23
10
2013

Algumas Considerações sobre os Spoilers de Allegiant

Distopias são hoje uma grande parte do mercado literário de YA. Afinal, após o sucesso tremendo de Jogos Vorazes, várias outras distopias ganharam espaço, como A Seleção ou Delirium, e claro, Divergente, trilogia escrita pela Veronica Roth que acabou de ter o último livro da série lançado ontem (22/10), Allegiant. Aliás, grandes spoilers já tinham vazado antes do lançamento (com direito a PDF sendo distribuído na internet e tudo), inclusive teve gente que recebeu o livro antes da hora. Mas até que se confirmem os spoilers, a coisa ainda não tinha estourado do jeito que estourou.
 allegiant
E estourou mesmo. Essa não é uma resenha do livro, pois ainda não o li nem mesmo li o tal do PDF, então não posso dar minha opinião nesse sentido. Essa são apenas algumas observações a respeito das várias opiniões deixadas por quem já leu nos sites da internet (eu me concentrei mais nos comentários deixados no site Hypable e na Amazon.com, onde diga-se de passagem, a imensa maioria das reviews são negativas, com uma ou duas estrelas).
E por falar abertamente de spoilers, fica aqui o anúncio: NÃO CLIQUE NO LINK ABAIXO SE VOCÊ NÃO QUER SABER OS SPOILERS TANTO DE ALLEGIANT QUANTO DE JOGOS VORAZES (A ESPERANÇA):
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22
10
2013

Top Ten Tuesday – Dez Nomes Incomuns de Personagens

Top Ten Tuesday é um meme criado pelo blog The Broke and the Bookish. O tema dessa semana é “Dez Nomes Incomuns de Personagens”. E vamos ser sinceros, com tantos livros vindos de tantos lugares do mundo (e até mesmo de outros mundos), o que não falta na esfera literária são nomes incomuns.  toptentuesday (mais…)

15
10
2013

Top Ten Tuesday – Dez Livros Que Eu Fui "Forçada" a Ler

Top Ten Tuesday é um meme criado pelo blog The Broke and the Bookish. O tema dessa semana é “Top Dez Livros Que Eu fui Forçada a Ler”, mas na explicação dada pelo blog, não necessariamente tem que ser algo ruim: pode ser livro que alguém gostou tanto que não descansou enquanto não te fez ler, ou livros que você teve que ler na escola… toptentuesday (mais…)

09
10
2013

Hey, onde você compra livros?

Pode parecer uma pergunta simples, mas nem sempre a resposta é algo direto e certeiro no estilo “na livraria, ué?”. Pelo menos, no meu caso, eu tenho uma resposta um pouco mais complexa para a pergunta. E decidi escrever aqui para todo mundo ler e quem sabe trocar algumas idéias?

Bom, eu compro livros… (mais…)

05
10
2013

Acabei de Ler: A Summer Fling – Milly Johnson

Esse foi o primeiro dos livros da Milly Johnson que eu li, mas se você quiser começar a ler livros dessa autora, recomendo que comece com The Yorkshire Pudding Club, porque além de ter sido o primeiro publicado da Milly Johnson, ainda uma das histórias daquele livro tem uma certa continuação aqui.asummerfling

Porém, se você, como eu, começar por esse livro, não tem problema, porque ler “ao contrário” não atrapalha a história.

Esse livro conta a história de quatro mulheres, em idades e momentos da vida diferentes, que trabalham num mesmo departamento. Por serem diferentes, elas nunca pararam para se conhecer e são meramente pessoas que trabalham num mesmo lugar.

Com a chegada de uma nova chefe, a Christie, porém, as coisas começam a mudar. Inconformada com o fato de ser chefe de um departamento totalmente feminino onde não há, porém, sinais de amizade entre as funcionárias, ela começa a implementar mudanças para tentar mudar o clima e quebrar algumas barreiras entre elas. O resultado é surpreendente.

A mais velha delas, a Grace, já poderia estar aposentada, se quisesse. Porém, ainda é nova (tem 55 anos) e se recusa a se entregar a passatempos de velho, o que acaba causando atritos com seu autoritário marido. Ela tem três filhos já adultos que não são biologicamente seus, mas para ela não há nenhuma diferença, e que são, basicamente, a razão para ter se casado.

Anna foi deixada pelo noivo por uma moça muito mais jovem que ela. Na verdade, Anna se sente bem mais velha do que é e acabou se deixando de lado. Isso muda quando é escolhida por um programa de TV daquele estilo “10 Anos Mais Jovem” e um estilista vampiresco e charmoso que promete mudar totalmente sua aparência apenas… mudando sua lingerie.

Raychel é a mais nova das quatro, mas já está casada e feliz há vários anos. Porém, existem coisas em seu passado que Raychel não conta pra ninguém.

Dawn, apesar de não ser a mais nova em idade, é com certeza a caçula delas. Ela está de casamento marcado e, como perdeu os pais muito nova, quer muito voltar a fazer parte de uma família. Porém, talvez a família do noivo não seja a melhor opção.

Bem interessante como a Milly Johnson trabalha as diferenças e semelhanças nas histórias dessas mulheres e mostra como pouco a pouco a amizade entre elas vai nascendo e se desenvolvendo. Com o desenrolar da história e a aproximação das quatro, elas vão descobrindo um pouco mais das vidas umas das outras, e vão percebendo o quão pouco se pode conhecer uma pessoa mesmo a vendo todos os dias.

Conforme os problemas vão surgindo, elas vão se completando e se ajudando, dando força e apoio… é interessante imaginar como a vida delas teria seguido caso a amizade não tivesse surgido. Será que elas teriam coragem de fazer o que tinha que ser feito? Aquela atitude que sem o devido empurrão nunca é tomada, mas pode mudar o rumo da sua vida?

Enfim, A Summer Fling é definitivamente um livro de verão: com várias alusões à essa estação do ano, a história mostra como em cada uma dessas mulheres, independente de suas idades ou momentos de vida, estava a vontade de ver o Sol nascer. mari-transp

04
10
2013

Acabei de Assistir: Firefly

Eu amo ficção científica, principalmente quando diz respeito ao futuro. Adoro assistir e ler sobre os vários futuros que a humanidade pode ter (não é à toa que alguns dos meus episódios preferidos de Doctor Who são exatamente sobre o futuro dos seres humanos, onde eles estariam, como lidariam com as adversidades que o universo, com certeza, vai trazer para esse pequeno planeta que nós chamamos de casa).

Firefly traz uma nova visão sobre o futuro da humanidade: quando a Terra fica pequena demais para tanta gente, os humanos passam a se lançar pelo espaço em busca de outros planetas e luas que pudessem suportar uma adaptação para que seu ambiente ficasse habitável. Nessa busca incansável, gerações inteiras viveram dentro de naves para que se chegasse em sistemas planetários capazes de serem transformados.firefly

Mas como a humanidade é falha, após chegarmos e adaptarmos planetas e luas para habitação, logo logo arranjamos brigas uns com os outros. Uma aliança entre os governos dos planetas centrais não aceita que as luas e planetas mais afastados (e, de acordo com eles, menos civilizados) não se submetam a um governo geral, e logo uma guerra começa pela independência.

Firefly se passa depois dessa guerra. Firefly é o modelo da nave carinhosamente batizada de Serenity, em homenagem a Batalha de Serenity Valley, que foi uma batalha terrível onde a guerra acabou e na qual o Capitão Malcolm Reynolds lutou para os Independentes. A série segue a história da tripulação da Serenity, que faz de tudo um pouco, aceitando trabalhos legais e alguns nem tão legais assim. E aí você tem uma série de faroeste no espaço (yay!).

Se eu tivesse lido só essa parte, pode ter certeza, eu nunca teria assistido a série. Nunca fui fã de caubóis, e sinceramente, caubóis no espaço me parece uma idéia muito idiota. Mas Firefly não é assim. Primeiro, porque o mais importante em Firefly são os personagens: todos os personagens são complexos. Todos tem seus dias bons e seus dias ruins. É fácil defender as atitudes de um personagem e dois minutos depois estar o condenando.

Joss Whedon, o criador de Firefly, descreveu a série como sendo sobre “nove pessoas olhando dentro da escuridão do espaço e vendo nove coisas diferentes”. E é bem isso mesmo.

Infelizmente, a série foi cancelada após a exibição de onze episódios da primeira temporada (apesar de existirem catorze episódios produzidos). Mas conseguiu angariar uma base de fãs tão leal que em 2005 foi lançado o filme Serenity, para dar uma conclusão na história.

Totalmente envolvente, Firefly é uma dessas séries que é difícil escolher um personagem preferido. Como em todas as séries escritas por Joss Whedon, os personagens são especialmente complexos, muito bem desenvolvidos. A história em geral da série também é uma história completa, detalhada, de modo que você consegue acreditar que aquele seria o futuro da humanidade.

Falando em detalhes, eu amei o fato de que Firefly respeita uma lei científica muito importante que, por não ser uma regra nos filmes e programas de TV que se passam no espaço, muitas vezes é esquecida: o som não se propaga no vácuo. Logo, você assiste a tremendas explosões no espaço sideral… sem nenhum ruído sequer.

Até a música tema de Firefly merece ser mencionada: é uma música country (cowboys no espaço, lembra?) com uma letra que tem tudo a ver com a série. Ouçam The Ballad of Firefly e me digam se estou errada ou não.

 

Realmente, uma série que não dá pra não assistir.mari-transp

03
10
2013

Acabei de Ler: A Spring Affair – Milly Johnson

Esse foi um daqueles livros que você se encanta tanto que simplesmente não consegue parar de ler. Foi o segundo livro da autora que eu li (o primeiro, A Summer Fling, eu também amei) e sinceramente, achei mais uma autora do tal do gênero “chick-lit” que eu vou indicar para todo mundo. O único grande problema é que, até agora, nenhum dos livros dela foi publicado aqui no Brasil, o que complica se você não lê em inglês.
 aspringaffair
A Spring Affair conta a história da Lou, que tem que lidar dia-a-dia com uma mãe não só prefere a irmã dela, como também sempre tem uma crítica na ponta da língua, com uma chefe que aterroriza todo o departamento em que ela trabalha, com um marido que exige comida sempre na mesa e a roupa sempre lavada e com o fantasma do caso extraconjugal que ele teve no passado (e o seu medo de que a história volte a se repetir).
As coisas começam a mudar quando Lou lê um artigo numa revista na sala de espera do dentista, com dicas sobre como dar aquela geral e se livrar de todos os cacarecos e tralhas que a gente vai juntando, com a idéia de usar depois, que um dia pode ser útil… Inspirada por esse artigo, a Lou começa a fazer uma limpeza nas gavetas e armários, colocando fora tudo que no fim das contas só ocupa espaço. Mas não é só nas gavetas que a Lou acaba dando uma geral, mas também na própria vida.
Quantas vezes você já não ouviu para largar certas coisas, certos sentimentos e até mesmo certas pessoas na sua vida que só fazem volume? Com o desenrolar da história, a Lou vai escolhendo o que ainda funciona na vida dela e o que já está na hora de pôr na caçamba e deixar ir embora. Inclusive, acaba indo atrás de uma amiga de quem já tinha se distanciado e voltando aos planos de abrir seu próprio negócio.
Acho que foi esse o aspecto que eu mais gostei no livro: mostra como às vezes a gente se agarra em coisas (objetos, situações, pessoas) e na verdade já passou da hora de dar uma reciclada. Não é um livro piegas, não é um livro dramático, mas acaba fazendo você pensar na própria vida, o que é muito mais do que eu posso dizer sobre muito livro de auto ajuda que a gente vê pipocar por aí. Aliás, fiquei totalmente energizada para dar aquela geral nas minhas gavetas cheias de tralha…mari-transp
02
10
2013

Acabei de Ler: Extraordinário – RJ Palacio

Comprei esse livro no meu Kindle porque ele estava na promoção da semana e já tinha ouvido falar maravilhas sobre ele. Não me decepcionei. O livro conta a história de Auggie, um menino de dez anos que nasceu com uma síndrome genética que resultou numa deformidade facial e em várias cirurgias ao longo dos anos. Por causa de tudo isso, ele nunca tinha frequentado uma escola com outras crianças, tendo sido ensinado pela sua mãe, em casa. Porém, ao chegar na idade de ir para o quinto ano, seus pais decidem que é hora de ele começar a ir para a escola. Extraordinário capa revisao 03

O livro é contado sob vários pontos de vista. O principal deles é do próprio Auggie, mas a irmã mais velha dele, alguns amigos da escola, o namorado e a amiga da irmã também contam um pouco da história. O interessante é que nenhum dos pontos de vista é de um adulto; no máximo, são adolescentes. Outra coisa que eu achei genial é que para cada ponto de vista, a maneira que a história é escrita muda também: quando é o namorado da irmã do Auggie contando a história, por exemplo, ele não utiliza nenhuma letra maiúscula. Com isso, a autora consegue dar uma certa autenticidade para a um dos personagens.

A maneira como o Auggie explica sua vida e a maneira como os pais dele lidam com o fato de que ele ser mais diferente dos outros (digo isso porque, sejamos sinceros, quem é igual a todo mundo? o que é ser normal, afinal de contas? esse tal de normal existe?) é bem real. Digo isso porque, como já contei por aqui, minha deficiência física me deu essa experiência. Acredite em mim, nunca é fácil entrar numa sala cheia de gente da sua idade, sabendo que você vai receber aquela olhada – mesmo que seja por um segundo – do tipo “hey, você é meio estranha”. E você se acostuma mesmo. Não há como ser diferente.

É um livro que emociona. Principalmente por ser simples. Não é um livro que tenta fazer grandes afirmações. Simplesmente narra a vida de Auggie, do ponto de vista dele, e nessa simplicidade, mostra como o diferente na verdade é muito mais parecido com o normal de todo mundo. mari-transp

30
09
2013

Acabei de Ler: Fangirl – Rainbow Rowell

Eu já fui uma criança normal (nossa, que jeito lindo de começar uma resenha). Não muito normal, mas ainda assim, já fui alguém que gostava de livros e séries de tv de uma maneira considerada aceitável pela maior parte da sociedade. Mas então, no Natal de 2000, minha mãe me deu de presente os dois primeiros livros da série Harry Potter. Como sou uma devoradora de livros, antes do ano novo, os dois livros já estavam devidamente lidos. No meu aniversário de 14 anos, ganhei o terceiro.

Até esse momento, devo admitir que apesar de estar amando muito a história, ainda não tinha nada fora desse estranho conceito que nós temos de “normal”. Estranho e entediante.

Foi após ler o quarto livro, e ficar obviamente muito ansiosa pela continuação da história, que algo despertou em mim. Gosto de dizer que eu já tinha esse gene geek escondido no DNA, mas que foi nesse momento que ele se ativou. Sem nenhuma data para o lançamento do quinto livro da série (para quem não se lembra, entre o lançamento de Harry Potter e o Cálice de Fogo e Harry Potter e a Ordem da Fênix foram três looongos anos), resolvi fazer algo que iria mudar a minha vida: joguei Harry Potter num site de busca (não foi o Google… talvez tenha sido o Cadê?, lembram dele?) e acabei descobrindo as benditas fanfictions.

A partir daí, para encontrar fóruns sobre o assunto, conhecer gente que amava e alimentava minha paixão por Harry Potter e discutir teorias e mais teorias, foi um pequeno pulo. O fandom (uma palavra que até então eu não conhecia) me puxou de uma forma que logo fui encontrando meu lugar nesse pequeno mundo cibernético e, consequentemente, libertei a fangirl que existia dentro de mim. fangirl

O livro de Rainbow Rowell tem como personagem principal alguém com quem obviamente me identifiquei bastante. Talvez não possa dizer que sou parecida com a Cath, mas com certeza entendo o mundo dela. Fangirl acompanha a jornada de Cath, que acaba de ir para a faculdade com sua irmã gêmea, Wren.

Para Cath já é terrível ela ter que lidar com novas e aterrorizantes aventuras diárias, como conversar com gente nova e ter que comer num refeitório, mas o fato de sua irmã querer arranjar outra companheira de quarto e acima de tudo, não querer mais nada com Simon Snow, série de livros (e filmes) que as duas eram ativas no fandom e inclusive sobre a qual escreveram várias fanfics juntas, é para ela o pior de tudo. De repente Cath se vê sozinha e abandonada por aquela que ela achou que sempre estaria ao seu lado.

O interessante do livro é que ele não se limita a contar sobre a vida de fangirl da Cath. Na verdade, a autora explora o porquê de Cath gostar tanto de escrever fanfics, mas não faz disso algo ruim, e sim utiliza o fato para contar sobre a jornada que ela percorre, inclusive de se descobrir como pessoa e como escritora, além de suas fanfics.

É um livro sobre crescimento pessoal, sobre como lidar com as relações familiares, com amizades novas e com situações que podem parecer assustadoras para aqueles que não se sentem à vontade ao lidar com o desconhecido. Consegue, sem ser piegas e sem apresentar soluções mágicas para as vidas dos personagens, parecer real.

Uma leitura leve, divertida e principalmente, perfeita para quem convive no meio de fóruns, é chamado de nerd por gostar demais de alguma coisa e sabe a alegria que é participar ativamente de um fandom. E para quem ainda não sabe o que é, vale a pena para ficar conhecendo e tirar alguns preconceitos da cabeça. mari-transp

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