexto livro de Harry Potter, Harry Potter and the Half-Blood Prince (título em português: Harry Potter e o Enigma do Princípe). Consegui escapar de todos os spoilers e ler o livro totalmente no escuro. Gritei muito de surpresa e alegria em algumas partes, chorei em outras.

Claro que li o sétimo (Harry Potter and the Deathly Hallows – título em português Harry Potter e as Relíquias da Morte) sabendo praticamente todo o livro, porque aí eu não aguentei e li tudo que é spoiler possível e imaginável. Enfim, sou uma pessoa de contradições.

Acho que no fim das contas, quando você decide ler spoilers, você tem que pôr na cabeça que você perde o elemento da surpresa (e muitas vezes ainda interpreta o spoiler errado). Mas, se a ansiedade for muita, talvez seja a única coisa que te acalme. Eu tento me segurar, mas às vezes é impossível.

Porém, se você quiser um conselho, SEMPRE leia o livro ou veja a série/filme, mesmo depois de ler os spoilers. Uma interpretação errada, um spoiler fora do lugar na linha do tempo, ou até mesmo uma palavra errada num spoiler podem mudar todo o sentido. Além de existir a possibilidade de o spoiler estar completamente errado e você deixar de descobrir o que realmente acontece por causa disso.

Vocês lêem spoilers?

27
03
2012

Acabei de Ler: Lola e o Garoto da Casa ao Lado – Stephanie Perkins

Nesse livro que acompanha Anna e o Beijo Francês, dois adolescentes descobrem que o amor verdadeiro pode estar mais próximo do que eles imaginam. Para a aspirante a designer de roupas Lola Nolan, quanto mais extravagante for a roupa – com mais brilhos, mais divertida, mais fora do normal – melhor. Mas, ainda que o estilo da Lola seja totalmente fora do comum, ela é uma filha dedicada e uma amiga com alguns grandes planos para o futuro. E tudo parece estar perfeito (incluindo seu lindo namorado cantor de rock) até que os gêmeos Bell voltam a morar na casa ao lado da sua. Quando a família volta e Cricket – um inventor e engenheiro talentoso – sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela deve finalmente lidar com seus sentimentos pelo garoto da casa ao lado. (Tradução livre da sinopse do livro).

Eu já tinha lido “Anna e o Beijo Francês” da mesma autora, e achei uma delícia de ler. É um livro bem leve, com personagens interessantes e que ainda se passa em Paris, descrevendo alguns dos seus pontos históricos e também um pouco da cultura, da gastronomia e do dia-a-dia na chamada Cidade-Luz. Foi por ter gostado tanto desse livro que acabei arriscando comprar via internet “Lola and The Boy Next Door”. E posso dizer que não me arrependi.

“Lola and The Boy Next Door” tem uma capa um pouco melhor do que “Anna e o Beijo Francês”, mas mesmo assim devo confessar que não é o tipo de capa que me atrai quando estou na livraria. Não sei porque, mas capas com fotos de pessoas são as que menos me chamam a atenção. Mas, como eu já tinha lido o primeiro livro da Stephanie Perkins, algo me dizia que valia a pena.

Lola é uma personagem que te conquista logo de cara. Ela adora moda e se veste como quer, não se importando com o que os outros vão pensar dela. É simplesmente parte do que ela é. Sua mãe biológica é cheia de problemas e logo que ficou grávida ligou para o irmão mais velho para que ele a tirasse da enrascada (algo que ela continua a fazer durante a vida, conforme a gente percebe na leitura) e então ele, junto com o seu companheiro, adotou Lola. O problema de seus dois pais é que eles são extremamente protetores e por isso não conseguem aceitar o namoro dela com Max, que é bem mais velho.

Os problemas de Lola só aumentam quando os Bells voltam a morar na casa ao lado da sua. Lola já tinha sido muito apaixonada pelo filho dos Bell, Cricket, mas devido a alguns fatos que ocorreram logo antes de eles se mudarem para acompanhar a irmã gêmea de Cricket, Calliope, que treina patinação artística, agora Lola não quer mais nada com ele… certo?

Vou confessar: não gostei do Max desde o princípio. Li várias resenhas de meninas que gostaram dele, mas pra mim, ele me pareceu arrogante e egoísta demais, apesar de ir (leia-se enfrentar) aos brunchs de domingo com os pais da Lola. E logo de cara já tive uma quedinha pelo Cricket, com as suas invenções e com seu jeitinho tímido. Sou muito mais o cara nerd. Lola trabalha no mesmo cinema que Anna, e aí a gente pode ver o casal Anna e Étienne St. Clair depois do final do primeiro livro e dar mais uns suspirinhos por esses dois.

Enfim, se você gostou de Anna e o Beijo Francês, vai amar esse livro. Não é um livro que vai mudar a sua vida, mas nem todo livro deve ser. É uma leitura gostosa, bonitinha, para relaxar e acabar o livro suspirando. Eu simplesmente não conseguia parar de ler e em dois dias já tinha chego ao fim (e isso que eu tive um monte de coisa para fazer nesses dias). O vocabulário é fácil também, por isso, se você quiser arriscar ler em inglês, vá em frente, vale a pena arriscar! Ou também você pode esperar, o lançamento da versão em português do livro está prevista para sair ainda esse ano pela Editora Novo Conceito.

Se você tiver algum livro desse gênero para recomendar, deixe nos comentários, por favor.

18
03
2012

Acabei de Ler: Will e Will: Um Nome, Um Destino – John Green, David Levithan

Em uma noite fria, em um canto imprevisível de Chicago, dois adolescentes – ambos chamados Will Grayson – estão para cruzarem seus caminhos. Quando seus mundos colidem e se misturam, os Will Graysons vêem suas vidas tomando direções novas e inesperadas, levando a reviravoltas românticas e à produção épica do musical colegial mais fabuloso da história. (Tradução livre da sinopse do livro em inglês).

Não sei se já falei por aqui, mas me apaixonei por John Green. Li “Looking for Alaska” (na edição brasileira entitulado “Quem é você, Alasca?” da Editora WMF Martins Fontes), depois li “Paper Towns” e acabei agora o livro “Will Grayson, Will Grayson”, que é metade escrito por ele e metade escrito pelo David Levithan.

“Will Grayson, Will Grayson” conta a história de dois adolescentes que dividem o mesmo nome. Na verdade, como os próprios autores contam, cada um deles começou a escrever seu Will Grayson sem ter idéia do quê o outro estava escrevendo, só sabendo que os seus personagens iriam eventualmente se encontrar.

Assim, o livro é escrito do ponto de vista de cada um dos Will Grayson, e os capítulos vão se intercalando entre os dois.  No começo, achei muito estranho, porque os capítulos escritos pelo segundo Will Grayson não continham nenhuma letra maiúscula, e todos os diálogos pareciam uma conversa em algum chat online, sabe? Mas ou menos assim:

eu: falo assim
minha mãe: responde assim

Mas depois você se acostuma, e quando você descobre que tem uma razão para o autor ter escrito assim, você até entende e dá razão para ele: a razão é que o personagem se sente muito insignificante, logo todas as letras minúsculas.

Os dois Will Graysons são bem diferentes entre si. O primeiro é mais parecido com os personagens dos outros livros que eu li do John Green, ou seja, ele é um nerd, não é popular e pensa demais. Esse personagem em especial tem uma estratégia inteessante de não se envolver com nada e manter-se de boca fechada para não se meter em confusão (ou seja, ele acaba fugindo da vida para não se machucar e não a vive direito). Já o segundo (que eu não posso dizer se é ou não parecido com os outros personagens do David Levithan, já que esse foi o primeiro livro dele que eu li) é bem mais introvertido, mais “tô nem aí”… na verdade, o personagem é clinicamente depressivo, ou seja, toma remédios para tratar do problema. A fuga desse segundo Will Grayson é diferente: ele simplesmente tenta desesperadamente não se importar com nada e com ninguém.

E claro, tem um personagem que precisa ser mencionado aqui: o Tiny Cooper. Tiny é o melhor amigo do primeiro Will Grayson, é gay assumido, se apaixona por um garoto novo a cada fim de semana e está escrevendo, dirigindo e promovendo um musical sobre ele mesmo na sua escola. Olha, depois de ler sobre esse musical, juro que queria estar lá para assisti-lo.

Quando eles se conhecem, aos poucos, a vida dos dois muda e eles acabam reavaliando como se vêem e suas ações em relação às pessoas que os cercam. É legal ver como os personagens discutem o que é o amor, o que é o medo, como os nossos receios nos impedem de viver muita coisa e como às vezes nós não damos o devido valor àqueles que nos cercam.

O livro também discute a questão da homossexualidade e de como os relacionamentos amorosos tem os mesmos problemas, sejam entre pessoas do mesmo sexo ou não.

É um livro gostoso de ler, quando você termina você tem até vontade de sair cantando e dançando. Gostei muito.

28
02
2012

Os Sete Pecados Capitais de Uma Leitora

No YouTube, tá rolando a tag “Seven Deadly Sins of Beauty”, ou seja, Sete Pecados Capitais da Beleza, onde as meninas respondem perguntas sobre qual produto de maquiagem se adequa mais a cada um dos pecados mencionados.

Como eu, apesar de amar maquiagem, não saberia responder aquelas perguntas, decidi dar uma adaptadinha na tag para responder quais são os “Sete Pecados Capitais de Uma Leitora”. Não é uma tag, então não vou indicar ninguém para responder, mas quem tiver um canal do YouTube ou um blog e quiser responder, sinta-se à vontade e deixe o link nos comentários para que eu leia quais são os seus sete pecados capitais de leitor.

Gula: Qual o livro você comprou por gula, ou seja, simplesmente para ter na estante? 

Eu completei esse ano (me dei de presente de aniversário, na verdade) a coleção de Harry Potter na edição inglesa, da Bloomsbury, com as capas infantis. Sempre quis ter a coleção completa no original, por assim dizer, mas até o fim do ano passado só tinha os três últimos livros em inglês.

Avareza: Existe algum livro que você comprou porque estava barato ou deixou de comprar porque estava caro demais?

Há algumas semanas comprei o livro Água Para Elefantes, da Sara Gruen, nas Lojas Americanas, simplesmente porque estava R$ 9,90 enquanto em todos os outros lugares estava R$ 29,90.

Não lembro de nenhum livro que eu tenha deixado de comprar porque estava caro demais, mas se tem algo que eu não pago de jeito nenhum quando compro pela internet é frete. A única exceção que faço é para livros que eu tenha uma certa urgência em ter em mãos.

Luxúria: O que lhe atrai visualmente na hora de comprar um livro? Qual livro você comprou/compraria somente pela capa?

Meus olhos costumam prestar mais atenção em capas mais coloridas, principalmente cor-de-rosa. O último livro que eu comprei foi Linhas, da Sophia Bennett, e tenho que admitir que um dos pontos que pesou na minha escolha foi justamente a capa, que achei linda.

Ira: Qual foi o personagem ou a história que mais te deixou com raiva? Com qual livro ou série literária você tem aquela relação de amor e ódio?

O personagem que mais me deixou com raiva depois que eu li o livro foi a Ever, da série Os Imortais, da Alyson Nöel. Nem consegui ler o resto da série (li o segundo livro bem empurrada e depois desisti) porque sinceramente ela me irritava com a sua burrice. Nunca se interessar em saber o que está acontecendo à sua volta, simplesmente ignorar quando todos os sinais apontam para algo óbvio… me desculpe, mas não consegui gostar dos livros. Sentia vontade de entrar na história para dar uns tapas bem dados na menina.

Minha relação de amor e ódio é definitivamente com a série Jogos Vorazes, que eu gostei mas não gostei. Ainda estou decidindo.

Inveja: Que obra literária você adoraria ter na sua coleção?

Acho que o livro que mais me causa “inveja” por assim dizer é quando alguém tem seu livro de Harry Potter autografado pela JK Rowling. Não é bem uma inveja de querer mal à outra pessoa só porque ela tem algo que eu queria muito, mas mesmo assim, acho que é o que mais se encaixa aqui.

Preguiça: Qual o livro que está/ficou parado na sua estante simplesmente porque você tem preguiça de ler?

Eu tenho em casa a edição em inglês de This Charming Man (que traduzido ficou “Cheio de Charme”) da Marian Keyes, e ele está parado há algum tempo na minha estante exatamente porque toda vez que tento lê-lo, me dá preguiça. Outro livro que eu enrolei até para ler foi justamente Jogos Vorazes, que acabei terminando de ler só quando já tinha os outros dois livros da trilogia (ainda bem, não sei se conseguiria controlar a ansiedade se tivesse que esperar os outros livros serem lançados).

Soberba: Qual obra literária você não lê por orgulho?

Já falei aqui dos meus preconceitos literários, então não dá para deixar de mencionar qualquer coisa que a Cassandra Clare escreva. Sei que deve ser uma leitura legalzinha, mas não consigo nem falar da bendita autora. Não sei se posso chamar isso de orgulho, mas…

Bem, são esses os meus sete pecados capitais quando estamos nos referindo a esse mundo encantado dos livros. Quais são seus?

26
02
2012

Livros que marcaram a minha história

Todo mundo tem aqueles livros que fizeram parte da sua história, até aqueles que quase não lêem. Pode ter sido um livro que a professora de português obrigou a ler na quarta série, pode ter sido um livro cuja capa deu início a uma conversa interessante…

Agora, os apaixonados por leitura como eu normalmente tem uma listinha de livros que marcaram a sua história. São aqueles livros que não tem jeito, não saem da sua estante por nada, você não doa, você não vende no sebo e nem emprestar empresta. Essa é a minha listinha (que deveria se chamar os livros que marcaram minha adolescência, mas deixa pra lá):

1. A Marca de Uma Lágrima – Pedro Bandeira

Todo mundo passa por uma época na adolescência que a paixão chega daquela forma fulminante que só mesmo os adolescentes conseguem entender. Quando chegou esse momento na minha vida, foi esse o livro que me acompanhou. O livro conta a história da Isabel, que se apaixona pelo primo Cristiano, que por sua vez é apaixonado (e correspondido nessa paixão) pela melhor amiga de Isabel, Rosana.

Cristiano e Rosana começam a trocar cartas com poemas de amor, mas nenhum dos dois tem o dom para escrever, então os dois pedem para Isabel escrever suas cartas. Logo, Isabel começa a responder as próprias cartas, que só servem para alimentar a paixão da melhor amiga e do primo e para acabar ainda mais com qualquer esperança que ela tivesse.

Para ajudar a confusão, Isabel ainda é envolvida na trama do assassinato da diretora da sua escola junto com o amigo (que daria tudo para ser mais do que amigo de Isabel) Fernando. E assim, em meio a cartas de amor e investigações sobre o crime, Pedro Bandeira vai desenvolvendo essa história que tem poesia, citações de Fernando Pessoa e muita angústia e falta de auto-estima adolescente. Marcou e muito a minha história, porque foi lida no momento certo.

2. Harry Potter (a série), JK Rowling

Desculpa, mas não dá para falar de livros que marcaram a minha história e não falar da série de livros que mais mudou ativamente a minha vida. Digo isso porque através de Harry Potter e da maravilhosa evolução da internet, fiz amigos, conheci lugares novos, ri muito e briguei muito também. A minha relação com HP é tão forte que quando a JK Rowling anunciou nesse dia 23 que vai lançar um novo livro (adult0) ainda esse ano, eu comemorei muito. E vamos ser sinceros, ela pode escrever um manual de mecânica que eu vou ler na pré-estréia.

Harry Potter é Harry Potter e todo mundo deve ler, não importa a idade. É o tipo de história que o livro é enorme, mas você nem sente, porque vai se envolvendo e se apaixonando pelos personagens cada vez mais. Eu recomendo e defendo a importância de Harry Potter na infância das pessoas. E na sua adolescência e na sua juventude e na sua vida adulta e na sua velhice. Ponto final.

3. Marta & William – Álvaro Cardoso Gomes

Esse é outro da minha adolescência. Álvaro Cardoso Gomes é um autor que não pode faltar na lista de livros de uma adolescente, na minha opinião. Quem não leu “A Hora do Amor” e riu das trapalhadas do Beto e da sua paixão também atrapalhada por Lúcia Helena perdeu uma parte muito legal da maldita adolescência.

Marta & William tá aqui por outro motivo muito especial: esse foi um presente da minha professora de português de 5a. a 8a. série. Tem recadinho dela no livro e tudo e eu guardo esse livro com o maior carinho, porque me faz lembrar que tem gente que passa pela vida da gente e faz uma diferença tamanha.

O livro é todo escrito no formato de cartas trocadas entre a Marta e o misterioso William do título. Junto com os textos, cada carta tem uma ilustração diferente, com uma pintura, uma colagem ou outro tipo de arte que os dois trocam entre si. É muito bonito, porque não é uma história contada em palavras somente, as figuras fazem parte da história também. Eu adoro e recomendo.

Esses são alguns dos livros que marcaram minha história, por motivos bem diferentes, mas que não deixam de ser mais ou menos importantes uns dos outros. Você já parou pra pensar em quais são os seus?

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